Chapter Twenty Six

Joseph Narrando
O amor é uma droga, ponto final.
Ia fazer uma semana que Demi tinha voltado pra casa e era engraçado como minha vida de repente tinha virado um completo tédio. Eu não tive animo pra ir a formatura, não tinha nada pra fazer por lá, não tentei correr atrás de uma chance em outras faculdades, eu sabia que não daria em nada, o trabalho era um martírio, e tudo em minha casa lembrava ela.
Estava trabalhando aquela tarde, tentando ignorar os olhares que Max mandava pra mim, eu não precisava da pena de ninguém, quando um homem entrou na lanchonete, não era o tipo de freguês que costumávamos receber, ele era claramente alguém da alta sociedade, rico, bem vestido e com ar superior.
__Com licença__ ele se aproximou de Max__ eu procuro por um rapaz chamado Joseph Adam Jonas, me disseram que ele trabalha aqui. Sabe onde posso encontrá-lo?
__Sou eu__ me aproximei dele um pouco desconfiado__ posso ajudar?
__Claro__ ele sorriu simpático e estendeu a mão pra mim__ eu sou Philip Jones, um dos Reitores da Universidade de Stanford.
__Ah, é um prazer conhecê-lo__ não pude conter o sorriso e o nervosismo, o que aquele homem queria comigo.
__O prazer é todo meu acredite__ ele se sentou no banco perto do balcão e eu repeti o gesto__ ouvimos falar muito bem de você lá em Stanford senhor Jonas, recebeu muitos elogios.
__Sério?__ eu estava surpreso por isso.
 
__Sim, é verdade__ ele me garantiu__ uma pessoa muito influente no nosso meio falou bem de você, disse que seria uma ótima aquisição ao nosso corpo estudantil, então verificamos seu histórico, que devo dizer é perfeito. A menor nota é um nove, tem várias atividades extracurriculares, nenhuma falta ou reclamação, o aluno perfeito se posso dizer.
__Bem, obrigado__ eu sorri sem jeito.
__Você já deve saber que temos um esquema de bolsas na nossa Universidade__ senti que meu coração ia sair pela boca, aquilo não estava acontecendo, eu estava sonhando__ geralmente submetemos os candidatos a uma prova pra avaliá-los e decidir quais são os melhores e que merecem a bolsa, mas devido ao seu histórico e aos elogios que recebeu decidimos burlar um pouquinho as regras. Então... __ ele puxou um envelope do palitó e me entregou__ a Universidade de Stanford está lhe oferecendo uma bolsa de estudos integral na área de Direito, que se não me engano é o que deseja fazer.
__Espere... Eu... Estão me dando uma bolsa?__ eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, o sorriso de idiota na minha cara devia ser extremamente patético, mas não deu pra evitar.
__Sim senhor Jonas, a bolsa é sua se quiser__ ele garantiu__ sem pegadinhas. Se ainda estiver interessado em ingressar na nossa Universidade, começaremos um programa especial de uma semana depois de amanhã pros bolsistas, pra conhecerem a universidade e o programa de estudos, é pra ajudar na adaptação. Vou estar lá à semana toda, pode me procurar na minha sala e eu esclarecerei suas dúvidas caso tenha alguma.
 
__Bem, hum... Eu só tenho uma dúvida na verdade, quem foi à pessoa influente que me indicou?__ eu não conseguia pensar em ninguém que pudesse ter feito isso.
__Não tenho essa informação, a pessoa pediu anonimato, só o dono da universidade está sabendo quem foi, mas parece que ele recebeu um telefonema anteontem, e ai tudo aconteceu__ deu de ombros__ bom, você é um garoto de muita sorte Jonas, boa sorte.
__Bem obrigado__ estendi a mão pra cumprimentá-lo.
__Nos vemos em alguns dias__ ele sorriu.
Fiquei olhando estático enquanto o homem ia embora. Max sorriu pra mim se orelha a orelha, um sorriso contagiante.
__Você fez isso?__ perguntei mostrando o envelope a ele.
__Não__ ele deu de ombros__ eu pensei em fazer, na verdade eu pretendia fazer, só não fiz porque você é orgulhoso demais e estava dificultando as coisas, mas acredite, se tivesse sido eu não preocuparia em esconder isso de você, eu ia querer que soubesse Joe e não teria vergonha disso, afinal eu estaria ajudando o meu filho. Você sabe que não é só um garoto que eu acolhi quando precisou, você é meu filho... Pelo menos é assim que eu o vejo.
__Você também é como um pai pra mim__ eu sorri e o abracei.
__Você tem sorte garoto__ ele bagunçou o meu cabelo.
__Se não foi você, então quem fez isso?__ me afastei pra olhá-lo__ eu não entendo.
 
__Sei que está pensando o mesmo que eu__ ele comentou__ só conheço uma pessoa nessa cidade que teria influencia suficiente pra isso, acho que nem eu mesmo teria tanta facilidade.
__Ele não faria isso Max, não depois de tudo que aconteceu__ eu garanti__ Patrick Lovato me odeia.
__Mas a filha dele não.
__Você fala como se a opinião dela contasse alguma coisa pra ele, não viu o que ele fez com ela?__ resmunguei amargurado.
__Se não foi ele, então... Não faço ideia__ deu de ombros.
Parei pra pensar um pouco, alguma coisa estava terrivelmente errada naquilo tudo.
__Max, pode me liberar um pouquinho mais cedo hoje?__ pedi.
__Claro, fique a vontade, vai comemorar.
Agradeci a ele e sai da lanchonete, eu precisava pensar pra entender o que tinha acontecido. Num momento minha vida estava acabada, eu não tinha mais chances, e no outro eu ganhava uma bolsa de alguém misterioso? Isso estava errado, e só tinha um lugar onde eu conseguia pensar com clareza.
Dirigi até o teatro, meu refugio. Minha garganta deu um nó quando vi o carro cor de rosa estacionado lá na porta, mas aquilo não me impediu de entrar. Caminhei até dentro pela porta dos fundos, que dava diretamente no palco, as luzes já estava acesas e pude ver Demi sentada de pernas cruzadas na beirada do palco encarando o nada. Respirei fundo e caminhei até ela, me sentando ao seu lado, ela não se mexeu e nem olhou pra mim, mas percebi que seu corpo ficou tenso. Ela ainda estava usando a pulseira que eu lhe dera e segurava entre os dedos o pingente da Torre Eiffel.
 
__Fiquei sabendo que vai pra Paris__ comentei distraidamente, as noticias corriam rápido naquela cidade, até mesmo as que você não procurava saber, as amigas de Demi não sabiam manter sigilo.
__É__ ela forçou um sorriso__ vou realizar o meu sonho de conhecer Paris, finalmente.
__Que bom pra você__ não consegui pensar em mais nada pra dizer.
__É, ótimo__ ela tentou manter o bom humor__ vou estudar administração numa faculdade pra disléxicos, emocionante__ mas ela resolveu mudar o foco da conversa__ fiquei sabendo que conseguiu uma bolsa em Stanford.
Eu podia ter perguntado como ela sabia daquilo já que eu tinha acabado de receber a noticia não fazia nem meia hora. Mas não precisava ser um gênio pra juntar as peças, eu sabia bem lá no fundo que ela teve alguma coisa haver com isso, era a única explicação pra toda aquela confusão.
__Eu não sei exatamente como, nem porque__ comentei__ mas eu sei que você teve alguma coisa haver com isso.
__Não sei do que esta falando__ ela se mexeu inquieta.
__Eu não sou burro Demi__ olhei pra ela esperando que olhasse em meus olhos, mas ela não o fez__ o jeito como você saiu da minha casa de repente, falando uma semana pro seu show, como deixou seu pai te controlar e as coisas que você me disse antes de partir, que estava atrapalhando minha vida, meu futuro... Ai de repente alguns dias depois, um benfeitor misterioso fala bem de mim em Stanford? Qual é ...
 
__Não sei do que você está falando__ ela manteve a resposta, mas eu podia ver agora, eu entendia.
__Eu fiquei com raiva quando você foi embora, porque eu abri mão de muita coisa pra te ajudar e então você simplesmente me abandonou, mas agora que parei pra pensar eu entendi.
Era ridículo, mas ela fizera aquilo por mim, não havia outra explicação, e ela podia negar o quanto quisesse, mas eu sabia que era verdade, eu podia sentir isso.
__Você está enganada sabe?
__Sobre o que?__ ela perguntou olhando pra mim pela primeira vez desde que cheguei.
__Sobre mim... Sobre você... Sobre nós. Não precisava ter feito isso.
__Não fiz nada__ ela se levantou__ mas precisava ter sido do jeito que foi, não tinha outra forma.
Eu me levantei também, olhando-a nos olhos, foi difícil conter a vontade de correr até ela e abraçá-la, de beijá-la e não soltá-la nunca mais, o que acontecia conosco não era justo, não era justo que acabássemos desse jeito. Ainda mais agora que entendi o que aconteceu... Demi realmente não era o que eu pensava, nem de perto, ela era muito melhor. Ela abriu mão do seu sonho pelo meu, eu não sabia exatamente como tinha acontecido, mas eu sabia que tinha sido exatamente isso que acontecera.
__Eu tenho que arrumar minhas coisas pro programa especial que começa depois de amanhã__ expliquei__ mas eu vou estar no teatro amanhã, na estréia da sua peça, eu vou lá pra prestigiar você.
 
__Vai perder seu tempo Joe, eu não vou estar lá... Eu embarco pra Paris amanhã à tarde.
__Você pode ter perdido a fé me si mesma, mas eu ainda não__ dei de ombros__ vou estar lá amanhã... Vou esperar até o ultimo minuto, e se as cortinhas se abrirem e você não estiver lá, só ai vou acreditar que você realmente desistiu do seu sonho, só ai vou acreditar que desistiu de nós.
Ela ficou em silencio por um instante me encarando profundamente, seu olhar me atravessando como se eu fosse transparente.
__Boa sorte em Stanford__ ela sussurrou depois um longo minuto__ espero que consiga realizar os seus sonhos Joe.
Ela se virou pra ir embora.
__Você vai se arrepender se não tentar Demi__ murmurei apressado__ tem que pelo menos tentar.
Ela não respondeu, continuou andando e desapareceu pela porta me deixando sozinho. Eu não sabia o que iria acontecer amanhã, mas eu ainda não tinha perdido as esperanças. Ela podia não querer mais estar ao meu lado, mas eu ainda desejava ver ela feliz e seguindo o seu sonho, eu sabia que ela era capaz... Se eu podia conseguir oque queria, ela também podia.
 
Demetria Narrando


Olhei pras malas todas arrumadas em cima da minha cama, depois pro relógio no meu pulso... Faltavam algumas poucas horas pro meu vôo a Paris, uma hora pra deixar minha vida toda pra trás. Quando sai da casa de Joe eu tinha me conformado que isso era a coisa certa a se fazer, mas desde que o vira no teatro a tarde anterior não conseguia afastar aquela sensação ruim de que eu estava cometendo um erro terrível, eu estava inquieta e sentia que poderia sufocar de desespero a qualquer minuto. Será que eu estava realmente cometendo um grande erro? Joe conseguira sua bolsa, o sacrifício valera a pena de certa forma, mas e quanto ao resto?
__Está pronta querida?__ minha mãe entrou no quarto, junto com mais dois empregados pra buscar as malas.
Bati o pé no chão com impaciência e olhei novamente pro relógio, a estréia da peça seria daqui uma hora. Uma hora pra jogar o meu sonho pela lixeira e nunca mais encontrá-lo. Uma hora pro fim de tudo.
__Demi__ minha mãe me chamou quando não respondi a sua pergunta.
__Onde está o papai?__ perguntei aflita.
__Ele esta no trabalho resolvendo uns problemas, vai nos encontrar no aeroporto__ ela respondeu__ filha você está bem?
__Não__ sacudi a cabeça freneticamente, meu coração disparou no peito.
__Qual é o problema?__ ela perguntou preocupada.
__Não posso fazer isso, não ainda__ murmurei nervosa__ Joe tem razão mãe, eu vou me arrepender se não tentar.
__Demi o que você vai fazer?
__Diga ao papai que vou cumprir minha parte no acordo, ainda vou pra Paris fazer a faculdade que ele escolheu__ prometi pegando as chaves do meu carro__ mas tem uma coisa que preciso fazer antes de ir, a ultima coisa antes de abandonar tudo.
__Demi...
__Eu vejo a senhora mais tarde.
Não esperei que ela dissesse mais nada ou tentasse discutir comigo, eu fiz um acordo com meu pai, prometi que iria a Paris se ele ajudasse o Joe, e ia cumprir minha promessa, mas eu não podia abrir mão do meu sonho sem nem mesmo tentar, pelo menos uma vez. Eu ia sentir a emoção de estar no palco de verdade pelo menos uma vez, e ai eu poderia seguir em paz, sabendo que pelo menos eu havia tentado.
Dirigi como uma louca até o teatro, entrei lá correndo, atropelando todas as pessoas que faziam os preparativos pro Show. Encontrei John em cima do palco, nervoso conversando com os dois atores principais, o garoto que faria o Lucas e a menina que me substituiria, eles sorriram surpresos ao me ver.
__O que esta fazendo aqui Demi?__ John perguntou.
__Eu sei que pode ser um pouco tarde pra isso agora, mas eu queria fazer a estréia da peça, queria atuar pelo menos uma vez__ falei as pressas__ sei que desisti faz um tempo, mas eu sei todas as cenas e falas, eu estou pronta.
 
__Porque mudou de ideia?__ ele estava curioso.
__Só... Sei que vou me arrepender se não tentar__ expliquei__ é só uma vez, depois a Nathalia pode seguir fazendo o papel.
__Eu não sei...
__Por favor__ implorei__ eu vou viajar pra Paris e você nunca mais vai me ver, eu só preciso dessa chance.
Ele olhou pra Nathalia como se perguntasse oque ela achava.
__Eu não me importo de deixá-la fazer uma vez__ deu de ombros__ ela é uma ótima Mel.
__Obrigada__ a abracei.
__Tudo bem, então vá se arrumar, falta meia hora__ ele sorriu.
__AAAAAAAAAH, obrigada John, você não vai se arrepender.
Eu o abracei e corri pra me arrumar... Era a primeira e ultima vez que eu faria isso, então eu faria valer a pena, as consequências eu aguentaria depois, eu sabia que não me arrependeria de ao menos tentar.
CONTINUA...
Hoje eu estou sentindo mais o efeito da cirurgia meu joelho ta doendo um pouco , mas resolvi passar aqui e postar pra voces.. ;D
Beijos
10 comentarios para o proximo

Amores

Oi meus amores , vim dar sinal de vida e dizer que fiz a cirurgia e que esta tdo bem comigo , so tenho qe ficar deitada e com a perna pra cima pra poder parar de sangrar um poquinho...
Mas assim que puder posto pra voces ok meus amores? Amanha ja irei pra escola ja posso agir minha vida naturalmente a cirurgia nao foi muito seria entao ja posso seguir a vida amanha se der posto pra voces ok?
Beijos

Chapter Twenty Five (Fim da maratona)

Joseph Narrando
Quando acordei no dia seguinte estava sozinho na sala, minhas roupas ainda estavam espalhadas pelo chão, mas Demi não estava mais lá, abraçada a mim como esperava. Ouvi um barulho vindo do quarto, vesti minha calça e caminhei até lá, mas não esperava ver o que vi. A mala cor de rosa da Demi estava aberta sobre a cama e ela jogava suas roupas de qualquer jeito dentro dela enquanto chorava silenciosamente.
__Demi, o que esta acontecendo? O que você esta fazendo?__ perguntei confuso.
__Vou embora, vou voltar pra casa__ ela respondeu sem olhar pra mim__ liguei pro meu pai, ele já está me esperando lá fora.
__Mas por quê? Você se resolveu com ele? Quando foi isso?__ questionei tentando entender o que estava havendo.
__Eu desisto__ ela murmurou passando a mão no rosto pra limpar as lágrimas__ eu não vou mais fazer a peça, eu não consigo, não sou boa o bastante, a dislexia fica cada dia mais difícil de lidar, eu estou perdendo o foco e o John já perdeu a paciência comigo várias vezes.
__Mas você não me disse nada disso, eu podia ter ajudado.
__Você não precisava saber, já estava se sacrificando demais por mim... Agora chega, eu vou embora.
__Você não precisa ir Demi, ainda dá tempo de mudar isso, me diz o que esta te atrapalhando e...
__Não é só isso__ ela me interrompeu exaltada__ eu não aguento mais morar nessa casa... Eu gosto de estar com você, é a melhor coisa do mundo, mas eu sinto falta da minha casa, eu sinto falta das minhas coisas, do luxo. Sinto falta de poder ir ao shopping todo dia fazer compras, de ir ao salão, sinto falta da minha piscina, de não ter que repetir roupas e ter alguém pra me servir sempre que eu quiser alguma coisa... Pode parecer estupidez pra você, mas eu sou assim, uma patricinha metida e egoísta, e essa vida que você leva não serve pra mim, eu não aguento mais.

__Eu pensei que estávamos indo bem, não achei que morar aqui era tão ruim.
__Não é você Joe__ ela disse e parecia agoniada__ eu só... Eu sou assim e não consigo mudar, eu sinto muito.
__Demi, não desista ainda, falta tão pouco.
Ela fechou a mala e se virou pra me encarar, meu coração se partiu com a expressão torturada em seu rosto e a profunda tristeza em seus olhos, eu não ia gostar do que ela ia dizer, e eu sentia que aquilo tudo era muito mais do que uma despedida porque ela ia voltar pra casa, ela estava tentando me dizer adeus.
__De todas as coisas__ ela sussurrou respirando fundo__ desde desistir do meu sonho a deixar meu pai vencer essa, o que mais dói é saber que decepcionei você. Você depositou sua confiança em mim e arriscou tudo pra me ajudar, e eu sinto muito ter estragado suas chances, eu sinto muito... Eu queria poder ficar e te compensar por isso, mas eu não posso Joe. Acabou.
__O que você quer dizer com isso?__ era o que eu temia.
__Eu estou atrasando a sua vida, você largou tudo pra me ajudar e não é justo com você... Vai estar melhor sem mim, você tem talento e um futuro brilhante pela frente, eu não posso ficar entre você e os seus sonhos.
__Isso não é coisa sua__ me recusei a aceitar__ foi o seu pai... Ele pos essas coisas na sua cabeça não foi?
Tentei me aproximar, mas ela se esquivou do meu toque, não com raiva, mas como se temesse perder a coragem.
__Eu te amo, mas que tudo, é por isso que eu estou indo__ ela disse pegando a mala__ mais acabou, nosso namoro acabou.

Fiquei lá parado por um momento, estático enquanto ela passava apressada por mim em direção a saída, demorei um instante pra me recuperar e correr atrás dela. Patrick estava parado em frente ao portão no seu carro esperando por ela, não sei o que era o sentimento estampado em sua face, mas fez meu sangue ferver.
__Espera__ eu segurei o braço a obrigando a parar__ você já tinha decidido isso ontem?__ a compreensão me atingiu de repente como um soco no estômago e achei que fosse vomitar__ foi por isso que estava daquele jeito, e disse aquelas coisas... Como pode fazer isso comigo Demi?
__Não tive coragem de dizer, eu só queria... Ter mais uma noite com você__ ela confessou.
__Não vai embora, não precisa ser assim__ implorei deixando de lado meu orgulho__ podemos dar um jeito, você não me atrapalha Demi, você é o que me mantêm forte, eu perdi tudo... Você é tudo que me restou, não vai embora.
__Vai ser melhor pra nós dois assim__ ela disse entre soluços__ por favor me perdoa, mas eu não posso ficar.
__Demi__ não consegui dizer mais nada, esperei que meu olhar transmitisse o que eu estava sentindo, não consegui segurar as lágrimas também, não me lembrava quando fora a ultima vez que chorei, mas concerteza não tinha sido tão doloroso.
__Eu te amo__ ela sussurrou e a mala no chão pra me abraçar. Não consegui retribuir, fiquei congelado com os braços caídos sem vida, ela estava indo embora, ela estava mesmo me deixando. Ela segurou meu rosto e me deu um beijo, rápido, mas que roubou todo o meu amor__ nunca esqueça que eu te amo... Eu sinto muito.

Em que aquilo ia ajudar? Em nada, saber que ela me amava não facilitava a compreensão do que ela estava fazendo.
Patrick observou em silencio toda a cena e entrou no carro quando Demi pegou a mala e correu até ele aos prantos. Observei sem reação enquanto eles iam embora, enquanto ela me deixava. Só alguns minutos depois percebi que não estava sozinho, nosso showzinho tinha uma platéia, Max, Ashley e Nick estavam olhando tudo, vindos de algum lugar que não me interessava.
__O que houve?__ Max perguntou preocupado.
__Ela me deixou__ respondi, minha voz saiu sem vida__ eu perdi tudo, a bolsa, a Demi... Não tenho mais nada.
__Eu sinto muito__ ele sussurrou e se aproximou de mim, ia me abraçar mas eu não precisava disso agora.
__Joe, talvez tenha sido melhor assim__ Ashley murmurou__ vocês eram diferentes demais, isso ia acabar acontecendo, é claro que ela ia preferir o dinheiro a você.
Eu a olhei com incredulidade, não era o que eu esperava ouvir da minha melhor amiga, e o pior é que era verdade. Não disse nada, só dei as costas a eles e entrei em casa e me senti perdido, porque sem ela do meu lado eu não tinha mais nada pra fazer. Não havia mais tempo pra correr atrás de uma bolsa, não sem ajuda de alguém e eu não tinha como pagar a faculdade. Eu tinha perdido tudo pelo que lutei por causa dela, e ela me deixou... Eu estava sozinho agora.

Demetria Narrando



Meu pai não disse durante todo o caminho, só me deixou chorar em paz, acho que pra ele não fazia diferença o fato de eu estar sofrendo. Quando chegamos a casa ele carregou minha mala até meu quarto e se virou pra falar comigo.
__A passagem pra Paris__ ele a soltou em cima da cama__ vou cumprir minha parte do combinado.
Não disse nada, não queria olhar na cara dele, eu não aguentaria. Ele pareceu entender o recado e me deixou sozinha. Encolhi-me na minha cama, parecia um lugar estranho agora, e comecei a chorar, mentir pro Joe foi a coisa mais difícil que já tive que fazer, mas era melhor assim, pelo menos ele teria um futuro agora.
__Demi__ minha mãe chamou__ você esta bem querida?
__Mãe__ eu me levantei correndo e me joguei nos braços dela, chorando como uma menininha de cinco anos.
__Eu sinto muito querida, eu tentei ajudar, mas ele não me ouviu.
__Eu o perdi mãe, eu o perdi.
__Shh, ta tudo bem, vai ficar tudo bem.
Tinha sido para um bem maior, para o bem dele, mas isso não fazia a dor ser menor... Talvez ele me odiasse por deixá-lo, pensasse o pior de mim, e essa possibilidade só fazia ser pior. Minha mãe me carregou até a cama e me abraçou a noite toda, me consolando enquanto eu chorava, eu tinha acabado de perder as duas coisas mais importantes na minha vida e era culpa do meu pai, nada do que ela dissesse melhoraria a situação, por isso ela só me abraçou.
Tudo seria diferente agora, e eu estava com medo. E ele não estaria aqui pra me abraçar... Nunca mais.

CONTINUA...
Bom amores amanha de manha vou fazer uma mini cirurgia no joelho , mas nao é nada grava amanha mesmo ja posso estar voltando pra casa , mas nao sei se postarei amanha aqui , mas assim qe pder eu posto prometo nao demorar para postar ... beijos e boa noite s2'

Chapter Twenty Four

Demetria Narrando
As aulas acabaram, eu consegui passar de ano sem problemas, graças ao Joe. Agora faltava pouco pra nossa formatura e também pra estréia da peça, eu estava nervosa, não sabia o que esperar, o que ia acontecer a seguir, mas concerteza não esperava o que aconteceu aquela tarde. Não havia ensaio, então eu estava sozinha na casa de Joe, ele estava trabalhando na lanchonete. Alguém bateu na porta, achei que fosse um dos amigos dele, ou até a ex namorada irritante que volta e meia aparecia por aqui, mas me surpreendi quando abri a porta e dei de cara com meu pai.
__Pai?__ o encarei chocada__ o que está fazendo aqui?
__Posso entrar?__ ele perguntou.
Eu não queria que ele entrasse, estava com raiva, mas inconscientemente dei espaço pra que ele passasse, sem saber como reagir.
__O que você quer aqui?__ perguntei na defensiva, irritada pelo tempo que ele me abandonou.
__Bom, vou direto ao assunto, sabe que odeio rodeios__ ele disse__ apesar de tudo que aconteceu, você ainda é minha filha e eu quero que você volte pra casa, sua mãe não aguenta mais de saudade e não me deixa em paz por ter te mandado embora.
__Você não me quer de volta, ela quer__ eu disse indignada, como ele tinha coragem?
__Tenho uma proposta a te fazer__ ele me ignorou__ largue essa peça de teatro e esse garoto, e você pode voltar pra casa, tudo vai ser como antes, terá suas preciosas aulas, seus cartões e sua mesada, compro até um carro novo pra você.
__Não vou abandonar Joe, nem o meu sonho, se foi pra isso que veio aqui pode ir embora.
Ele sorriu de um jeito que me deu arrepios__ eu não queria ter que fazer isso Demi.
__Fazer o que?__ senti meu coração se acelerar.
__Se você não voltar pra casa e desistir dessas bobagens, não largar esse garoto, eu vou fazer umas ligações e ele nunca vai entrar em Stanford, nem em nenhuma faculdade, eu acabo com o futuro dele.
__Você não faria isso.
__Eu não gosto dele, ele não serve pra você, e não me custaria nada fazer isso acredite__ ele prometeu__ você me disse que sempre quis ir a Paris e ficou com raiva por que nunca te deixei ir ou te levei comigo, aqui está minha proposta... Largue essa peça e embarque num avião pra Paris, tem uma faculdade lá especializada em pessoas com o seu problema, com Dislexia, você pode fazer faculdade de administração e aprender a lidar com os negócios da família, em troca eu deixo seu namoradinho em paz.
__É isso? Vai me chantagear?
__Só quero o melhor pra você__ ele deu de ombros__ você não entende não é mesmo? Joe tem um futuro brilhante pela frente e você esta atrapalhando isso, ainda não percebeu o que esta fazendo com ele? Fez ele perder a bolsa, faz ele se matar de trabalhar e ainda realizar os seus caprichos, ele está deixando suas prioridades de lado... Ele é um bom garoto, e gostaria de vê-lo realizar o seu sonho, mas você o está atrasando.
__Pensei que não gostasse dele.
__Não gosto dele com você... Vocês são de mundos diferentes, ainda não entendeu isso?
__Não é justo... Porque está fazendo isso comigo?__ não consegui conter as lágrimas.
__Já comprei sua passagem, é pra daqui a duas semanas.
__No dia da estréia da minha peça?
__Exato, se você decidir ir, eu posso ajudar Joe a realizar o seu sonho, se você ficar eu acabo com o futuro dele, simples assim, sei que não me entende agora, mas um dia perceberá que faço isso pelo seu bem querida. Tem até amanhã pra me dar uma resposta, me ligue e vire te buscar. Ou então deixe seu egoísmo falar mais alto, você decide o que é mais importante pra você, o seu sonho ou o dele, esta tudo em suas mãos.
__Eu te odeio__ foi tudo que consegui falar já que estava sendo sufocada pelas lágrimas__ eu odeio você.
__Até amanhã Demi__ ele disse__ é pro seu bem filha, faço porque te amo.
__Sai daqui... Vai embora__ eu ordenei alterada.
Ele saiu sem discussões, eu não podia acreditar que meu próprio pai estava fazendo isso comigo, como ele podia? Como tinha coragem de dizer que era pro meu bem? Me deixei cair no chão, ali no meio da sala e chorei, chorei como uma criança vendo tudo desmoronar sobre minha cabeça.
Joseph Narrando


Quando cheguei em casa do trabalho Demi estava sentada no chão encarando as paredes, parecia pensativa, perguntei a ela qual era o problema, ela só me disse que estava cansada e pediu que eu a abraçasse forte, que não a soltasse. Senti que tinha alguma coisa errada, mas também percebi que ela não queria falar, então apenas nos deitamos no chão da sala abraçados.
Eu brincava com os pingentes da pulseira que dera pra ela, estava incomodado com aquele silencio, então resolvi falar.
__Sabia que esses pingentes tem um significado?__ perguntei sorrindo.
__Verdade?__ ela pareceu curiosa.
__É sim, eu escolhi cada um por um motivo.
__E o que eles significam?__ ela quis saber?
Peguei o primeiro pingentes entre meus dedos, era uma pequeno Torre Eiffel__ esse foi por uma conversa que tivemos durante uma das nossas aulas, você estava reclamando do seu pai e disse que ele nunca te levara a Paris e que você era louca pra ir pra lá.
__Eu lembro__ ela abriu um pequeno sorriso__ você só revirou os olhos, achei que nem estivesse prestando atenção.
Peguei o segundo pingente, era um símbolo musical__ esse aqui é porque você tem a voz mais linda, doce e agradável que eu já ouvi__ virem um pouco mais a pulseira e peguei o terceiro pingente, era a miniatura de um teatro__ esse é pelo seu sonho de ser atriz, que eu tenho certeza que você vai realizar um dia, bem próximo.
O sorriso dela aumentou, e pude ver seus olhos se encherem de água também.
O próximo pingente era uma pequena boneca__ esse é porque você é a minha barbie, metida, irritante, delicada como uma boneca e incrivelmente cor de rosa__ esse comentário lhe arrancou uma risada, e então peguei o ultimo pingente entre meus dedos, o mais simples de todos, mas com maior significado, era um pequeno coração.
__E esse, o que quer dizer?__ ela perguntou me observando enquanto eu apenas brincava com ele entre meus dedos.
__Esse é o meu coração__ eu sussurrei olhando em seus olhos__ que eu entreguei á você aquele dia.
Pequenas lágrimas escaparam de seus olhos, nos encaramos com tamanha intensidade que senti meu estomago revirar e meu coração ficou incrivelmente inquieto, mas que de costume na presença dela.
__Eu te amo__ ela murmurou, sua voz quase não saiu e ela me abraçou com força, escondendo o rosto na curva do meu ombro__ promete que nunca vai esquecer disso? Que nunca vai esquecer que eu te amo?
__Eu te amo também Demi, sempre__ a abracei de volta, queria poder acabar com o que estava lhe afligindo, mas eu não sabia o que fazer pra ajudar__ sempre.
Seu lábios tocaram os meus com uma pontada de desespero e eu tentei corresponder a sua ansiedade.
__Me abraça com força__ ela pediu manhosa__ e não me solta, por favor.
__Ta tudo bem Demi, eu não vou te soltar, eu estou aqui.
Ela me beijou de novo, de forma apaixonada e intensa, e conforme nossas línguas se envolviam o beijo ia ficando mais calmo e menos desesperado, ela ia recuperando o controle. Suas mãos adentraram minha camiseta, me fazendo um carinho ousado enquanto ela apertava mais seu corpo contra o meu. O calor do corpo dela contra o meu me fazia esquecer do mundo e dos problemas até que só sobrassem nós dois e mais nada. Ela arrancou minha blusa, a largando em algum canto no chão e suas mãos desceram do meu peito adentrando minha calça sem nenhuma pudor e me levando a loucura com o seu toque delicado, suas mãos macias.
__Eu quero você__ ela sussurrou em meu ouvido me causando arrepios__ quero você agora.
Eu atenderia seu pedido sem problemas, tirei seu vestido, distribuindo beijos por todo seu corpo e sentindo o meu corresponder a cada movimento dela, a cada suspiro, a cada sussurro. E quando afundei meu corpo no dela foi como estar no paraíso, havia algo de diferente nela aquela noite, um desejo e uma necessidade que eu nunca havia visto e que me levaram a loucura. Suas unhas em minha pele, sua voz doce sussurrando o meu nome, o seu beijo apaixonado e o seu corpo em chamas, tudo estava perfeito e por algum motivo tive medo que acabasse.

CONTINUA....

Chapter Twenty Three

Joseph Narrando
Estávamos sentados na minha cama lado a lado e sem silencio, dei um tempo pra que ela pensasse no que havia acontecido e não falei nada, esperei que ela tomasse a iniciativa. Também aproveitei pra pensar um pouco, absorvendo o que acabara de acontecer, eu perdera a chance de uma bolsa estudos em Stanford, eu joguei o meu futuro na lixeira, e faltava tão pouco, mas não era isso que estava me incomodando agora.
__O que eu faço agora?__ ela finalmente perguntou, olhando pra mim com tristeza.
__Vai ficar tudo bem Demi, vamos dar um jeito__ tentei confortá-la.
__Eu só queria que ele me entendesse__ ela suspirou__ mas aparentemente é impossível, eu vou ter que deixar pra lá. Vou ligar pra Selena e pra Miley amanhã cedo, ver se posso ficar na casa de uma delas.
__Você pode ficar aqui o tempo que precisar Demi.
__Eu sei__ ela sorriu sem graça__ é que... A sua casa é pequena, elas vão poder me abrigar melhor e...
__Tudo bem, eu entendo.
__Não fique chateado, eu adoro a sua casa, é que...
__Eu não estou com raiva__ sorri, não era mentira__ eu entendo, sério.

__Você é incrível__ ela deitou a cabeça no meu ombro__ desculpe ter feito você perder a bolsa de estudos.
__Não tem problema, eu sou nerd... Vou dar meu jeito.
__Eu estou com medo__ ela sussurrou.
__Hey__ segurei seu rosto delicadamente e fiz com que ela olhasse pra mim__ vai ficar tudo bem, logo seu pai vai te aceitar de volta, e mesmo que não o fizesse eu sei que você pode se virar, você não estaria sozinha, eu estou do seu lado pro que precisar.
Ela apenas sorriu e me beijou.
Aquela noite dormimos na minha cama abraçados, era uma cama pequena, mas o que menos queríamos agora era ficar separados, então pareceu perfeito. Eu não estava preocupado com Demi, o pai dela logo mudaria de ideia, Daiana o faria mudar e ela poderia voltar pra sua casa e sua vida, já eu não sabia exatamente o que faria agora que a bolsa estava fora de cogitação. Parece que eu teria de trabalhar mais um pouco e esperar mais um ano pra entrar na faculdade, não estava nos meus planos, mas eu ia sobreviver.

Demetria Narrando



Assim que amanheceu liguei pra Miley e Selena, pedindo abrigo pra uma das duas e recebi minha primeira surpresa. Elas queriam muito me ajudar, mas aparentemente meu pai havia ligado pros pais delas e proibido eles de me ajudar, ou seja, eu só podia contar com o Joe agora.
__Não acredito que ele fez isso__ resmunguei zangada__ ele me odeia.
__Calma Demi por favor__ Joe pediu__ ele quer te dar um susto, é só isso, acha que isso vai fazer você mudar de ideia.
__Eu não vou desistir__ prometi__ ele está enganado se pensa que vou voltar pra casa correndo como um cachorrinho com o rabo entre as pernas, eu vou mostrar a ele do que sou capaz.
__Isso, é assim que se fala__ ele sorriu satisfeito__ o semestre está quase acabando, vamos nos formar e as coisas vão se ajeitar você vai ver. Eu vou te ajudar a estudar pras provas finais, e te ajudar com a sua peça também, eu tenho tempo agora.
__Continuo me sentindo mal por ter estragado a sua chance, você esta me ajudando tanto.
__Não se preocupe, vou pedir meu emprego de volta pro Max se ele ainda me aceitar, e vou achar outra coisa pra fazer, a faculdade pode esperar um pouco mais.
__Não sei o que eu faria sem você__ sorri e o abracei.
__Vai dar certo__ ele garantiu__ vamos mostrar pro seu pai que você é capaz, ele vai entender.
__Tomara que esteja certo.
Então esse era o plano, me esforçar ao máximo pra terminar o colegial e me formar, continuar ensaiando pra peça e mostrar pro meu pai que meu sonho não era uma besteira, eu precisava ser forte, não ia desistir fácil. Ele ia precisar fazer mais se quisesse me ver desistir.

Joseph Narrando



Eu pedi meu emprego na lanchonete de volta pro Max, ele me aceitou sem fazer perguntas, sempre sorrindo e disposto a ajudar, mas me expliquei a ele mesmo assim. Ele ficou triste por mim, por ter perdido a bolsa, e disse que se precisasse de alguma, tanto eu quanto Demi só precisamos pedir e ele faria na hora. O dinheiro que eu ganhara com as aulas particulares faria falta, mas seria como antes e eu já tinha bastante dinheiro guardado no banco, eu nunca fui de esbanjar e se precisasse podia vender meu carro, eu não tinha problema em andar de ônibus, só não queria fazer isso pois fora um presente do Max e era importante pra mim.
Eu e Demi fomos a escola no dia seguinte, ela deixara seu carro na casa do pai então fomos no meu e as coisas estavam um pouco estranhas, ela estava triste e eu não gostava de vê-la assim, o sorriso dela me fazia falta. A tarde ela foi pro seu ensaio como sempre e eu fui trabalhar. A mãe da Demi apareceu por lá quando estava anoitecendo, disse que conversou com Patrick mas nada o fazia mudar de ideia, ele estava completamente irritado e fora de si. Ela disse que se precisássemos de alguma coisa poderíamos falar com ela e ela faria possível pra resolver sem envolver o marido e me agradeceu por cuidar da filha, mas eu fazia com gosto. Demi era a coisa mais importante que eu tinha agora

A noite estudamos um pouco pras provas que se aproximavam, ela tinha mais facilidade em entender a matéria mas aquele dia foi difícil de manter a concentração, ela se distraia muito fácil e perdia a paciência consigo mesma, mas levei numa boa, ela precisava de tempo. Depois ela me pediu que passasse o texto da peça com ela, e ensaiamos juntos as falas. Eu era o Lucas, o par romântico dela, e ela a Mel, uma doce e pobre dançarina. Também não foi muito fácil dizer as falas, não pela doença dela, mas pelo conteúdo do texto, não dava pra deixar de notar a semelhança da história com a vida real, só que nossos papéis eram trocados.
__Eu sabia que não daria certo__ ela disse me olhando fixamente__ sabia que eles não me aceitariam, somos diferentes demais.
__Não me importa o que eles pensam__ respondi__ são um bando de hipócritas Mel, o que importa é que te amo.
A cena que ensaiávamos acontecia depois que Mel conhecia os pais de Lucas e... Não acabava bem.
__Viu o jeito que seu pai me olhou? Como se eu tivesse algum tipo de doença contagiosa... Talvez ele esteja certo, talvez deva encontrar alguém da sua classe social, alguém do seu nível.
__Não me compare com ele Mel, essas coisas não me importam, você sabe que não. Eu te amo pelo que você é, tenha dinheiro ou não, ele vai entender... Ele tem que entender que te amo e que vou ficar com você custe o que custar.
__Ele vai deserdar você.

__Dinheiro nenhum no mundo pode pagar ou substituir o que sinto por você... Será que não entende isso?
A cena a seguir seria de um beijo, mas ela ficou parada me encarando com os olhos cheios de água, ela queria chorar mais estava lutando contra isso. Desviou os olhos dos meus envergonhada.
__Obrigada por ensaiar comigo__ ela deu um meio sorriso.
__É um prazer__ respondi__ quer continuar ou quer comer alguma coisa?
__Eu vou... Vou tomar um banho e já te encontro na cozinha__ ela disse.
__Tudo bem, eu te espero lá.
Dei um beijo na sua bochecha e sai do quarto pra deixá-la em paz um momento. Ela era mais forte do que eu pensava, eu podia ver isso agora, quando a conheci não imaginei que ela fosse capaz de desafiar o pai ou abrir dos luxos que tinha pelo seu sonho, ou por mim, mas era óbvio que eu estava enganado, ela me surpreendia cada dia mais.

Demetria Narrando



Não achei que fosse aguentar tantos dias, achei que aquilo passaria logo, mas estava errada, três semanas se passaram e meu pai não mudou de ideia, nem ao menos tentou falar comigo de novo, ele não se importava. Minha mãe me ligou todos os dias, e veio algumas vezes me ver, trouxe mais algumas coisas minhas que deixei na mansão e implorou que eu pedisse desculpas ao meu pai, mas eu não podia fazer o que ela queria, eu tinha que aguentar firme.
Fizemos as provas finais na escola, o resultado sairia em alguns dias e nos formaríamos... Também faltava pouco pra estréia da peça, pouco mais de um mês, eu tinha melhorado minha dança, ainda tinha que lutar contra algumas dificuldade, mas estava sobrevivendo, viver com Joe não era tão ruim, agente se divertia junto e apesar de a casa ser pequena era aconchegante, eu gostava de estar com ele, de ajudar, ele fazia tanto por mim. Estudava de manhã, trabalhava a tarde e a noite me ajudava, el não tinha tempo pra descanso e embora ele dissesse que não se importava eu sabia que ele estava triste por perder a bolsa e em nenhum momento consegui deixar de me sentir culpada por estragar o futuro brilhante dele. As coisas deviam ter sido diferentes.
Eu o ajudei na lanchonete, foi estranho trabalhar, e meus amigos da escola que passavam por lá me zoaram por isso, mas não me importei com o que eles pensavam, estava ocupada demais pensando num jeito de concertar tudo isso sem prejudicar mais ninguém.

CONTINUA..
6 COMENTARIOS PARA O PROXIMO

Respondendo a Outlaw

Oiii linda é claro que eu deixo voce fazer o banner para Darkness e se quizer ja pode ir fazendo que ja ja postarei aqui e me segue la no twitter entao
@LariissaAzevedo

Chapter Twenty Two

Joseph Narrando
__Você não sabe o que aconteceu__ eu disse olhando pra Demi.
__O que foi? Fala logo__ ela disse ansiosa.
__Seu pai me chamou pra conversar hoje mais cedo__ eu disse e ela arregalou os olhos esperando por uma má noticia, mas a noticia era ótima__ ele me disse que você tirou dez na ultima prova, você gabaritou.
__Não brinca?__ ela sorriu de orelha a orelha__ eu achei que tinha ido bem, mas não pensei que acertaria tudo.
__Ele me encheu de elogios e garantiu que minha bolsa em Stanford esta mais que garantida.
__Ah que bom__ ela me abraçou__ isso é incrível.
__Eu sei, eu tinha certeza que você conseguiria__ lhe dei um selinho__ isso merece uma comemoração, faremos o programa que você quiser barbie, é só escolher.
Ela me deu um sorriso malicioso que na hora me fez arrepender de ter dito aquilo, e eu estava certo.
__Nem pensar__ reclamei assim que ela terminou de falar.
__Porque não?__ ela questionou zangada__ fizemos o seu programa da ultima vez, eu fui com você naqueles lugares e não reclamei, porque não podemos ir aonde eu quero agora?
__Você quer ir a lugares caros, e eu não tenho dinheiro pra pagar.
__Eu pago, eu sou bilionária Joe, não é problema pra mim.

__Mas pra mim é, não vou te deixar gastar dinheiro comigo, não desse jeito.
__Isso é machismo, só o homem tem o direito de pagar alguma coisa pra namorada?__ ela reclamou.
__Não se trata disso, eu nem deixo os meus amigos me comprarem coisas caras, eu não gosto que gastem dinheiro comigo.
__Ok, que seja__ ela fechou a cara e se levantou pra ir embora__ vá sair com a sua ex pobretona, ai ela te paga um hambúrguer.
__Isso é maldade Demi, você esta sendo infantil.
__E você é um idiota orgulhoso, que droga Joe, eu só quero comemorar. Deixe de ser chato pelo menos um dia e me deixa pagar a nossa diversão, é só por hoje. E você sabia como eu era quando começou a me namorar, não tenho culpa de ser rica.
__Você também sabia das minhas neuras.
__Você é impossível__ ela cruzou os braços emburrada.
Essa discussão ia durar um bom tempo se eu não pusesse um fim naquilo. Talvez eu devesse mesmo ser menos orgulhoso.
__Tudo bem, eu concordo, fazemos do seu jeito__ me dei por vencida.
__Isso__ ela comemorou__ você não vai se arrepender.
Mas eu sabia que iria sim.

Demetria Narrando



Com um pouco de sacrifício consegui convencer Joe a vir comigo e fazer um programa de gente rica, como ele mesmo diria. A primeira coisa que faríamos seria compras, ele precisava de umas roupinhas novas, mas como ele era orgulhoso demais e não queria que eu gastasse muito dinheiro com ele, decidimos que compraríamos poucas coisas, mas o conjunto completo.
A primeira coisa que o fiz comprar foi um novo par de tênis, porque eu simplesmente odiava aquele tal de all star, o tênis mais sem graça que já vi na vida, ele não ficou muito contente com isso, mas aceitou assim mesmo. Depois eu o fiz experimentar algumas peças de roupa por várias horas, homem não gosta dessas coisas e Joe deixou claro que estava descontente, mas também percebi que em alguns momentos ele parecia se divertir com isso e eu adorava ver o sorriso no rosto dele. Ele não tinha o costume de ser paparicado, desde que seus pais morreram ele cuidava de si mesmo, mas eu queria que ele sentisse como aquilo era bom e que não havia nada de errado em receber ajuda dos outros, todos precisavam disso de vez em quando, até mesmo ele.
No fim das contas escolhemos uma calça nova, preta já que ele odiava calças de cor clara, uma blusa verde que era sua cor favorita e um blazer pra por cima, também compramos um óculos escuro pra ele, e Deus, ele ficou simplesmente incrível. Quando estava todo arrumado, ele deu uma voltinha pra que eu visse e sorri.
__Incrível__ foi só o que consegui dizer.
__Sério? Não pareço um mauricinho?__ ele perguntou se olhando no espelho.

__Não mesmo, você está... Incrível__ não era a palavra que eu queria usar, mas como tinha gente por perto ia pegar mal.
__Ok, estou tentando não me sentir um idiota e tirar essas roupas, eu vou me comportar como prometi.
__Daqui a pouco eu é que vou tirar essas suas roupas__ sussurrei incapaz de me conter.
__O que disse?__ ele me olhou confuso.
__Nada não, vamos embora__ me levantei__ vamos almoçar.
Depois de sairmos do shopping o levei a um restaurante onde eu costumava ir com a minha mãe. Era um restaurante chique e Joe ficou claramente desconfortável ao entrar naquele lugar, mas conforme íamos conversando ele ia relaxando e esquecendo onde estávamos, ele precisava se acostumar com a boa vida, eu gostava de lugares caros e não via problema em pagar por isso.
__Já comeu sushi?__ perguntei quando trouxeram nosso prato.
__O que você acha?__ ele respondeu olhando pro prato com uma expressão muito engraçada.
__É gostoso, dê uma chance antes de reclamar__ eu pedi.
__Não entendo__ ele comentou__ vocês são tão ricos e ficam por ai comendo peixe cru, falando sério.
__Deixa de ser besta Joe, anda logo, experimenta.
Ele se enrolou um pouquinho com os palitos pra comer, nós rimos da situação__ era uma das coisas que eu gostava nele, Joe não tinha vergonha, ele ria de si mesmo sem problemas__ mas quando ele finalmente conseguiu comer adorou o sushi. Conversamos enquanto comíamos, ele me contou com mais detalhes como foi a conversa com o meu pai e disse que ele parecia muito contente com a minha melhora, e era extremamente difícil ver meu pai contente.

Depois do almoço levei Joe ao clube aonde eu ia com meus pais, e fomos experimentar um jogo de gente rica... O golfe. Nos divertimos muito no campo jogando, Joe era muito bom naquilo, mais que eu que tinha anos de prática, ele adorou o jogo. Passeamos pelo campo de mãos dadas, rimos e nos beijamos, até deitamos na grama e ficamos olhando o céu. Eu nunca tivera tempo antes pra fazer esse tipo de coisa, me deitar no chão e conversar sobre bobagens, eu adorava isso, me sentia mais viva.
Depois do golfe fomos andar um pouco a cavalo, desde pequena eu sempre adorei cavalos, já Joe não parecia se dar muito bem com eles e rimos feito loucos quando ele caiu no chão na primeira tentativa. Ele queria ir embora mais o fiz tentar de novo e no fim demos um pequeno passeio pelo clube.
__Então o que achou?__ perguntei.
__Nada mal, vocês ricos também se divertem__ ele brincou__ eu poderia me acostumar.
__Podemos repetir quando quiser.
__Nem tão cedo, já tive o bastante por enquanto.
__Mas você adorou__ o cutuquei__ confessa.
__Foi legal__ admitiu sem problemas__ mas eu não sirvo pra essa vida.
__Orgulhoso__ revirei os olhos.
Ao invés de discutir comigo ele apenas me abraçou e me beijou, ele sabia que era verdade, ele era orgulhoso demais, mas isso era o que menos me importava agora. Não me lembro de ter estado tão feliz na vida como estava naquele momento com ele.

Joseph Narrando



Depois do nosso dia eu fui levar Demi até em casa, eu não pretendia ficar por lá, mas ela me convenceu dizendo que o pai dela tinha ido viajar aquela manhã, pouco depois de conversar comigo, então achei que não teria nenhum problema. Nós subimos na ponta dos pés até o seu quarto, e ela encostou a porta sem se dar ao trabalho de trancá-la.
__Então, o que você tem pra ensinar hoje professor?__ ela perguntou com um sorrisinho cínico.
__Já que você foi uma boa menina e tirou um dez na ultima prova__ entrei na brincadeira__ hoje podemos ter uma aula mais divertida, esta na hora da mocinha ter uma aula de educação sexual.
__Hum, parece mesmo divertido__ ela mordeu o lábio e se sentou na cama__ então me ensina.
Ela me chamou com um dedo, um sorrisinho safado no rosto e deixou que seu corpo caísse sobre a cama. Fiquei parado um instante olhando pra ela, simplesmente linda, e era minha, quem diria que alguém como eu poderia ter tanta sorte. Caminhei lentamente até ela e deixei que meu corpo pousasse suavemente sobre seu, juntando nossos lábios num beijo calmo e apaixonado. Ela sorriu, seus dedos se afundando em meu cabelo, fazendo um carinho que me arrancava suspiros.
__O que vamos aprender primeiro professor?__ ela perguntou com ar inocente.
__Beijos__ eu murmurei baixinho perto de seu ouvido__ começamos com beijos, por todo o corpo do seu parceiro.
__Parece divertido__ ela fechou os olhos e mordeu o lábio esperando.
Abri bem devagar os botões da sua blusa, um por um, sem pressa, e ela se remexia inquieta enquanto eu o fazia, incapaz de esperar.

Aquilo só me fazia sorrir ainda mais, eu simplesmente não conseguia parar de sorrir perto dela. Distribui vários beijos por seu corpo, começando pelo pescoço e descendo por seu colo até sua barriga, a ouvindo suspirar cada vez que meus lábios tocavam sua pele. Demi me puxou pra cima, de encontro a ela e se livrou da minha camisa, logo iniciando um novo beijo, dessa vez com mais paixão e desejo.
__O que diabos está havendo aqui?
Dei um pulo, saindo imediatamente de cima de Demi e o ar fugiu quando vi o pai dela parado na porta nos encarando cheio de raiva. Demi se sentou na cama rapidamente, fechando a blusa, ficando vermelha de vergonha, antes que alguém dissesse qualquer coisa eu sabia que teria um final ruim.
__Pai, o que faz em casa?__ ela perguntou confusa__ pensei que fosse viajar.
__Eu decidi voltar mais cedo__ ele respondeu__ e estava certo não? O que esta fazendo com esse garoto?
__Nós estamos namorando__ ela praticamente sussurrou.
__O que? Você e esse garoto?__ ele me encarou com ódio__ não foi pra isso que te paguei garoto.
__Senhor Lovato, eu sinto muito, eu queria contar... Eu amo a sua filha.
__Cale a boca__ ele ordenou__ saia da minha casa.
__Pai por favor__ Demi tentou argumentar.
__Cale a boca você também garota, estou muito decepcionado com você, como pode mentir pra mim?
__Eu não menti...

__Eu ordenei que não participasse daquela peça e você me desobedeceu e ainda fica se agarrando pelos cantos com esse pobre coitado, que coisa mais ridícula, isso não é o comportamento de um Lovato.
__Como soube da peça?
__Isso não importa, você vai sair dessa maldita peça e nunca mais vai olhar na cara desse garoto__ ele olhou novamente pra mim__ e você Joseph, pode esquecer a bolsa em Stanford, você nunca vai entrar em nenhuma faculdade, vou me certificar disso.
__Isso não é justo...
__Eu não vou largar a peça e nem me separar do Joe__ Demi respondeu zangada__ eu o amo, e ser atriz é o que eu quero fazer.
__Ótimo, então você saia da minha casa também, porque não vai continuar sob o meu teto se me desafiar.
__ÓTIMO... EU NÃO PRECISO DE VOCÊ, EU TE ODEIO__ ela começou a chorar__ VOCÊ NÃO SABE O QUE É SER PAI, É UM IDIOTA MESQUINHO.
__Fora da minha casa__ ele disse sério, sem demonstrar emoção__ os dois.
__O que esta havendo aqui?__ Daiana apareceu preocupada.
__De hoje em diante eu não tenho mais filha, é isso__ Patrick respondeu e saiu do quarto.
__Eu vou falar com ele__ ela disse__ fique calma querida.
__Vou sair dessa casa estúpida__ ela correu até o closet, pegou uma mala e começou a jogar roupas dentro.
__Demi...
__Eu posso ficar na sua casa essa noite?__ ela pediu__ prometo que logo arrumo outro lugar pra ficar.

__Claro que pode ficar lá, eu... Demi eu sinto muito__ não sabia mais o que dizer.
__Não é sua culpa__ ela disse chorando__ eu já devia ter feito isso há muito tempo, ele não é meu pai, não se importa comigo.
__EU QUERO ELES DOIS FORA DA MINHA CASA__ o ouvimos gritar do outro quarto.
__Eu acho melhor esperar lá fora__ murmurei sem jeito.
__Eu já desço, me espera lá__ ela pediu.
Eu saí da casa sem saber o que fazer, não era assim que eu esperava terminar o meu dia. Caminhei até meu carro e fiquei parado na porta encarando a escuridão tentando absorver aquele desastre. Ele tinha expulsado Demi de casa e eu tinha perdido minha chance de entrar em Stanford, era o fim... Porque ele tinha que ter chegado mais cedo?
Vi uma movimentação perto do portão, olhei com mais atenção e vi alguém parado ali olhando pra mim com um sorriso, demorei um segundo pra reconhecer quem era... Sterling, o loiro estúpido que me ameaçou outro dia. Antes que eu pudesse ir até lá ele desapareceu na escuridão, mas eu logo entendi o que houve. Foi ele que contou tudo ao pai da Demi, aquilo era tudo culpa dele. Senti o sangue ferver e fui tomado por uma raiva sem igual, eu não sabia como nem quando, mas ele concerteza iria me pegar e muito caro por isso.
__Vamos embora__ Demi apareceu correndo e chorando, jogando a mala dentro do meu carro, sua mãe veio atrás correndo.
__Demi espera__ ela pediu.
__Por favor, vamos embora__ ela entrou e fechou a porta.
__Eu vou cuidar dela__ prometi a Daiana e ela assentiu, também com lágrimas nos olhos.
Entrei no carro e saímos da mansão Lovato.

CONTINUA...
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Chapter Twenty One ( Maratona )

Joseph Narrando

Sábado.
Passei a manhã inteira nervoso esperando por noticias da Demi, nosso futuro dependia de como ela iria na prova de hoje. Se ela fosse bem poderia continuar tendo suas aulas, sua mesada e cartões de crédito, e eu ainda teria minha bolsa em Stanford. Mas se ela fosse mal eu seria demitido e tudo daria errado. Apesar do meu nervosismo eu confiava em Demi, ela tinha se esforçado e eu tinha fé que ela se sairia bem. Esperei a manhã inteira que ela me ligasse pra contar como foi, mas as horas foram passando e não tive noticias dela, assim comecei a ficar preocupado e me arrisquei a dar uma passada na mansão.
O segurança me recebeu com um sorriso dessa vez, parecia que ele finalmente tinha se acostumado com a minha constante presença naquela casa, acho que foi depois que ele me pegou aos beijos com Demi escondidos no jardim, eu não me sentia tão esquisito agora, o pessoal daquela casa era legal, as empregadas eram um barato e a mãe da Demi muito simpática, só o pai dela continuava idiota como sempre, mas mudando de assunto... Daiana me recebeu na porta.
__Oi, a Demi esta em casa?
__Ela estava__ respondeu preocupada__ ela fez a prova com o pai hoje cedo e parecia contente, me disse que achava que tinha ido bem, ai depois ela foi pro quarto pra ensaiar as cenas da peça. Quando eu fui ver ela tinha saído com raiva e não disse pra onde ia, achei que vocês deviam ter brigado por telefone.
__Não, não brigamos__ disse confuso__ ela ficou de me ligar pra contar como foi na prova, não sei o que aconteceu.
__Não faz ideia de onde ela pode estar?__ perguntou ansiosa__ estou preocupada.
__Disse que ela estava ensaiando antes de sair irritada?__ perguntei e ela concordou__ acho que eu sei onde ela pode estar, não se preocupe, eu a trago pra casa inteira.
__Tudo bem querido, boa sorte.
Eu sabia exatamente onde encontrá-la, não sei como, mas eu sabia que ela estaria lá.
Não foi por ver o carro cor de rosa estacionado na frente do teatro, eu senti aquilo, se eu gostava de ir lá pra pensar, então ela estaria em casa naquele lugar, e eu estava certo. A encontrei em cima do palco dançando, não havia música alguma mas mesmo assim seus movimentos eram precisos e graciosos, ela realmente parecia uma bailarina.
Fiquei quieto a observando de longe, sem querer atrapalhar sua concentração, estava fascinado, mas a cena mudou de repente. A dança ficou um pouco mais rápida e a expressão tranquila no rosto de Demi se desfez. Ela se embolou com os passos e tropeçou, caindo sentada no chão e resmungando irritada, eu corri até ela.
__Hey, você esta bem? Se machucou?__ perguntei preocupado.
__Eu to bem__ ela disse e recusou minha ajuda pra levantar__ estava me espionando?
__Eu estava te procurando, não me ligou como prometeu, fiquei preocupado, achei que estaria aqui e não quis atrapalhar sua dança, estava indo tão bem.
__Não, eu não estava indo bem, estava péssima__ ela reclamou__ eu não consigo fazer direito__ eu sempre erro, isso de esquerda, direita, eu sempre me confundo, eu não consigo acertar de jeito nenhum.

__Hey Demi, calma.
__Não quero me acalmar, eu sou uma idiota Joe, a quem quero enganar? Eu não consigo fazer isso.
Ela passou por mim, ia embora mas eu a segurei pelo braço e a puxei pra junto de mim.
__Então é isso?__ a encarei indignado__ vai desistir só porque não consegue acertar um passo de dança? Ah por favor Demi.
__Estou tentando isso há horas e...
__Sabe por que você não consegue?__ eu a interrompi__ porque você não acredita em si mesma Demi, tem que parar com isso.
__Você não entende.
__Ah fala sério__ revirei os olhos__ pare por um segundo de sentir pena de si mesma e eu tenho certeza que você consegue, já vi do que você é capaz. Eu sei que você se confunde, mas se tiver paciência às coisas serão mais fáceis, deixa eu te ajudar.
__Você não sabe dançar__ ela resmungou se fazendo de difícil.
__Mas sei bastante coisa sobre dislexia e sei o que pode te ajudar a melhorar, agora deixa de ser orgulhosa e chata.
__Idiota.

Demetria Narrando



Depois de ouvir aquele pequeno sermão do Joe resolvi deixá-lo me ajudar, ele sempre tinha um jeitinho especial de me convencer.
Mostrei a ele a coreografia, pelo menos uma parte, expliquei a parte em que eu tinha dificuldades e ele me deu algumas dicas de como relaxar e dançar com calma. Ele me disse pra não ficar contando os passos que dava, nada de ficar pensando direita ou esquerda, ele disse pra não pensar qual era o próximo passo, apenas sentir a música.
E funcionou, me esforcei pra fazer o que ele disse e minha dança melhorou bastante, os passos pareceram mais naturais. A parte que eu tinha dificuldade ficou mais fácil, mas acho que tudo ficava mais fácil quando ele estava comigo, me tocando com carinho, falando com doçura e sorrindo pra mim com toda a paciência do mundo. Toda vez que eu fazia algo certo ele me enchia de elogios e beijinhos, ele tinha realmente jeito pra ser professor.
__Como você consegue fazer isso?__ perguntei intrigada.
__Isso o que?__ me olhou confuso.
__Ser bom em tudo, inclusive em algo que nunca fez antes e que não tem conhecimento nenhum.
__É coisa de nerd__ deu de ombros e riu.
Depois de um tempo nós dois nos sentamos no chão do palco pra descansar, eu tinha trago meu violão comigo e o segurei no meu colo, dedilhando as cordas distraidamente, não tocando nada em especial.
__Já começou a compor aquela música?__ Joe perguntou.
__Só uns versos, não sei como continuar, ando meio sem inspiração__ confessei frustrada__ quer ouvir?
__Claro, de repente eu posso ajudar.

Tell me what to do about you
I already know I can see in your eyes
When you're selling the truth
'Cause it's been a long time coming
So where are you running to?
Tell me what to do about you



__Legal__ ele sorriu__ me conta mais sobre a peça, talvez eu tenha alguma ideia.
__Você sabe compor também?__ o desafiei.
__Vamos descobrir agora__ ele me provocou.
Contei a ele do que se tratava a peça, falei também sobre os personagens e ele ouviu com atenção e até me fez perguntas. Pediu que eu tocasse de novo a primeira parte e depois me ajudou a escrever mais uns versos, até que ele não era tão ruim naquilo, mas eu não devia estar surpresa, ele era bom em tudo.

You've got your way of speaking
Even the air you're breathing
You could be anything
But you don't know what to believe in
You've got the world before you
If I could only show you
But you don't know what to do

Tell me what to do about you
Something on your mind
Baby all of the time
You could bring out a room
Oh, yeah
This day has been a long time coming
I say It's nothing new
So tell me what to do about you
You've got your way of speaking
Even the air you're breathing
You could be anything
But you don't know what to believe in
You've got the world before you
If I could only show you
But you don't know what to do

You think about it
Can you ever change?
Finish what you started
Make me want to stay
Tired of conversation
Show me something real
Find out what you part is
Play it how you feel

Tell me what to do about you
Is there any way, anything
I can say won't break us it two
'Cause it's been a long time coming
I can stop loving you
Tell me what to do about you

Oh...
You could be anything
But you don't know what to believe in
World before you
Show you
But you don't know what to do
Yeah...



__PERFEITA__ John gritou animado__ essa música é perfeita.
__Obrigada__ eu sorri contente e um pouco envergonhada.
__Como conseguiu compor essa música maravilhosa?__ ele questionou.
__Meu namorado me ajudou.
__Divino, você conseguiu me deixar mega contente__ ele me abraçou__ era o que eu estava precisando.
Os ensaios foram ótimos aquele dia, John não parou de me elogiar e os outros atores também me adoraram por conseguir deixá-lo tão feliz, nos divertimos muito ensaiando algumas cenas de comédia e consegui dançar sem grandes problemas, tudo graças ao Joe, ele conseguia mesmo me tornar alguém melhor, em todos os aspectos.

CONTINUA...
5 Capítulos para o proximo

Chapter Twenty


Joseph Narrando
Sexta feira, estávamos na aula de educação artística, meu inferno, a única matéria que manchava meu histórico perfeito. A professora pedira que escolhêssemos uma pintura famosa pra fazer uma releitura e eu não estava indo muito bem, o que eu estava pintando não parecia nada com o quadro original, eu era uma droga. Já Demi não tinha dificuldade nenhuma em sua pintura escolhida, ela fazia tudo com um enorme sorriso no rosto, e a verdade é que passei a maior parte da aula olhando pro sorriso dela do que realmente tentando pintar. Eu ficava bobo quando ela olhava pra mim com um tímido sorriso e os olhos brilhando, acho que ela pensava no mesmo que eu, na noite incrível que tivemos e a professora teve que chamar nossa atenção algumas vezes, mas do que eu gostaria. Demi tinha mesmo mexido comigo.
__O que é isso que esta pintando?__ ela perguntou quando a professora não estava olhando.
__Eu não sei mais__ fiz careta enquanto olhava pros garranchos que eu fizera__ prefiro não comentar o que eu estava tentando pintar, seria vergonhoso demais.
__Não da pra ser bom em tudo__ ela disse rindo__ tem certas coisas que você não aprende os livros. Você não é bom, supere.
__Não estou preocupado com isso__ menti dando de ombros.
__Mentira, da pra ver a sua raiva por não conseguir fazer isso direito__ ela estava prendendo o riso__ acho que tem uma veia saltando na sua testa, devia ver a sua cara.
__Não tem graça__ resmunguei.
__Oh tem sim__ ela discordou__ tem muita graça, nerds como você odeiam o fato de não serem bons em tudo, eu conheço o tipo.
__Eu não sou tão nerd assim, isso é injusto.
__Você é diferente da maioria dos nerds eu admito, mas no fundo é igual a todos eles.

Eu ia discutir com ela embora tivesse razão, mas a professora nos interrompeu de novo e encerramos nosso papo por ali.
Na hora da saída fui pro estacionamento buscar o meu carro pra ir pra casa, mas alguém me esperando lá, um garoto que eu não conhecia, nunca o tinha visto antes na minha vida e seja quem for sabia que não gostaria dela, tinha cara de mauricinho e se vestia como um também, com um ar superior totalmente irritante no rosto.
__Com licença, esta atrapalhando minha passagem__ falei educadamente.
__Então, você é o Joseph__ ele me olhou de cima a baixo com ar de desprezo.
__Quem é você?__ perguntei impaciente, odiava quando me olhavam daquele jeito, principalmente alguém como ele.
__Meu nome é Sterling Knight__ ele respondeu com um sorriso e reconheci imediatamente o nome, o ex namorado idiota da Demi.
__Você é o ex mala da Demi que tentou agarrá-la a força certo?
__Foi o que ela te contou?__ ele deu uma risada__ ela queria aquilo.
__Olhe, eu não tenho tempo pra bobagens, tenho coisas a resolver, será que pode dar licença?
__O que eu tenho pra falar é bem rápido, não vai demorar__ ele prometeu e chegou mais perto pra poder me encarar__ encaremos os fatos, você e Demi não tem nada em comum, tem interesses diferentes, são de classes sociais diferentes, esse romancezinho de vocês não vai durar, uma hora a ficha vai cair, você não pode dar um futuro a ela.
__O que você tem com isso?

__Estou te dando à chance de se afastar dela por vontade própria.
__Ou o que?__ o desafiei.
__Não quero ter que fazer ameaças Joseph__ ele continuou sorrindo__ podemos nos dar bem, isso pode ser proveitoso pra nós dois se você colaborar, eu soube que você esta atrás de uma bolsa em Stanford, eu posso conseguir isso pra você.
__Obrigado, mas eu já consegui a bolsa.
__Claro, o pai da Demi vai arrumar pra você__ ele revirou os olhos__ mas ele não sabe que esta saindo com a filha dele não é mesmo? Acho que isso mudaria as coisas.
__Não me ameace idiota, você pode ser rico mais eu não tenho medo de você, eu não vou me separar da Demi, supere o fato de que ela te deu um fora, dinheiro não é tudo sabia? Tanto que ele preferiu o nerd aqui a um mauricinho como você, venha conversar comigo quando virar homem.
Aparentemente eu o irritei com o meu comentário, pois ele partiu pra cima de mim e me deu um soco no rosto. Eu ia socá-lo de volta, pois aquilo me deixara simplesmente furioso, mas antes que eu pudesse Demi apareceu e se pés entre nós dois.
__Que esta acontecendo aqui?__ ela me ajudou a me recompor__ ficou maluco Sterling?
__Só vim dar um aviso ao seu namoradinho.
__Fica longe da gente, acabou ta legal? Vê se me esquece.
__Ainda vão se arrepender disso__ prometeu__ estão avisados.
Sterling se afastou, nos deixando sozinhos no estacionamento, eu quis correr atrás dele e socá-lo__ um sentimento incomum, eu geralmente não era uma pessoa violenta__, mas o toque de Demi e sua voz preocupada me impediram de fazer qualquer coisa.
__Ele te machucou muito?__ ela perguntou segurando meu rosto com cuidado e o analisando.
__Eu estou bem__ garanti a ela, teria sorriso mas isso fazia a dor na minha boca aumentar__ eu teria socado ele de volta, mas ainda estamos dentro da escola e isso ia sujar o meu histórico impecável.
__Claro__ ela riu e me deu um beijinho, eu gemi com a dor que isso causou__ desculpe, precisa cuidar disso.
__Eu vou sobreviver. Pra um mauricinho idiota até que ele era forte.
__Escuta, eu tenho que ir pro ensaio da peça, mas eu te compenso por isso depois__ ela deu um beijo na minha bochecha.
__Eu vou cobrar.
Ela teve que sair correndo pra não perder a hora, eu fui pra casa cuidar daquilo, ia ficar inchado concerteza. Aquele loiro estúpido ia me pagar por esse soco, ele ia ver outra hora.

Demetria Narrando


Ensaiamos algumas cenas da peça aquela tarde, eu não tinha problemas em gravar minhas falas, na verdade eu era boa nisso, com a ajuda da minha mãe, das empregadas e do Joe eu estava me saindo bem, o problema era a dança. Aquele era um musical, e meu papel era de uma garota que queria ser dançarina, então teria muitas cenas de dança e eu me confundia em alguns passos, esquerda, direita, aquilo sempre me embolava, mas o diretor continuava paciente e agradável comigo, mesmo com meus erros.
__Você foi muito bem hoje Demi, eu consigo ver a personagem em você, só precisa melhorar a dança, mais fora isso esta perfeito.
__Obrigada John, eu vou me esforçar pra melhorar, prometo.
__Eu sei que sim__ ele sorriu compreensivo.
Ele fez um pequeno discurso pra nós, falando em que podíamos melhorar e sobre novas ideia, disse que precisava de algo inspirador pra peça e qualquer ideia dos atores seria muito bem vinda. Eu fiquei animada com isso, queria ser eu a ter uma ideia brilhante pra melhorar a peça, eu tinha que pensar em algo que deixasse John feliz.
Quando os ensaios terminaram eu fui pra casa pra aula com Joe, a hora mais esperada do meu dia, mais até que os ensaios pra peça por mais louco que pareça, eu estava perdidamente apaixonada por esse garoto, era tão patético, não consegui parar de pensar um minuto sequer na noite maravilhosa que tivemos, não esperava que nossa primeira vez fosse no banco de trás do carro dele mas foi perfeito de qualquer jeito, melhor do que qualquer transa que eu já tive, e agora me sentia nas nuvens.
Esperei pelo Joe no meu quarto como sempre, meu pai estava trabalhando no escritório então não tinha perigo de ele descobrir, dei uma rápida olhada no espelho, só pra garantir que eu estava linda e não tinha nada fora do lugar e me sentei na cama.

__Oi Demi__ ele sorriu pra mim quando entrou no quarto, fechando a porta.
__Oi, como foi o dia?__ perguntei curiosa.
__Nada de mais e o seu?
__Bom, os ensaios foram legais, tirando a minha dança que eu preciso urgentemente melhorar e o John precisa de uma ideia inovadora pra peça. Pediu nossa ajuda.
__Que tipo de ideia?__ ele se sentou ao meu lado na cama.
__Eu não sei exatamente, ele quer algo pra acrescentar a peça pra animar, sei lá, algo inspirador.
__Você não teve nenhuma ideia ainda?
__Não consigo pensar em nada, eu sou péssima nisso.
__Essa peça é um musical não é?__ ele perguntou e eu concordei__ porque não compõe uma musica pra peça então? Você é boa nisso, ouvi falar que você compôs a maioria das musicas das peças da escola. Você pode escrever algo que combine com a peça.
__É uma ótima ideia__ sorri de orelha a orelha e lhe dei um beijo__ você é brilhante.
__Hey vai com calma__ ele me afastou gentilmente__ minha boca ainda ta doendo pelo soco que aquele palhaço me deu.
__Own tadinho, ele te machucou muito?
 
__Se não tivesse me pego desprevenido eu tinha acabado com ele.
__Claro que sim__ concordei e ele me olhou de cara feia pelo meu tom irônico__ vou te compensar por isso depois.
__Depois, hoje temos que estudar, você vai fazer outra prova com seu pai amanhã e se não for bem ele vai me demitir e Adeus bolsa de estudos integral pra Stanford.
__Não se preocupe, eu vou me esforçar pra ir bem__ prometi.
__Tudo bem, então vamos começar logo.
Passamos a noite estudando sem distrações, eu realmente me esforcei aquela noite pra prestar atenção e aprender, eu tinha que ir bem na prova de amanhã, por mim e pelo Joe, ele precisava daquilo tanto quanto eu. Ele já estava me ajudando tanto, era minha vez de retribuir garantindo que ele conseguisse aquela bolsa, só dependia de mim agora.
CONTINUA....

Pergunta

Que tal irmos de maratona??
Acordei feliz e com disposoção e resolvi fazer ma maratona voces querem?

Chapter Eighteen & Nineteen

Joseph Narrando
A minha semana foi corrida, durante a manhã ia pra escola e me esforçava pra continuar sendo o melhor aluno, durante a tarde ia pra casa fazer minhas tarefas e então descansar um pouco já que não trabalhava mais na lanchonete do Max, durante a noite ia a mansão dar aulas particulares a Demi que vinha melhorando muito agora que eu sabia do seu problema e no tempo que nos restava namorávamos um pouco, e não era muito.
Hoje, pra ser mais exato daqui a umas duas horas seria o nosso primeiro encontro de verdade, sem ter que nos esconder ou dar uns beijos entre as aulas, hoje seria só nós dois, e eu não estava muito confiante com isso, eu não saia com alguém há um bom tempo e bom, Demi não era uma garota qualquer, ela era bilionária, e isso não facilitava. Por isso pedi ajuda ao Nick e ao Kevin.
__Então, qual é a emergência?__ Nick perguntou se jogando na minha cama.
__É uma história engraçada__ eu disse rindo sem jeito, ainda não tinha contado pra eles que estava namorando a Demi__ vocês vão adorar. Sabe a Demi?
__Sabemos__ Kevin concordou__ claro que sabemos, o que tem ela?
__Bem, nós temos passado muito tempo juntos por causa das aulas particulares__ comecei a falar tudo de uma vez, rápido demais e eles me olharam com expressões confusas__ ai viramos amigos, só que domingo foi aniversário dela, acabamos nos beijando, agora estamos namorando e hoje vamos ter nosso primeiro encontro oficial e eu preciso de ajuda pois estou nervoso e não sei o que fazer.
__O que?__ Kevin me olhou boquiaberto__ você beijou a Demi Lovato?
__Fala sério__ Nick o fuzilou com os olhos__ foi isso que você entendeu? O idiota ta namorando ela a quase uma semana e não falou nada... Porque você não falou nada?
 
__Falta de tempo?__ fiz careta__ eu sinto muito, por favor, me ajuda. Eu sei que isso é meio gay, mas eu não sei o que devo vestir, ela é importante pra mim, eu quero que tudo saia perfeito.
__Ok, nós vamos discutir essa sua mentira depois.
__Eu não menti, eu omiti, tem diferença sabia?
__Que seja__ revirou os olhos__ diga, o que vocês vão fazer?
__Bem, eu só pobre como vocês já sabem, então ela topou fazer um programa simples, vamos ao cinema, depois comer alguma coisa numa lanchonete não tão deplorável e depois ainda estou decidindo o que faremos.
__Precisa de grana emprestado?
__Não, só preciso que me ajudem a decidir o que devo usar, não quero fazer feio, ela é bilionária.
__Eu sei como é__ Nick disse__ passei pela mesma coisa com a Selena.
__Não passou não.
__Passei sim, ela também é bilionária cara.
__E daí? Você também é rico idiota.
__Bilionário, rico, tem uma grande diferença ok? E a grana é do meu pai não minha.
__Vocês vão me ajudar ou não?__ resmunguei impaciente.
__Claro que vamos__ Kevin concordou__ primeiro passo, a roupa de baixo.
__Roupa de baixo?__ o encarei confuso.
__É cara, você pode se dar bem com ela hoje, tem que estar preparado__ ele sorriu maliciosamente__ nada de cuecas, elas são infantis e nada de estampas também, use uma sunga Box, de preferência preta, as garotas adoram.
__É nosso primeiro encontro, não acho que...
 
__Não interessa o que você acha, ouça o que eu digo, vai me agradecer depois.
Bem, eu o obedeci, poderia até ter discutido mais ele me olhou feio e eu não precisava de um machucado agora. Eles reviraram meu guarda roupa atrás da roupa menos feia que eu tinha, me arrumaram uma calça uma preta e disseram que não tinha problema eu ir de all star, embora eu soubesse que Demi odiava aquele tênis.
__Qual a cor preferida dela?
__Rosa.
__Eca__ Nick fez careta e puxou uma blusa do meu guarda roupa__ porque você tem uma blusa rosa?
__Foi presente da sua mãe idiota__ puxei da mão dele__ a Demi vai adorar isso.
Pus a camiseta cor de rosa, e joguei uma blusa preta por cima, dei um jeito no cabelo, o deixando meio bagunçado, e no final fiquei feliz com o resultado. Acho que Demi ia gostar.
Demetria Narrando


Faltavam duas horas pro meu encontro com Joe, eu tinha acabado de tomar um bom banho, estava enrolada no meu roupão e ainda não fazia ideia do que ia usar, então pedi ajuda pra Selena e Miley. Elas chegaram o mais rápido que puderam e trouxeram companhia, uma mulher que nunca tinha visto na vida.
__Quem é essa?__ perguntei confusa.
__Minha manicure__ Selena respondeu mostrando as unhas impecáveis__ você precisa se livrar desse esmalte cor de rosa querida, já vai no seu carro, não precisa matar o menino, a Marisa vai dar um jeito enquanto cuidamos do resto.
Sentei-me em uma cadeira e em pouco tempo Marisa deu um jeito nas minhas unhas, tirou o esmalte cor de rosa brilhante que eu usava e fez uma linda francesinha com umas florzinhas brancas que ficou simplesmente incrível. Cuidamos da maquiagem, resolvi não exagerar pois se eu conhecia bem o Joe ele ia gostar de uma beleza mais natural. Então fiz uma maquiagem básica e bem leve. Miley recomendou que eu deixasse o cabelo solto, disse que era mais sexy, então secamos meu cabelo e o deixamos com alguns cachos. Depois disso o próximo passo era a escolher a roupa, a parte mais difícil.
__Primeira coisa, a lingerie__ Miley disse__ tem que ser bem sexy.
__Por quê?
__Vai que rola alguma coisa?__ eu ia protestar mais ela me interrompeu__ não finja que você não quer querida.
Então eu me calei, eu não seria contra que nossa primeira vez rolasse hoje, com ele nada era impossível.
__Sabe qual é a cor favorita dele?__ Selena perguntou.
__Verde eu acho__ respondi meio insegura.
__Eu tenho a peça perfeita aqui__ Miley surgiu de dentro do meu closet segurando uma das minhas lingeries, era verde clara de renda e realmente era bem sexy__ vamos, experimente.

Eu coloquei como elas ordenaram e me olhei no espelho, eu ficava muito bem de verde e aquela peça ficara perfeita no meu corpo, realçando minhas curvas nos lugares perfeitamente certos. Não era pra me gabar, mas eu estava perfeita nela.
__Agora a roupa__ Selena pos a mão na cintura enquanto olhava pro meu closet__ não importa que seja um encontro simples, você tem que arrasar sempre, tem que mostrar que é uma garota de classe.
__Essa calça é linda__ Miley disse__ com a blusa certa vai arrasar.
__Não, não__ Selena discordou__ nada de calça, bermuda ou short, tem que ser vestido.
__Por quê?__ eu e Miley perguntamos ao mesmo tempo.
__Porque é mais sexy__ ela disse com cara de óbvio__ e é mais prático, mais fácil de tirar caso precise, se é que me entendem.
__Bem pensado__ Miley comentou rindo.
__Vocês são muito safadas__ reclamei.
__Aqui__ Selena gritou de repente nos assustando__ achei o vestido perfeito.
Era um vestido tomara que caia rendado preto e bem justinho, eu adorava esse tipo de roupa que valorizava minhas curvas. A alça do sutiã ficava aparecendo, mas parecia fazer parte do vestido, era realmente perfeito. Miley escolheu uma sandália de salto verde que eu tinha, depois escolhi uns brincos não muito chamativos, um cordão que chamava a atenção para o meu colo e a pulseira que ele me dera de presente. Parei pra me olhar no espelho e sorri.
__Acha que ele vai gostar?__ perguntei meio insegura.
__Ele vai babar__ elas garantiram__ você esta divina.
Agora era só esperar e ver o que aconteceria nesse encontro.

Joseph Narrando


Exatamente na hora marcada Demi apareceu na porta da minha casa com seu carro cor de rosa. Eu odiava aquele carro, mas fazia parte do nosso acordo, então apenas sorri e fui até ela que estava escorada no carro me esperando e estava simplesmente linda. Era incrível, mas parecia que a cada dia que passava ela ficava mais bonita.
__Oi__ sorri e lhe dei um beijo__ você esta linda.
__Obrigada, você também não esta mal__ ela brincou__ camiseta rosa? Pensei que odiasse essa cor.
__Odeio, mas achei que você ia gostar__ dei de ombros e reparei que ela estava usando a pulseira que lhe dei__ e pensei que você não usasse bijuterias.
__Não uso, mas abri uma exceção, assim como você fez com o cor de rosa__ ela disse rindo e apontou pros sapatos__ escolhi o sapato verde em sua homenagem.
__Eu adorei.
__E minha lingerie é verde também, só pra você saber__ ela piscou pra mim e entrou no carro.
Fiquei parado olhando pra ela com cara de idiota por um tempo.
__Você vem ou não?__ ela perguntou rindo de mim__ vamos perder o filme.
Entrei no carro e fomos até o cinema, compramos pipoca, refrigerante e alguns doces e nos sentamos na ultima fileira. O filme que fomos ver era o novo filme do Sherlock Holmes, o filme que Ashley me convidara pra assistir, me senti um pouco culpado por dar um bolo nela, mas superaríamos isso. Perdemos boa parte do filme, bem que tentamos, mas não conseguimos prestar atenção, durante a semana tínhamos pouco tempo pra ficar juntos então queríamos aproveitar aquela oportunidade, então passamos a maior parte do filme aos beijos, só prestamos atenção em algumas partes e demos boas risadas.
 
Depois do filme nós fomos a uma lanchonete comer alguma coisa. Eu pedi um hambúrguer com milkshake e batata frita, Demi pediu só o milkshake e roubou algumas das minhas batatas, segundo ela estava de dieta e não queria engordar, era ridículo, ela não precisava disso. Enquanto comíamos conversamos bastante, em alguns momentos falamos sobre coisas bobas, como quando perguntei sobre os animais que ela já teve. Ela me contou que tinha uma poodle chamada floquinho, mas tinha alergia a cachorros e por isso seus pais se livraram dela, me falou também que teve alguns pássaros, que adorava andar a cavalo e que odiava gatos. Eu contei a ela que tive um peixinho quando criança, mas morreu antes de uma semana e depois disso desisti de criar animais, e nós rimos feito dois bobos. Ela também me contou um pouco sobre sua infância, disse que quando era bem pequena gostava de fazer peças de teatro baseadas nos livros infantis que ela tinha e que obrigada os empregados a participar, algumas vezes até os fantasiava, e eu contei como adorava ir ao teatro com os meus pais.
Falamos de assuntos sérios também, ela me falou um pouco mais da relação com seu pai, que desde pequena ele nunca lhe dera muita atenção, pois estava sempre ocupado com o trabalho e me disse o quanto isso a entristecia. Cotou também como foi difícil quando ela descobriu a dislexia, pois não teve o apoio de seu pai que nunca acreditou que aquilo era mesmo uma doença, mas eu sabia que era, durante nossa conversa ela perdia o foco várias vezes e eu tinha de chamar sua atenção, mas agora que sabia a verdade isso não me irritava, eu queria ajudá-la. Ela me contou que buscava consolo gastando dinheiro no shopping, que aquilo a fazia se sentir melhor, eu entendia agora que comprar era um jeito de esconder suas frustrações, ela não era tão fútil quanto parecia, ela tinha seus motivos embora algumas coisas fossem realmente parte de sua personalidade, como fazer chilique por quebrar uma unha, ir ao salão várias vezes na semana e adorar cor de rosa, ela era uma patricinha de fato, isso era parte dela, mas algumas coisas só era possível entender quando você a conhecia de verdade.
 
Eu contei a ela sobre meus pais, como eu os adorava, como eram divertidos, falei sobre como foi difícil quando eles morreram, e como Max me acolheu, sem ele eu não seria nada agora, talvez fosse um moleque de rua drogado e ladrão, eu devia minha vida a ele. Falei sobre o trabalho do meu pai, que era o motivo de eu querer fazer faculdade de Direito, era uma forma de estar mais perto dele, de ter uma conexão com ele. Mostrei uma foto da minha mãe que carregava comigo e ela sorriu dizendo que eu era a cara dela.
Demi me contou também sobre como o teatro era importante pois a ajudava com a dislexia, era um desafio que ela precisava pra seguir em frente todos os dias, pra provar pra si mesma que era capaz e no fim da noite eu sentia que estava com uma garota completamente diferente, como se tivesse ido ao encontro com uma menina e voltado com outra, e sabia que ela sentia o mesmo sobre mim, agora que nos conhecíamos melhor o modo como nos víamos era diferente também.
Quando terminamos de comer encerramos um pouco o papo pesado e a levei a um lugar que ia muito com meus amigos, um salão de jogos muito legal. Ela me disse que nunca tinha ido a um lugar daquele e que nunca jogara a maioria daqueles jogos. Tentamos primeiro boliche, mas ela parecia uma profissional e não errou uma única jogada, então eu desisti, perder não tinha muita graça. Depois tentei ensiná-la como jogar sinuca, e foi divertido quando a abracei por trás pra mostrar o movimento e ela sorriu maliciosamente pra mim, se inclinando sobre a mesa, causando um maior contato entre nós dois. Tentamos também um joguinho de fliperama, e eu ria a vendo jogar, reclamando com a maquina quando perdia, igualmente meus amigos faziam. Depois coloquei uma fixa na máquina e dançamos ao som de uma música que eu não conhecia, mas que pareceu perfeita naquele momento, só pra nós dois, ali abraçados e em silencio. Eu comecei a pensar que tinha muita sorte em tê-la encontrado, éramos muito diferentes era verdade, dava pra perceber isso quando conversávamos sobre nossas experiências e pela careta que ela fazia ao entrar nos lugares que a levei, ela não estava acostumada aquela vida mas pareceu disposta a experimentar por mim e fiquei orgulhoso dela.
No fim do dia, eu não era mais um pobretão e ela a garota bilionária metida. Eu era só um cara sem grana e sem muitas oportunidades, mas mesmo assim educado e divertido, e ela uma menina rica com gostos refinados mais um coração de ouro, e apesar de perfeitamente imperfeitos, éramos perfeitos um pro outro.
 
Demetria Narrando


Passamos pela porta da minha casa aos beijos, tropeçando nas coisas e rindo feito bobos por isso. Eu nunca me divertira tanto na minha vida com um namorado antes, ainda mais fazendo aquele tipo de programa. Não estava acostumada a coisas tão simples, mas com ele percebi como coisas bobas e simples podem ser grandes e tão boas.
Ainda não estava pronta pra o deixar ir embora, ainda queria ficar um pouco mais com ele, dessa vez sozinha, sem ninguém pra interromper, onde pudéssemos fazer o que quiséssemos sem medo. Meus pais já deviam estar dormindo àquela hora, então não me preocupei quando o empurrei contra a parede, juntando seu corpo no seu e aprofundei o beijo. Suas mãos apertaram minha cintura, me puxando pra ainda mais perto e deixei escapar um gemido em sua boca gostando daquilo. Joe me empurrou pra trás, desencostando da parede e me levando até que eu esbarrasse no sofá e não conseguíamos parar de rir, até que ouvimos passos e partimos o beijo depressa assustados.
__Desculpe senhorita Lovato__ Julia, uma das minhas empregadas pediu__ eu não sabia que estava aqui, com licença.
__Tudo bem Julia, você não viu nada__ avisei a ela.
__Sim senhorita__ ela se virou e foi embora.
__Quantos empregados tem nessa casa?__ Joe perguntou fazendo careta.
__Não importa__ eu disse segurando a mão dele e o puxando comigo__ vem cá.
O arrastei comigo até o sofá, nos sentamos ali e voltamos a nos beijar, mas não por muito tempo... Quando a coisa começava a esquentar de novo outra das minhas empregadas apareceu, dessa vez a Fernanda.
__Eu sinto muito Senhorita.
__Ta tudo bem Fernanda, só não conte a ninguém.
Ela concordou e saiu.
__Não tem como ter privacidade nessa casa, ainda mais na sala__ Joe disse rindo.
__Eu te levaria pro meu quarto, mas fica do lado do quarto dos meus pais e... Não é uma boa ideia, vai por mim, meu pai tem sono leve, se ele escutar alguma coisa agente ta ferrado.
__Porque não vamos pra minha casa?__ ele sugeriu__ ninguém vai nos atrapalhar lá e ainda nem está tão tarde.
__Hum, eu não sei__ disse um pouco nervosa.
__Eu te trago depois se precisar, vamos Demi, não vamos ter muito tempo pra nós amanhã, temos que aproveitar.
__Tudo bem, tem razão... Espere só um minuto, eu vou tirar esse vestido e por algo mais confortável.
__Ok, eu te espero.
Lhe dei um selinho, tirei o salto e subi correndo as escadas mais sem fazer barulho. Fui até meu quarto e corri até o closet pra pegar uma roupa mais confortável. Optei por um short jeans novo que eu ainda não tinha usado e uma blusa vermelha também nova que comprei da ultima vez que estive no shopping, pus de volta o salto alto__ eu odiava sapatilhas__ e desci as escadas o mais silenciosamente possível.
__Estou pronta, vamos nessa.
Saímos do mesmo jeito que entramos, o mais discretamente possível. Fomos no meu carro cor de rosa e eu ri da careta que Joe fez por ter que entrar nele de novo. Em alguns poucos minutos eu tinha estacionado o carro na frente da casa dele, as luzes da casa do Max estavam acesas, os amigos dele deviam estar acordados. Entramos na casa, joguei minha bolsa em cima da mesinha que tinha no canto e logo estávamos nos beijando de novo. Fomos andando até cairmos no sofá, com ele por cima de mim. Quando eu namorava Sterling essas coisas não aconteciam, não havia paixão nos beijos, nada faíscas ou borboletas no estomago, terminar com ele foi a melhor coisa que eu já havia feito, eu sabia disso agora.
 
Nos livramos da camiseta dele, e a minha logo teve o mesmo destino, enquanto ele beijava meu pescoço percebi o que estávamos fazendo, quando pensei como nossa noite terminaria eu nos imaginava juntos no meu quarto e não jogados no sofá daquele jeito, mas não consegui me importar com o lugar, eu queria ele, cada vez mais. Só que tê-lo não era uma tarefa fácil, quando ele estava pra desabotoar o meu short a campainha da casa dele tocou.
__Ah fala sério__ resmunguei__ ninguém vai nos atrapalhar aqui né?
__Sinto muito__ ele riu se levantando__ deve ser os meninos, eu despacho eles rapidinho.
__Ok__ revirei os olhos vestindo minha novamente minha blusa e ajeitando cabelo.
Joe não se deu ao trabalho de vestir sua blusa pra ir abrir a porta e eu me mordi de raiva quando vi que na verdade não era um dos meninos e sim Ashley, a ex namorada dele, o que aquela maluca fazia ali à uma hora daquelas?
__Ash__ Joe disse surpreso__ o que faz aqui uma hora dessas?
__Desculpa, eu sei que é um pouco tarde, mas eu precisava te ver agora__ ela foi entrando e nem reparou em mim... Vaca.
__O que aconteceu?__ Joe perguntou preocupado.
 
__Eu tinha feito uma prova pra conseguir uma bolsa em Stanford, lembra que eu te contei que o pai de uma amiga minha me arrumou isso?__ ela perguntou e ele concordou__ recebi a ligação ainda pouco, consegui uma bolsa de estudos pra estudar Jornalismo em Stanford.
__Eu não acredito__ ele sorriu e contente e a abraçou, a rodando no ar, que cena comovente__ parabéns Ash.
__Não é incrível?__ ela disse__ agora quando você conseguir sua bolsa vamos estudar juntos em Stanford.
__Uau, você tem muita sorte, eu estou correndo atrás dessa bolsa há um século.
Ok, claramente eu estava sobrando ali, me levantei e fui pegar minha bolsa, foi quando Joe lembrou de mim e Ashley me viu.
__Oh, eu não sabia que estava acompanhado, desculpa__ ela disse envergonhada.
__Não tudo bem, eu já estava de saída__ pus a bolsa no ombro.
__Demi não vai__ ele pediu.
__Já esta tarde__ eu forcei um sorriso tentando não parecer chateada__ vocês obviamente tem muito que conversar sobre essa bolsa, eu não quero atrapalhar, agente se vê amanhã.
__Demi por favor...
__Eu não to com raiva__ prometi a ele, e não era mentira, eu não estava com raiva dele, só dela__ agente se vê amanhã.
Dei um rápido beijo nele e sai da casa... Não foi como planejei o fim da minha noite, mas talvez fosse melhor assim.
 

Chapter
Nineteen

Demetria Narrando
Eu estava dirigindo de volta pra casa, tentando não ficar irritada, a noite tinha sido tão perfeita, não queria estragar as lembranças boas com a raiva que eu estava agora, tudo culpa daquela loira falsa. Quando eu estava no meio do caminho o carro começou a fazer um barulho estranho até parar. Fiz de tudo pra ligá-lo de novo mais não adiantou nada, então abri a porta e sai.
__Carro estúpido__ resmunguei, aquilo não era hora pra dar problema, estava tarde e eu estava sozinha.
Ótimo, era o que me faltava, eu ter que ir andando pra casa nessa escuridão, a rua deserta e se aparecesse algum tarado? Dei um passo assustada querendo sair o mais rápido possível dali, mais foi só o que precisou pro meu salto quebrar.
__Ah fala sério, eu adorava esse sapato__ tirei os dois sapatos do pé e os taquei do outro lado da rua com raiva.
Peguei meu celular pra tentar ligar pra alguém e adivinhem? Sem sinal.
__Claro, sem sinal, porque seria o contrário?__ murmurei e enfiei o celular de volta na bolsa.
Estava prestes a voltar pra dentro do carro e mofar lá quando vi um carro se aproximando, eu logo o reconheci como o carro do Joe. Eu quis me fazer de difícil então comecei a andar pra longe dele, que me acompanhou, abaixando o vidro pra poder me olhar.
__O que houve?__ ele perguntou.
__Meu carro pifou e meu salto quebrou__ respondi secamente__ e você? Sua ex já foi embora ou ainda esta lá te esperando?
__Você disse que não estava com raiva__ ele comentou.
__Eu menti, é claro que estou com raiva, ela atrapalhou nosso encontro e você deixou.
__Entre no carro, por favor, Demi__ ele pediu.
 
Eu não ia dar ouvidos a ele, mas estava cansada e estava frio, então ele parou o carro e saiu, abrindo a porta pra mim.
__Por favor Demi, entre no carro__ ele insistiu.
Ele abriu a porta do passageiro pra mim, mas me fiz de difícil e passei por ele abrindo a porta e me sentando no banco de trás. Achei que ele ia entrar e dirigir pra me levar pra casa, mas ele fechou a porta da frente, deu a volta e abriu a outra porta pra poder sentar do meu lado no banco de trás.
__Qual o problema Demi?__ ele perguntou.
__Se você não sabe__ dei de ombros.
__Você sabe que a Ashley é minha amiga, ela quis compartilhar uma coisa importante comigo, eu não podia ignorá-la.
__Eu sei, e só que... Ela é sua ex namorada, e vocês tem um monte de coisas em comum, isso me irrita, vocês tem uma história.
__E é passado__ ele garantiu__ o que agente teve não significa mais nada, somos só amigos e temos algumas coisas em comum, eu fiquei feliz por ela ter conseguido a bolsa, isso significa que eu também tenho uma chance.
__É, e quando você conseguir sua bolsa vocês dois vão estudar juntinhos em Stanford, que felicidade.
__Demi...
__Eu estou com ciúmes ok?__ confessei zangada__ hoje era pra ser uma noite só nossa Joe, não pensei que fosse terminar com você comemorando com sua ex namorada, eu imaginei isso diferente. Imaginei nós dois lá na sua casa namorando sem ninguém pra interromper, agente conversaria um pouco mais e riria, você me diria coisas bonitas no ouvido pra que eu me arrepiasse e ai nós iríamos... __ me interrompi antes de completar o pensamento, ficando vermelha.
__Iríamos o que?__ sua voz fez meu coração errar algumas batidas.
__Nada__ desconversei.
 
Desviei os olhos de seu rosto e olhei pela janela pro lado de fora, mas senti quando ele chegou um pouco mais perto e ergueu a mão gentilmente pra tocar meu rosto, ele segurou com carinho e me virou pra que eu pudesse encará-lo.
__Eu e a Ashley não temos mais nada, eu sinto muito se ficou chateada com o que aconteceu, mas é de você que eu gosto Demi, é com você que eu quero estar e não com ela__ ele sorriu enquanto seu dedo me fazia um delicado carinho__ eu também queria que a noite acabasse de uma forma diferente, mas se você quiser, nós ainda podemos, você sabe... Nada__ ele brincou me fazendo rir.
Ele aproximou seu rosto do meu, achei que fosse me beijar, mas quando nossos lábios iam se tocar ele virou o rosto pro lado e seus lábios alcançaram meus ouvidos.
__Você é a garota mais linda do mundo__ ele sussurrou me fazendo arrepiar__ eu adoro você barbie.
Ele deu um beijinho na minha orelha, depois deu uma leve mordida me causando arrepios dos pés à cabeça. Foi distribuindo beijinho pelo rosto até finalmente alcançar meus lábios e iniciar um beijo calmo e apaixonado.
Devíamos ter sorrido um pro outro por ter feito as pazes e ido pra casa já que era tarde da noite e estávamos parados no meio da rua, mais meu corpo estava alerta e ficava cada vez mais por conta do seu toque tentador e antes que eu percebesse havia me empolgado. Sem desgrudar nossos lábios, me sentei em seu colo de frente pra ele, pondo uma perna de cada lado da sua cintura, ele não protestou mas mesmo assim parei um segundo pra olhar em seus olhos e vi neles a mesma coisa que havia nos meus... Desejo. Eu o amava e o queria muito, e queria que fosse naquele momento, não queria e nem havia porque esperar, aquela noite tinha sido perfeita em todos os aspetos, nós a melhoraríamos um pouco mais.
Ele agora só usava a blusa cor de rosa que vestira em nosso encontro, deixei que minhas mãos deslizassem devagar pelo seu peito, por dentro da blusa, arranhando levemente com minhas unhas, lhe roubando alguns suspiros. Depois me afastei por um momento pra me livrar dela e admirar seu peitoral definido resultado de muitos exercícios, eu tinha sorte de ter um namorado nerd tão absurdamente gostoso; mordi o lábio olhando pro corpo dele que sorriu pra mim e se ocupou em beijar meu pescoço enquanto eu me divertia com sua barriga sarada, sentindo cada pedaço dele. Sua língua quente parecia queimar minha pele, um fogo extremamente agradável.
Minha blusa logo teve o mesmo destino da dele, largada em algum canto do carro, ele sorriu ao olhar novamente pro meu sutiã verde e desceu os beijos pelo meu colo enquanto suas mãos procuravam o fecho nas costas. Ele não demorou a tirá-lo, o jogando de lado, ignorei a vergonha que ameaçou tomar conta e me contrai ao sentir sua língua em meu seio, brincando enquanto ele massageava o outro com a mão, fechei meus olhos, inclinando meu corpo um pouco pra trás, lhe dando mais espaço pra explorar meu corpo o quanto ele quisesse, eu adorava aquilo. Logo suas mãos desceram pra desabotoar o meu short, eu me levantei um pouco pra poder tirá-lo, o que parecia uma tarefa impossível naquele espaço apertado do carro e acabei batendo a cabeça no teto o que nos roubou algumas risadas. Aquele não era um lugar exatamente romântico, mas eu estava adorando cada segundo.
 
Depois de me livrar do meu short, foi à vez de me livrar da calça dele, a desabotoei com calma e juntos a empurramos pra baixo até que ele a tirasse e ficasse com a sunga Box preta. Sorri percebendo o quanto ele já estava excitado com tudo aquilo, empurrei gentilmente sua cabeça pra trás até que ele a deitasse no banco segurando seu cabelo e fazendo um carinho, ele fechou os olhos e sorriu, comecei a distribuir uns beijos pelo seu pescoço e discretamente com minha mão livre adentrei sua sunga, segurando seu membro com cuidado, ele apertou minhas pernas e mordeu o lábio com força em antecipação.
__Shh, quietinho__ sussurrei em seu ouvido, depositando alguns beijos ali e depois mordiscando com cuidado.
Bem devagar comecei a movimentar minha mão, o masturbando, fiquei olhando pra seu rosto enquanto o fazia e ele estava tão absurdamente lindo naquele momento, o corpo sarado estava suado e completamente a minha mercê, suas mãos me apertando com força e a expressão de tortura e prazer em seu rosto eram impagáveis, assim como ouvi-lo sussurrar o meu nome com a voz rouca e incrivelmente sexy. Ele pediu por mais e eu atendi, gostando de satisfazê-lo, de vê-lo daquela forma, até chegar um ponto em que ambos não agüentávamos mais. Nos livramos da ultimas peças de roupa e nada mais nos separava.
__Espere um segundo__ eu pedi arregalando os olhos__ por favor, por favor, diga que você tem uma camisinha ai.
Ele arregalou os olhos também parecendo assustado, e eu quase surtei.
__É brincadeira__ ele disse rindo quando viu minha expressão e se esticou pra pegar a camisinha no bolso da calça.
__Não teve graça__ dei um tapinha no braço dele.
__Teve sim, você devia ter visto a sua cara__ ele me roubou um selinho e mostrou a camisinha.
Eu puxei da mão dele__ você foi um menino muito mal, devia ser punido.
__Pode me bater se quiser__ ele provocou suas mão subindo e descendo pelas minhas costas, um carinho simples mas que ascendia cada célula do meu corpo, me deixando em chamas.
 
Abri o pacote de camisinha com os dentes, e eu mesma a coloquei nele, bem devagar, o torturando no processo. Demos mais um beijo cheio de paixão e fogo e então encaixei nossos corpos, deixei que meu corpo deslizasse no dele lentamente, apreciando cada segundo enquanto ele me invadia, então éramos uma coisa só. Me movimentei sobre ele, subindo e descendo devagar, uma onda indescritível de prazer me atingindo a cada movimento, ele me ajudou, me segurando com suas mãos fortes e me guinando, descobrindo juntos o nosso ritmo, até que perdêssemos o controle. O silencio foi substituído por gemidos altos que eu não me importava em controlar, pelo som dos nossos beijos, cada vez mais intensos e o som dos nosso corpos se chocando. Perdemos completamente a noção do mundo e da hora, e tudo desapareceu até que finalmente alcançamos o clímax juntos.
Deixei que meu corpo caísse mole sobre o dele que me abraçou com força, nossas respirações pesadas se misturavam enquanto ele acariciava minhas costas de leve, no fim das contas estávamos completamente suados, sem fôlego, porém totalmente felizes e satisfeitos, era oficialmente o melhor encontro que eu já tive na vida.
__Não era bem isso que eu havia planejado__ brinquei, minha cabeça descansando em seu ombro, meu dedo desenhando coisas invisíveis no seu braço__ mas eu adorei.
__Nunca tinha transado no carro barbie?__ ele perguntou rindo__ não sabia o que estava perdendo.
__Você já tinha feito isso antes?__ perguntei curiosa.
__Se eu disser que sim vai ficar com raiva?
__Foi com a Ashley?
__Não.
__Então não me importo__ respondi sinceramente e ele riu.
 
__Você é incrível sabia disso?
__É eu sabia, mas é sempre bom ouvir.
__Eu te amo__ ele sussurrou bem baixinho em meu ouvido ainda me abraçando carinhosamente e sento meus olhos arderem enquanto meu coração disparava no peito e eu sabia que ele podia sentir, ou ouvir.
__Eu também te amo__ murmurei envergonhada, eu nunca falara isso pra mais ninguém, ele era o primeiro, mas eu sentia que era o certo e que valera a pena esperar pra dizer.
Me afastei um pouco pra olhar em seus olhos e adorei o que vi ali, amor, carinho, desejo, e uma lágrima de alegria escapou.
__Hey, não chora__ ele pediu enxugando a lágrima__ o que foi?
__Nada, só estou feliz__ confessei e puxei a mão dele a pousando sobre meu peito pra que ele pudesse sentir o meu coração batendo__ viu o que faz comigo?
Ele sorriu e repetiu o gesto, pondo minha mão livre sobre seu peito, e seu coração estava tão acelerado quanto o meu.
__Você também faz isso comigo barbie__ sorriu docemente e depois deu um beijo na minha mão__ eu te amo

Nos beijamos, calma e lentamente por um bom tempo, ainda nus, abraçados um ao outro, eu adorava aquilo, me sentia completa. Mas chegou um ponto em que tivemos de ir embora, nos vestimos ali dentro do carro, de mau jeito pelo espaço apertado e rimos um do outro no processo. Meu carro ficou largado lá mesmo e ele me levou pra casa no seu carro, afinal teríamos escola em poucas horas. Por mim teria passado o resto da noite com ele, mas infelizmente ele teve que partir. Entrei em casa de fininho pra que ninguém me visse, tomei um longo e demorado banho e pus meu pijama, depois fiquei parada na janela olhando pras estrelas e sorrindo como uma boba apaixonada.
__Demi, ainda esta acordada?__ era minha mãe parada na porta com uma cara de sono.
__Eu já vou dormir mãe.
__Como foi o encontro com Joe?__ ela já sabia sobre nós dois, e prometera não contar nada ao papai, eu sabia que podia confiar.
__Perfeito__ respondi simplesmente.
__Que bom__ ela sorriu contente__ boa noite querida.
__Boa noite mãe.
Ela saiu e apagou a luz e eu fui me deitar, só me lembro de dormir com um grande sorriso no rosto.

CONTINUA ...
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