Nada é Para Sempre Capítulo 2


A manhã logo chegou, eu levantei mais cedo do que de costume, me arrumei e fui até a minha ex casa. Não queria encontrar Joe, muito menos entrar naquela casa onde tivemos os momentos mais felizes juntos. Quando imaginava a casa sozinha com Joe, só imaginava a bagunça. Do jeito que Joe é folgado, vou encontrar até copo no chão da sala. Parei na porta, respirei fundo e quando eu ia apertar a campainha eu desisti. Não queria encontrar Joe, agora. Não era uma boa hora. Quando dei as costas para porta, senti um vento bater sobre mim, meu vestido e meus cabelos balançaram. Era Joe, ele tinha aberto a porta.
Joe: Demi, não vai embora!_ Foram as mesmas palavras que ele disse quando peguei as minhas malas, estava nessa mesma posição. A cena passou como um flash. Me Virei.
Demi: Eu pensei que você pudesse estar dormindo._ Menti na cara de pau. Estava na cara que não queria entrar na nossa casa e nem vê-lo.
Joe: Não, eu não estava dormindo. Não consigo dormir direito desde que você se foi._ A verdade é que nem eu consegui dormir. Joe era como um remédio para eu dormir, só durmo bem ao lado dele.
Demi: Eu vim buscar os meus documentos._ Deixei escapar um sorriso vitorioso.
O clima estava meio tenso entre nós. Ele me deu espaço para entrar e estava tudo impecável! Do mesmo jeito que eu havia deixado quando fui. Fiquei um pouco espantada, mas andei até o nosso quarto. Pelo menos lá tinha que estar bagunçado. Quando entrei, levei um susto, a única coisa bagunçada era a cama, até os sapatos que Joe costumava deixar no meio do caminho estava no cantinho.
Demi: O que aconteceu aqui? Você contratou uma empregada, uma diarista ou tem outra esposa mais chata que eu?
Joe: Não, eu acho que eu mudei um pouco depois que o amor da minha vida me deixou. Até aprendi a lavar roupa!
Demi: Que bom!_Estava tudo tão limpo que nem queria mexer._ Você pega os meus documentos para mim?
Joe: Está no mesmo lugar onde você deixou. A casa é sua, Demi._ Sem mais cerimônias fui até a gaveta e peguei tudo o que eu precisava, quando me virei Joe estava atrás de mim. Dei de cara com ele literalmente!
Senti a respiração dele sob meu rosto, queria beijá-lo, mas não podia. Queria abraçá-lo, mas não podia. Fiquei imóvel, com os documentos na mão e olhando a boca perfeita que Joe tinha. Ele envolveu seus braços ao meu redor, ele ia fazer tudo o que eu queria, mas não podia. Me aproximou mais dele como se fosse possível, já estávamos bem colados um no outro. A única coisa que precisa com urgência ser colada, eram nossos lábios. Eu não
aguentava mais aquela lerdeza, se Joe queria me beijar, porque não beijava logo? Precisava demorar tanto? Tinha só cinco segundos que estávamos ali, mas parecia uma hora. E finalmente Joe me beijou.
O beijo dele é tão bom, Joe tem os lábios mais macios do mundo! Eu queria tanto aquele beijo que aproveitei o máximo que eu pude, me abracei a ele deixando meus documentos caírem. Saudade era pouco o que eu sentia pelos lábios dele. Quando já não tínhamos mais ar... _
Joe:Desculpa, não aguentava mais viver sem seus lábios._ Me soltei dele.
Demi: Tudo bem, eu... _ “Queria.” _Eu preciso ir.
Joe: Deixa eu te levar?
Demi: Não, eu vou de taxi.
Joe: Nos dois sabemos que você não tem dinheiro e que vai a pé, e principalmente é longe._ Ele tinha razão. Fiquei quieta, eu estava parecendo uma adolescente com medo de dizer algo depois do beijo. Mal conseguia olhar para o Joe._ Eu só vou colocar uma roupa, porque ainda estou de pijama.
Demi: Tudo bem... Vou beber um copo de água._ Era a desculpa que eu achei para sair do quarto e não ver Joe trocar de roupa na minha frente, porque era isso que ele ia fazer.
Quando cheguei à cozinha tinha torradas, sucos e pães na mesa. Me deu uma vontade imensa de comer aquelas torradas do Joe, não resisti e peguei uma, comi tão rápido que peguei mais uma e mais uma, até minha boca ficar seca de verdade, me servi um pouco de suco, quando bebi, o Joe apareceu da porta. Eu não morava ali, não tinha mais o direito.
Demi: Desculpa, eu não resisti as suas torradas. E eu nem tomei café hoje.
Joe: Eu também ainda não tomei, porque não tomamos juntos? Acho que temos tempo ainda._ Sentou-se à mesa onde sempre sentava e eu fiz o mesmo, fazer o que? Estava com fome.
Conversamos um pouco, eu elogiei as torradas do Joe, que estavam maravilhosas mesmo. Ele sorria toda hora para mim, eu ficava sem graça igual uma adolescente. Queria perdoá-lo logo, mas ele tinha que pedir. E não ia gritar “Te perdoou!” do nada. Precisava também de um bom discurso.
Joe fazia tanta falta! Eu precisava dele, eu precisava dormir.
Joe foi muito cavalheiro e educado ao abrir a porta do carro para mim. Ele sempre fazia isso quando saíamos juntos.
Joe: Está animada?
Demi: Muito! Parece até que é um sonho... Só tenho que te agradecer, Joe._ Foi Joe quem pagou a faculdade, para mim. Casei-me cedo com Joe. Eu tinha terminado o terceiro ano quando nos casamos, eu tinha dezoito anos. Joe tinha vinte e um, ele já trabalhava então foi fácil nos casarmos. Eu era uma menina muito madura para a idade que eu tinha. Todos da nossa família acharam que eu estava grávida ou algo do tipo, mas era o contrario. Eu sabia que Joe era o amor da minha vida e que seriamos feliz.

Continua ....

Um comentário:

Espero que tenham gostado do capítulo :*