Senti-me o pior homem do mundo. Por que eu sou um estúpido? Faço tudo errado!
Enchi o meu peito de coragem e fui atrás da Demi.
Desde o inicio da gravidez ela tem comido muito quando está nervosa. Eu tinha certeza que estaria na cozinha devorando alguma coisa e pelo jeito que ela saiu do quarto, certamente estaria chorando.
Quando cheguei da porta da cozinha, lá estava ela consumindo um pote de sorvete! Eu comentei que é a única coisa que tem no nosso congelador? Pois é, Demi sempre compra sorvetes. É o que ela quer sempre!
Assim que me viu virou-se de costa, pode ver que seu rosto estava molhado pelas lágrimas que eu causei. Eu sou um OGRO, mesmo.
Joe: Meu amor, desculpa pelo o que eu falei. _ Mesmo sentada a abracei por trás._Fiquei com ciúmes. Te amo e qualquer homem que chegue perto de você já me corroo (De “corroer”! ) de ciúmes. Perdoa-me?
Demi:_ Ainda de costas._ Não sei se eu devo._ A voz dela estava diferente, não sei se é pelo sorvete ou pelo choro.
Joe: Não faz isso comigo. Eu fiquei com ciúmes, você sempre fala dele.
Demi: Não estou brava pelo ciúme e sim, por desconfiar de mim.
Joe: Não desconfiei.
Demi: Não?!
Joe: Sim, mas eu te amo. Não faz isso comigo.
Demi: Vamos dormir, Joe._ Demi largou o pote de sorvete no congelador de volta e subiu sem dizer mais nada.
Claro, subi atrás. Quando entrei no quarto ela já estava debaixo das cobertas, no sentido literal da palavra, nem conseguia ver um fio de cabelo dela. Sabia perfeitamente que ela
estava triste comigo, por isso não mostrava o rosto. Conhecendo bem Demi, sabia que estava chorando silenciosamente.
Deitei ao seu lado abraçando-a, pela barriga, assim podia abraçar meu filho e ela ao mesmo tempo. Cheguei bem próximo ao ouvido da minha esposa.
Joe: Te amo e prometo não ser tão estúpido como hoje. Eu confio em você._ Afastei a coberta e depositei um beijo em sua bochecha. Não queria beijar bochecha, mas não queria que ficasse brava comigo.
Demi: Eu também te amo._ Ela virou e me beijou. Do jeito que eu queria. Logo depois dormimos, abraçados.
Por Demi:
Passou três meses depois daquela briga com Joe. Eu já estava de licença maternidade, aproveitei o tempo e como Joe, ainda não tinha administrador eu o ajudei. Sei que não deveria e nem ele queria, mas aqui estou eu passando por cima das regras.
Minha sorte que posso trabalhar em casa, ficar naquela obra não faria bem para mim, muito menos, para meu filho, já que estava com nove meses o cuidado era maior. Minha barriga estava enorme, mal consigo controlar meu corpo. Às vezes tenho até medo de descer ou subir as escadas. Estamos doidos para ver o rostinho lindo do meu bebê, ou ouvir o chorinho gostoso dele.
De acordo com a Doutora Clara, Gabriel poderia nascer a qualquer momento. Estávamos ansiosos. Claro que o cuidado do Joe dobrou, ou melhor triplicou.
Hoje era a inauguração da empresa do Joe, que se chamaria “Joe automobile”
Durante o caminho, Joe mostrava-se preocupado.
Joe: Você está bem, não é?
Demi: Estou ótima.
Joe: Meu amor, não estou seguro que vá. É uma festa demorada..._ O interrompi.
Demi: Joe, para com isso... Hoje é um dia especial, tanto para mim, como para você, que suou para conseguir montar essa empresa as pressas.
Joe: Falando nisso, tenho que arrumar um bom administrador._ Fiquei um pouco magoada com Joe. Bom, estava bem na frente dele e ele quer “arrumar” um administrador? Era só me chamar.
Esse tempo que administrei a empresa dele, adorei tudo, participei de todos os detalhes. Poderia muito bem chamar um amigo para ajudá-lo, mas queria que ele me pedisse. Quero trabalhar com ele.
Chegamos na festa de inauguração. Joe não parava de perguntar como me sentia. Estava ótima em relação ao bebê, mas magoada.
Fiquei sentado em um canto, Joe me obrigou a isso. Esperei que alguns homens viessem falar com ele e sai daquele canto. Fui procurar alguém para conversar. Logo avistei Miley chegando com Pedro no colo e Liam.
Mi: Oi Demi! Que barrigão!_ A última coisa que eu queria ouvir era isso._ Parece que o bebê vai sair a qualquer momento.
Liam:Cadê o Joe?
Demi: Está por ai querendo me prender. Ele acha que estou doente, não me deixa fazer nada.
Joe:_ Chegou desesperado._ Demi, porque não ficou onde pedi? Fique desesperado a sua procura.
Demi: Joe, não aguento mais ficar sentada.
Joe: Está bem. Fique perto de mim, então. Quero te apresentar aos meus amigos.
Esse era o meu dever. Servir de boa esposa! A festa esta ótima, até eu sentir umas coisas estranhas. Não contei nada ao Joe ainda, sabia que precisava correr para um hospital. Estava entrando em trabalho de parto. O que eu faço agora?
Demi: Joe, vai demorar muito? Estou cansada...
Joe: Não, meu amor. Vamos esperar só mais cinco minutos.
Demi: Não sei se aguento cinco minutos.
Joe: Por que está sentindo alguma coisa?
Demi: Sim... Acho que nosso bebê nasce hoje!_ Sorri tentando passar tranquilidade, mas Joe ficou tão nervoso. Agia com rapidez... Me pegou no colo, correu até o carro. Tentava acalmá-lo, mas ele não me ouvia. Foi tudo tão rápido que mal tive tempo de dizer que não precisava de correria. Certamente, ficaríamos horas no hospital. Ainda não tinha rompido a bolsa, só tinha contrações. E foi só eu pensar para a bolsa estourar. Sorte que estávamos no hospital já.
Por Joe:
Horas depois de chegarmos no hospital, Demi estava inquieta andava de um lado para o outro falando que sentia dores. Se pudesse trocava de lugar com ela... Não queria ver o amor da minha vida morrendo de dor andando de um lado para o outro. Teve um momento que ela parou e agachou no chão de dor. Fui correndo ao encontro dela saber o que acontecia.
Demi: Isso tudo é culpa sua! “Vamos ter um filho!”_ Ela imitava a minha voz._ “Vai ser tão bom ter um filho com você, Demi!”. Você só se esqueceu de mencionar a parte onde eu morro de dor.
Sabia que estava dizendo isso naquele momento, ela também queria um filho.
Joe: Demi, acalme-se!
Demi:_Gritou._ Não me peça para ter calma! Não é você que está no meu lugar...
Um tempo depois ela estava de lado, enquanto eu fazia massagem na suas costas. Segundo ela, era onde mais doía.
Joe: Está bom assim?
Demi: Tá... Eu te amo!_ Continuei massageando. Do nada, Demi segurou minha mão, mas apertou tão forte que senti que estava anestesiado._ Que dor!_ Era a mesma coisa que eu queria dizer.
Mais um tempo e a Doutora entrou no quarto. E tudo começou... O parto.
Fiquei todo o tempo ao lado da Demi, acompanhei cada dor que ela sentia já que me esmurrava. Tudo piorou quando o Gabriel estava saindo, meu ouvido já não escutava mais nada a não ser os gritos da Demi. Isso dói tanto assim? Pelo visto, sim.
Nunca vi Demi dizer em dois minutos trezentas vezes que estava sentindo dor. A doutora brincou dizendo que bebê gostou da barriga quente da mãe, o olhar da Demi foi fatal, nunca a vi tão brava.
Quando finalmente Gabriel saiu, foi um alivio. Tanto para Demi que morria de dor, quanto para mim que pude ver meu filho bem e para a doutora que estava preocupada com a demora.
Por Demi:
Depois de quase seis horas morrendo de dor, pude ter a recompensa de pegar meu filho no colo. Joe foi um excelente pai e marido. Ficou do meu lado o tempo todo. Nem quis saber se nossos amigos estavam lá fora preocupados. Fez massagem, escutou minha reclamações, ele foi um bom companheiro.
Estava com Gabriel no colo amamentando-o e Joe ao meu lado. Observando cada detalhe.
Demi: Me desculpa, por tudo que eu falei! Fui muito grossa.
Joe: Que isso, eu te entendo... Fiquei com medo de você, mas sabia que dizia por causa da dor. Sei que daqui a alguns anos vamos ter mais filhos.
Demi: Joe, eu realmente não quero pensar nisso agora._ Rimos. Acho que nem Joe queria saber de mais um filho agora, mas tinha certeza que trataria de providenciar mais um para nós._ Obrigada, por ficar do meu lado o tempo todo!_ Ele me beijou
Demorou um pouco para Joe perceber que queria trabalhar na empresa dele, mas me colocou lá. Estava tão animada por crescer com a empresa do meu marido que deixei a empresa que era dos meus sonhos.
E como disse dentro de dois anos, Joe já estava pedindo mais um filho, eu tentava desconversar, mas Joe é persistente e conseguiu. Tivemos Mariana quando Gabriel fez três anos. O aniversário deles tem duas semanas de diferença.
Hoje somos uma família bem grandinha. Éramos dois e nos transformamos em quatro.
Com o tempo eu percebi que sofremos às vezes e que isso é preciso para podermos evoluir, ou seja aprender com nosso erros afim de nos aperfeiçoarmos e que nada dura para sempre, Joe não mentiu sempre, não senti a dor emocional para sempre. Enfim, somos seres humanos e precisamos sofrer as vezes, mas nada é para sempre.
Fim
Meus amores, espero que vocês tenham gostado dessa fic, foi postada com muito carinho. E amiga mais uma vez obrigada por me dar essa fic. Amo você Barbis chata s2
Até Breve com uma fic novinha chamada Amor entre cunhados. Amo vocês s2