Oi gente, sei que estou demorando muito para postar, mais vocês sabem que estou sem computador e eu tenho que ficar pegando o da minha mãe para postar, então isso me faz demorar para postar, mas prometo entrar mas vezes. ok??
Gostaram do novo Lay? Foi a minha amiga Juliana que fez. Jubs obrigada pelo lay ele ficou mega perfeito :D
Vamos ao capítulo então???
AH e sobre a fic da Cacau eu vou ver se postou, vou entrar em contato com ela para saber da fic já que o orkut vai acabar.
Joe esperou ao pé da escada do avião que Demi embarcasse. Ela estava rígida. Tudo sobre ela. O nariz apontava para o céu, a postura dura, cada passo como a marcha de um soldado. E evitava deliberadamente olhar para ele.
Supunha que merecia. Felizmente, à luz fria da manhã, com o controle de volta, podia lidar com ela de forma racional. Mas ela não estava sendo racional. Talvez não tivesse lidado bem com ela na noite anterior, mas lhe dera grande prazer. Não tirara vantagem nenhuma.
Ela subiu a escada mantendo a mesma postura, sem olhar nem uma vez na direção dele, e Joe a seguiu. Fazia frio, mas não sentia muito. Sentou-se no sofá diante do dela. Demi pegou o computador e começou a digitar furiosamente, sem olhar para ele durante toda a decolagem.
— Há algum problema, Demi?
Ela ergueu a cabeça num gesto brusco.
— Está falando comigo de novo?
— É você que está me ignorando. — Conversa estranha, pensou, como se fossem duas pessoas com um relacionamento. Embora um bem infantil.
— Não estou! — Colocou o computador de lado, mordeu o lábio e pegou-o de novo, os olhos na tela, o rosto vermelho.
Joe nunca lidara com uma coisa assim. Então ela soltou de novo o computador e olhou para ele.
— Por que você dormiu no sofá a noite passada?
— Por que não dormiria no sofá?
— Porque nós não devíamos dormir juntos depois de dormirmos juntos? Presumi que é daí que a expressão veio.
— Jamais dormi com uma mulher com quem fiz sexo.
— Você nunca teve uma amante também, lembra-se? Devia ser diferente comigo.
Ele sentiu uma fisgada estranha no peito.
— Apenas no sentido de que eu estava no controle, e não ao contrário. Não vou bancar o romântico com você.
— Não pedi nada disso. Apenas pensei que talvez você pudesse dizer alguma coisa ou se deitar comigo. Por que está me fazendo me sentir carente por pedir o que deve ser a mais básica etiqueta do sexo?
— Não ouviu o que lhe contei?
A fisgada no peito ficou mais forte. Como no momento em que descobrira que era virgem. Aquilo o tinha excitado, fizera-o sentir uma espécie de orgulho masculino totalmente estranho a ele. E também lhe causara remorso, porque vira em si mesmo um predador. Como as mulheres que o haviam usado. Pelo menos, elas lhe tinham dado alguma coisa, embora fosse apenas dinheiro. Mas a compensaria por seu tempo na cama dele. Por lhe dar sua inocência.
— Ouvi.
— Mas aparentemente não compreendeu. Se você queria ternura e sentimentos, devia ter escolhido um homem capaz de dar essas coisas a você. Eu não posso. Não quero. Tudo o que quero é lhe dar orgasmos, e é o começo e o fim de tudo. Se não pode lidar com isso, então não sou o homem certo para você usar seus músculos sexuais.
Manchas de cor escura cobriram o rosto. Raiva, ele viu, não constrangimento. Tremia de raiva. Talvez, se a deixasse com muita raiva, a mágoa desaparecesse, porque não sabia de que outra forma lidar com aquilo. Não sabia como dar conforto.
— Sabia que com você, tudo o que teria seria boa instrução. Sabia que não iria querer mais nada comigo. E queria um pouco de treinamento de qualidade antes de tomar outro amante, mas esperava que me tratasse com um pouco de respeito.
Que ironia, falar de respeito quando admitia que o usara para treinar. Que o usara como as outras mulheres. Como se ele também não a tivesse usado, toda aquela doce inocência como um bálsamo para sua maldita alma.
— Não sou o homem certo para você Demi, nem mesmo para objetivos temporários. E não estou treinando você. Faço negócios com você, mas isso acabou.
— Tudo bem. Não o deixaria me tocar de novo. Não depois da forma como me tratou a noite passada.
— Então estamos de volta ao mesmo lugar onde sempre estivemos.
— Que é?
— Mal nos toleramos, mas estamos preparados para trabalhar juntos se for para benefício mútuo. Sem mágoas, sem perdas. Exceto por sua virgindade, é claro.
Não sabia o que dera nele para atacá-la assim. Apenas sabia que os mesmos sentimentos contra os quais vinha lutando desde a noite anterior, ameaçavam dominá-lo de novo.
— Oh, maravilha, obrigada por falar no assunto.
— Você devia ter me contado.
— Por quê? Você mesmo disse que teríamos apenas um caso breve. Queria experimentar ter o controle, eu queria aprender com o melhor. Ambos fizemos o que queríamos, mas isto é a vida, não é? Todos lutam pelo que querem num acordo. Sei que aquelas mulheres o usaram, mas você as usou também. Por dinheiro.
— O diferencial de poder não estava em meu favor, Demi, acredite.
— Não estou dizendo que estava, mas...
— Tinha 16 anos. Pensei, claro, vão me pagar para fazer sexo. Nunca me preocupei muito com sexo, já que estava ocupado demais tentando descobrir onde arranjaria a próxima refeição ou aprendendo a ler para encontrar meu caminho no mundo. Mas sendo um adolescente, fiquei interessado. Com toda a bravura adquirida nas ruas, pensei que não teria importância. Que não significaria nada. E ainda era virgem. Portanto, era tentador nesse nível. Só não percebi qual era o custo real. O que teria que fazer para passar por aquilo. Até que isso aconteça Demi, você não entende realmente. Até se vender para viver, não sabe como é. Cada vez era como se um pouco de mim fosse arrancado até... Até que no fim, não suportava mais ser tocado. Era uma tortura, não um prazer.
Demi abaixou os olhos, um pouco de sua raiva desaparecendo. De algumas formas, compreendia. Não percebera antes como era se sentir depois do sexo. A onda de emoções conflitantes que atingia o corpo. Pensou nele como um adolescente inocente, sendo levado para uma coisa cuja repercussão não poderia ter compreendido.
— Você não consegue parar depois de começar. Porque não há outra forma de ganhar tanto dinheiro em tão pouco tempo. A alternativa era trabalhar 12 horas por dia e não conseguir o suficiente para dormir numa cama à noite ou para se alimentar.
— Joe.
— Não, é bom que saiba. Mas acho que isso impede que a atração que sentimos um pelo outro seja atendida.
— Está atraído por mim?
— Estou. Mas acho que agora sabe que ser usada pelo seu corpo, não é melhor que ser usada por seu dinheiro.
— Sabia mais sobre isso do que pensa. Não fui usada, pode acreditar. Não gostei particularmente da parte depois, mas o sexo foi ótimo. Senti-me desejada, senti prazer. Espero que você também. Espero que não sinta como se o tivesse usado, porque não era isso que queria. Porque, não importa o que pense, conheço a dor.
— Talvez seja melhor colocar um ponto final nesta conversa.
— Oh, certo. Acabou.
Então ele não queria partilhar. Ótimo. Ela também não. As coisas apenas não funcionaram e deviam terminar. O que era a única saída. E você não o quer mesmo. Bagagem demais. Pouco carinho. Experiência fracassada. De volta ao planejamento. Ela suspirou, dedicou-se ao computador e ficou em silêncio pelo resto do voo. Era melhor que aquela conversa constrangedora. E tentaria ignorar o fato de que quando olhava para ele, seu corpo queimava. Cometera um erro, mas pelo menos tivera uma escolha. Pensaria apenas no lado profissional do relacionamento deles. Hora de voltar para a vida real.
* * *
Porque há um gigantesco salmão de metal no meu escritório? — Demi se aproximou da escrivaninha de Thad.
— Pensei que você o tivesse encomendado. — Não olhou para ela e pareceu inocente demais.
— Não encomendei. Foi Jonas que o convenceu a pendurá-lo lá?
— Demi, você me magoa.
Ela se debruçou e plantou as mãos na escrivaninha de Thad.
— Então permitiu que ele pusesse um peixe no meu escritório.
— Não é um peixe de verdade.
— Thad, foco.
— Pensei que, já que está com ele agora, seria aceitável.
Estava prestes a dizer que não estava com ele, mas não podia. Lembrou-se a tempo de que a presunção era de que estivessem juntos e que a farsa tinha que continuar, mesmo sem sexo. Era complicado demais e estava se sentindo presa. Mídia idiota! Página idiota na internet. Apelido idiota, idiota! JulErro. De todas as coisas ridículas.
E estava apenas piorando. Agora havia um website. Com mercadorias não autorizadas. Camisetas com brincadeiras como o celular dele fazendo sexo com o dela e produzindo celulares bebês com superpoderes. Tão engraçadinho. E se não estivesse envolvida, acharia tudo hilário.
— Não deixe Joe colocar qualquer coisa no meu escritório além de flores. — E se virou para voltar ao escritório, ligando para ele enquanto caminhava.
— Por que o peixe, Jonas?
— Por que não? Você gostou dele.
— Estava apenas conversando. Como conseguiu trazê-lo para cá? Como vou tirá-lo?
— Isso é rude, Demi, parece que não gostou do meu presente.
Toda a conversa era estranha demais. E tão parecida com as de semanas antes... Ele voltara a ser o odioso Joe, com seus sorrisos charmosos e “zero profundidade”. E não sabia o que pensar daquilo. Por um lado, era agradável. Como se pudesse apagar aquela noite no Alaska, fingindo que não existira. Como se toda aquela honestidade, aquela pele com pele, não tivesse acontecido. Por outro, na semana que se passara desde a volta, ela praticamente não pensara em mais nada. E tudo nela parecia diferente. Estava consciente de cada parte de seu corpo. Ficava excitada com enorme facilidade. Porque se lembrava o tempo todo das mãos de Joe nela, do calor molhado de sua boca. O rosto queimou e voltou à atenção para o salmão idiota.
— Não pode ficar aqui. Recebo pessoas no escritório.
— E o que há de errado com um pouco de arte natural?
— Bah!
Desligou o telefone e o jogou sobre a poltrona do canto. Então foi para a escrivaninha, sentou-se e descansou a cabeça nas mãos.
O telefone da escrivaninha tocou.
— Demi Lovato.
— Preciso ver suas ideias sobre o projeto Barrows.
— Joe, eu acabei de falar com você.
— Foi um telefonema pessoal.
— Um telefonema sobre um peixe de metal é pessoal?
— Sim. E este é de negócios.
Ela rosnou.
— Certo. Por que não vem ao meu escritório e...
— Não. Seu escritório é movimentado demais.
— Agora é.
— Então venha ao meu. Em duas horas. Haverá almoço e café. Até lá.
Ele desligou e ela se reclinou na poltrona tentando organizar seus pensamentos. Veria Joe pela primeira vez desde a volta do casamento. Precisava elaborar uma máscara de indiferença para não ruborizar, gaguejar e perder as poucas graças sociais que desenvolvera. Tomou um gole de café e olhou para o peixe de metal. Então caiu na risada. Era realmente engraçado.
E então, com a mesma rapidez com que começara, a risada morreu. Seria engraçado se Joe não estivesse se escondendo. Não era idiota. Ele voltara à forma como haviam se tratado antes do acordo. Antes do sexo. E tinha um motivo. Provavelmente o mesmo por que se fechara completamente depois da noite juntos. Porque fora para o banheiro e ficara lá no chuveiro por quase uma hora antes de voltar e se deitar para dormir, sem lhe dizer uma palavra. Faria a mesma coisa. Seria fria. Sim, aprendera a agir assim para se proteger e simplesmente continuaria. Hora de vestir a máscara.
* * *
Joe não sabia o que esperar de Demi, quando ela entrou no seu escritório toda animada com 15 minutos de atraso.
Estava usando roupas totalmente negras e fizera um coque nos cabelos louros. Nada de cores suaves na maquiagem. Parecia pronta para a batalha. A Sra. Demi Lovato estava de armadura completa para o encontro com ele.
— Oi, Joe, como foi seu dia? Nada de criaturas aquáticas de Joe em seu escritório, pelo que vejo.
— Não é a minha praia.
— Certo. Bem Trouxe minhas ideias para o sistema de navegação. — Tirou o tablet da bolsa também negra e o abriu num modelo tridimensional na tela. Rodou-o, mostrando os diversos ângulos, as dimensões para cada parte do sistema. — Será usado com toque na tela. E ativado por voz. Será capaz de identificar lugares através de pontos de referência ou por ruas, estado, código de endereço, qualquer coisa. Será especialmente útil quando estiver perdido.
— Boas ideias. — E eram, Demi tinha um modo de pensar como a pessoa que precisaria daquele tipo de tecnologia. Era mais difícil para ele. Talvez porque não compreendesse as pessoas, especialmente as normais, funcionais.
Passaram as horas seguintes avaliando cada aspecto, discutindo mudanças e melhoramentos, mudando as especificações e brigando por coisas que um achava necessárias e o outro considerava inútil. Ele não se lembrava de ter se divertido tanto na concepção de um produto. E tudo era devido a Demi. Ao modo como mergulhava profundamente no que fazia. E o fazia querer dar tanto quanto ela.
Quando terminaram, havia cinco caixas vazias de comida chinesa na escrivaninha e estavam no quarto bule de café. O sol havia se posto. O encontro tinha se prolongado muito além das horas normais de trabalho.
— É isto! — Demi se levantou. — Vão escolher nosso design. Não terão alternativa. É genial.
Quando se tratava de trabalho, Demi era incapaz de esconder sua paixão. E ele estava feliz. Ela usava uma parte de si mesma, de sua vida, que estava além dele. Observá-la, estar perto dela quando borbulhava de energia e exuberância, era embriagador. Quase tanto quanto fazer amor com ela. Não, não iria lá. Estava determinado a tirar isso da mente. Esquecer. Abrira portas demais, que simplesmente não queria que fossem abertas. Despertara fantasmas demais do passado. E quase parecia valer o preço. Quase.
— É realmente um bom design. — Joe tentou não trair seus pensamentos, não mostrar o quanto queria puxá-la para a escrivaninha e repetir a experiência de fazer sexo em seus próprios termos. Com uma mulher que desejava. Que queria tanto que isso o queimava.
— É um design maravilhoso.
— Acho que é tudo, então.
Joe se levantou e arrumou uma pilha de papéis. Qualquer coisa para manter as mãos ocupadas, para se impedir de tocá-la. Era como uma porcelana fina e tinha medo de que suas mãos fossem ásperas demais por todos os anos nas ruas. Havia sido idiota ao pensar que poderia tocá-la sem quebrá-la. Idiota ao pensar que podia brincar com o sexo de novo e se afastar sem se sentir afetado. Nunca funcionara assim. E era por isso que nunca mais fizera sexo desde que fugira de Roma. Não até Demi. E não faria de novo, não com ela. Haveria outra mulher, uma que não o desafiasse tanto. Que não o fizesse se sentir como se estivesse se rasgando.
— Isto é... Tudo?
— Sim. Não há mais nada para discutir hoje. Podemos levar isto para Barrows pessoalmente na semana que vem. Até então, voltamos aos nossos negócios.
Demi apenas olhou para ele, a boca ligeiramente aberta, o rosto ruborizado. E então estendeu a mão e lhe agarrou a gravata.
CAPÍTULO ONZE
Demi não sabia o que lhe dera. Apenas que estivera esperando durante aquelas oito horas, que Joe mostrasse que se lembrava de partilhar com ela o momento mais íntimo e intenso de sua vida. Mas ele se recusara. Tinha sido frio e quando não era, mostrava aquela mistura perfeita de charme falso que identificara nele desde o começo. Como se não soubesse a verdade sobre ele. Como se não conhecesse o homem que jamais tivera uma parceira que não tivesse pago por ele. Como se não fosse sua primeira amante.
E não suportou mais. Num minuto, estava em pé a uma distância respeitável, e no seguinte o atacava, a mão apertada na gravata de seda. Ele pareceu chocado por um milésimo de segundo, tudo o que ela precisava. Quando ele abriu a boca, ela o puxou com força, pressionou os lábios nos dele e mergulhou a língua. Provando-o. Punindo-o.
Os braços dele lhe circularam a cintura e a puxaram. Podia senti-lo enrijecer, crescer contra seu ventre. Os músculos internos de Demi se contraíram em reação, uma dor crescendo onde ansiava por ser preenchida por ele.
Demi puxou o nó da gravata, abriu-o, puxou de novo, tirou-a e a jogou no chão. Então lhe desabotoou os primeiros botões da camisa e continuou sem pedir, sem olhar para o rosto dele. Poderia pará-la se quisesse. Porque ela não podia se impedir. Queria-o. Com tudo o que havia nela, queria-o, e não lhe permitiria se esconder por trás daquela fachada falsa. Queria-o nu e aquele anseio, aquela necessidade, sem medo, parecia a mais deliciosa liberdade que já experimentara.
Sentia-se como Demi. Não a Demi que todos consideravam errada, não a que disseram que devia se sentir grata por ter sido vítima de uma tentativa de estupro, já que nenhum homem jamais a quereria. Não a Demi que se escondia atrás de uma armadura. Era apenas Demi. Sem aquele lixo, sem toda aquela dor.
Finalmente lhe abriu a camisa e os dedos passaram por aqueles músculos perfeitamente definidos, os pelos do peito lhe fazendo cócegas nas palmas. Não receberia ordens naquele dia. Não tinha medo de ser desajeitada. E, quando o olhou no rosto e viu a expressão tensa, os olhos quase negros, também não teve medo de ser rejeitada.
Empurrou-lhe a camisa pelos ombros, debruçou-se e pressionou um beijo no peitoral antes de escorregar a língua em torno do mamilo. Ele se contraiu com o toque dela e Demi sorriu, beijando-lhe a pele de novo. A forma como ele reagiu era completamente diferente da maneira como se comportara depois daquele primeiro beijo. Então estivera calmo, inabalável. Agora não estava. Seu coração batia com força, a ereção rija. Não fingia agora que a noite que haviam passado juntos não tinha mudado as coisas, que não estava no controle. Ela estava. Mas tudo o que queria fazer com seu controle era lhe dar prazer. Até ele tremer, até suar. Até implorar.
Ela se deixou cair de joelhos diante dele e começou a trabalhar em seu cinto. Os dedos de Demi agora tremiam. Nunca tinha feito aquilo, mas queria. Quisera naquela noite juntos e teria feito, se ele não tivesse fugido para seu sofá.
— Você me impediu de ter todas as minhas fantasias na noite que passamos juntos. — Ela roçou a mão sobre o membro coberto pelo tecido antes de abaixar o zíper. — Não vai me negar de novo.
Não sabia de onde vinha à confiança, não sabia quem era aquela mulher, com as mãos envolvendo um homem, com toda a intenção de prová-lo, de fazer com ele o que quisesse, mas gostava dela. E então percebeu, aquela mulher era ela, a verdadeira Demi.
Ele estendeu a mão e lhe segurou o coque, puxou-o e a fez erguer o rosto para ele.
— Acha que não?
— Acho que tenho você na palma da minha mão. — Apertou-o e um gemido feral escapou da garganta de Joe. — Você é meu, Joe Jonas.
Libertou-o de suas roupas e os dedos se curvaram em torno da carne nua e quente. Debruçou-se e passou a língua por toda a sua extensão, um arrepio lhe tomando o corpo. Nunca se sentira tão poderosa, tão confortável dentro da própria pele. De joelhos, diante de um homem, poderia parecer submissa, mas sabia que tinha o controle. Que o tomara dele. Uma coisa boa, porque ele precisava demais ser despido daquele controle.
Joe abaixou o olhar para Demi, o prazer lhe percorrendo o corpo. Estava perdido, além do ponto de conseguir recuperar o controle da situação. Além do pensamento e da razão. Estava perdido em suas necessidades, em seu anseio pela liberação e pelo desejo de que ela continuasse para sempre. E quando Demi o tomou profundamente na boca, perdeu a capacidade de pensar. De respirar. Mulher nenhuma fizera aquilo com ele. Era a mais completa doação de si mesma para dar prazer sem sentir nenhum. E ela fazia aquilo como se sentisse o mesmo que ele. Como se estivesse perdida em tudo aquilo. Mas não estava no comando, estava à mercê dela. E lhe parecia estar à beira de um abismo sem escolha, a não ser se atirar. As chamas o consumiam, levavam-no para mais longe, mais depressa, perigosamente perto da queda.
— Chega — implorou. — Demi, eu não consigo me controlar.
Ela se afastou, o rosto ruborizado, os olhos brilhantes.
— Está bem. — A respiração dela era difícil.
Ele a ergueu, então, e lhe desabotoou a blusa.
— Não tenho proteção. — A voz de Joe era um grunhido.
— Eu, hã... Tenho.
— Tem?
— Thad. — Parecia que o nome do assistente dela explicava tudo.
— O quê?
— Ele colocou alguns preservativos na minha bolsa. Quer garantir que eu esteja segura. E, é claro, não podia dizer a ele que não estamos. Porque ele tem que acreditar que estamos. Bem, agora estamos.
Ela lhe empurrou o peito e ele caiu para trás na poltrona atrás da escrivaninha. Demi tirou o resto das roupas e ficou de calcinha negra e saltos altos. Joe adorou sua imagem. Agressiva, sexy. Ela tirou a calcinha, jogou-a para o lado, então começou a tirar os sapatos.
— Deixe-os.
Ela ficou mais rosada e sorriu.
— Está bem.
Então abriu a bolsa e tirou os preservativos, andou em direção a ele lentamente, os quadris balançando. Era a própria imagem da tentação. De tudo o que ele se negara por tanto tempo. Estava cansado de se negar. Apenas queria senti-la, apertada e úmida em torno dele, levando-o para além da vida. Não precisava de uma fantasia para ficar excitado com Demi. Ela era a fantasia.
Demi abriu o pacote e colocou o preservativo nele, os dedos desajeitados, delicados e excitantes.
— Espero que funcione. — Então montou nele e Joe lhe segurou as nádegas enquanto ela se abaixava lentamente. E jogou a cabeça para trás.
Oh, sim, funciona.
Ele não conseguia falar. Mal podia respirar. Jamais quisera alguém com tanta intensidade. Nunca a excitação do corpo, combinara com a excitação do coração. Era intoxicante. Era perigoso. E não se importava. Segurou-se a ela, enquanto Demi o cavalgava e levava ambos para além, para mais alto. Joe ergueu o rosto, tomou-lhe o mamilo entre os lábios e o sugou com força, profundamente, e o grito de anseio que escapou dos lábios dela, o fez querê-la ainda mais. Segurou-lhe as nádegas e ela mostrou como gostara ao apertá-lo ainda mais.
E ele parou de pensar. Seu controle havia desaparecido e não se importava. Não podia fazer nada além de sentir, procurar seu alívio, o prazer o cegando, queimando. Destruindo velhas cicatrizes e abrindo de novo os ferimentos. Sentiu-se estilhaçado.
Ela arqueou, os músculos internos pulsando em torno dele. Não, não se sentia estilhaçado, aquilo era passado. Sua mente e seu corpo, suas emoções, rasgados, entidades violentamente separadas para que pudesse sobreviver à indignidade de sua vida. Sobreviver à vergonha. Aqui e agora, era como se fosse forçado a se juntar de novo.
Cauterizar e sarar pelo fogo. Doloroso. Intenso. Inegável.
E com o nome dele nos lábios, ela se entregou ao orgasmo, as unhas mergulhando com força na carne dele, os olhos fechados, todo o corpo rígido. E nada restou senão segui-la, o sangue pulsando com força no ouvido, desmanchando-se, dissolvendo-se. E, quando tudo terminou, ele se sentiu vazio e sem fôlego, destroçado pela chama que o havia incendiado. Começou a se mover e os dedos dela o prenderam pelos ombros.
— Não. Fique. Não me deixe. Por favor.
— Demi.
— Preciso de você.
E como ninguém precisara dele antes, Joe ficou.
A respiração de Demi voltou lentamente ao normal, enquanto se enroscava no peito nu de Joe. Havia realmente, verdadeiramente, pulado nele em seu escritório, a porta destrancada. E havia realmente, verdadeiramente, implorado a ele para ficar, e se agarrara àquele homem como um bebê urso. E ainda se agarrava. Não sabia o que dera nela. Apenas que tinha sido irresistível.
— Eu. Ah. — Levantou-se e quase caiu de novo, o sangue parecia ter fugido de sua cabeça. — Não sei o quê, eu apenas fiz isto.
Joe ainda estava sentado lá, nu. E ela teve que se virar, porque só olhar para ele, a fazia querer de novo.
— Jamais peça desculpas por sua paixão, Demi.
— Não tenho paixão.
— Tem. E é linda. Não peça desculpas por ela.
— Isto é terrivelmente constrangedor. Não sei o que dizer ao cara que eu literalmente ataquei.
— Vamos fazer um acordo, Demi.
— Que tipo de acordo? — Começou a procurar por suas roupas. Sabia apenas que não podia ficar lá em pé, nua, como se tudo fosse casual. Ela não era casual.
— Eu lhe ensinarei e você aceitará uma parcela maior do negócio com Barrows.
— Não. Não quero esse tipo de negócio.
— Eu quero. Eu preciso, Demi. Em troca, você será minha amante.
— Já falamos sobre o assunto no Alaska.
— Mas você recusou meus termos. Eu também não consigo manter minhas mãos longe de você. É inaceitável. Significa que temos que permitir que esta atração se esgote naturalmente. Preciso do meu controle, Demi.
— Joe, eu acho que... Eu não posso fazer isto.
— Vender seu corpo está abaixo de você, cara mia?
— Eu o daria a você por nada.
— Tudo tem um preço, é assim que a vida funciona. É como compreendo.
Tinha alguma coisa horrivelmente fria nos olhos dele, onde antes houvera fogo. Alguma coisa desligada, quando um momento antes, ela se sentira tão perto daquele homem
— Use-me, Demi. Estou permitindo que me use.
— E você me usará?
— Sim. E mesmo assim não será uma troca equilibrada.
— Por que não?
— O que tem poder na cama, o que dá as ordens, sempre está no controle. E eu a recompensarei por me permitir isso.
— Mas eu quero assim É parte de você me ensinar.
— Não é a mesma coisa. Está além de mim, da minha experiência. Quero tanto você que dói. Jamais quis alguém assim. Para mim, sempre foi sobre sobrevivência. Quando compro coisas é porque posso. Uma forma de provar que posso ter tudo o que aquelas mulheres tinham em suas casas, aquelas mulheres que eram tão superiores a mim. Tudo que estava nas lojas que barravam minha entrada, pertence a mim agora. Sou dono de uma parte do muito que me fez tanto mal. Não porque queria. Odeio este lixo. Vulgar, pretensioso, sem significado nenhum. — Moveu a mão num gesto amplo e derrubou um busto de gesso da escrivaninha no chão, onde se quebrou.
— Não é nada. Jamais quis isto, apenas o que representa. Mas você, você eu quero. É a primeira coisa que já quis. Terei você Demi, a qualquer preço; terei você e que minha alma se dane.
Embora a frieza permanecesse, a desconexão, Demi podia sentir que havia mais, um fogo que queimava sob a superfície. Tentando derreter o gelo.
— Acha que lhe custarei tanto?
— Sei que sim. Mas não me importo. Por que você me quer? Há sujeira na minha pele que jamais desaparecerá. Por que me tocaria?
— Porque não o vejo assim
— Como?
— Você acha que sou inocente, Joe, porque era virgem, mas inocência e virgindade não é a mesma coisa. Era virgem porque tinha medo. Não tanto do sexo, mas da confiança que precisaria ter para fazer sexo.
Ainda estavam nus e de alguma forma, parecia certo, adequado, enquanto ela lhe contava sua história, porque a fazia se sentir exposta. Pensara que estar com Joe seria perfeito, uma vez que tudo o que lhe daria seria seu corpo, não a si mesma, mas agora via que não era suficiente.
— Quando estava no ensino médio, quis ir ao baile de formatura e minha mãe ficou encantada porque era a primeira vez que mostrei vontade de ser “normal”. Era o que ela sempre quis, uma filha que queria fazer compras e se interessasse por garotos, mas eu só queria programar jogos de aventuras e batalhas de fantasias no parque com os outros geeks. Como pode imaginar, ninguém queria ser meu par. Mas pouco antes do baile, Michael Coleman me convidou para ir com ele. Eu disse sim. Era bonito, popular e parecia bom demais para ser verdade. E era bom demais para ser verdade.
Engoliu em seco. Não tinha imaginado como seria difícil contar a história. Jamais contara a ninguém, não a coisa toda.
— Passamos horas escolhendo o vestido. Era muito cor-de-rosa, como chiclete. E meu par era bonito. Dançou comigo, ficou comigo. Foi ótimo. E então depois da dança, entramos na limusine que meus pais haviam alugado para nós e ele começou. Ele me beijou, mas eu nunca tinha beijado um garoto, e ele foi depressa demais. Pedi-lhe que parasse, mas se recusou. Rasgou meu vestido, agarrou meus seios. Foi tão bruto e tudo doeu. E não sei como explicar sua expressão. Como se estivesse com raiva de mim, como se fosse minha culpa. E eu continuei a dizer não, mas ele não parou, levantou meu vestido e colocou a mão entre minhas pernas. Então bati nele com toda a força. No nariz. E ele me esbofeteou com as costas da mão. Meu nariz estava sangrando e... E então ele disse: “Sua vadia estúpida. Estava lhe fazendo um favor. Nenhum outro cara jamais a tocaria. Devia me agradecer. Estou aqui porque sua mãe me pagou. Depois de me obrigar a dançar com você a noite toda, merecia uma recompensa.” Foi aí que o motorista da limusine percebeu o que estava acontecendo e interferiu. Não chamou a polícia nem nada, apenas abriu à divisória e me fez passar para o banco da frente. É impressionante como as pessoas não fazem nada nessas situações, porque ninguém quer acreditar que aconteceu.
— Dio, Demi, isto...
— É por isso que não vejo sujeira em você, Joe, porque sei como é quando alguém tenta ser dono do seu corpo, agir como se tivesse direito de tomar de você o que quiser. Compreendo que você foi uma vítima.
— Não fui.
— Ele me disse que devia ser grata a ele. Porque nenhum outro homem iria querer me tocar. Disse para eu lhe agradecer por me forçar, por tentar invadir meu corpo contra a minha vontade. Deveria agradecer a ele?
— Cazzo. — A voz Joe era dura, áspera. — Covarde. Não, Demi, é claro que não.
— Qual é a diferença? Ela lhe ofereceu alimento e abrigo. Sua sobrevivência. E tenho certeza de que agiu como se você lhe devesse ser grato ou como se fossem parceiros de negócios, ou o que quer que o fez acreditar, mas não precisa agradecer à pessoa que abusou de você. Ela podia ter lhe dado apenas dinheiro, um emprego, mas pegou um menino de 16 anos e exigiu o uso do corpo dele, vendeu seu corpo. Não sei como você, como um garoto, poderia ter mais controle do que eu aos 16 anos naquela limusine.
— Mas você lhe deu um soco. Você fugiu.
— Tinha para onde ir.
— Não tem importância. Não torna as coisas certas.
— Não. Para nenhum de nós dois. Especialmente não para você. Mas fomos às vítimas. É uma palavra horrível, eu sei. Odeio-a, mas é a verdade. Quero que saiba que quando olho para você, vejo um homem que conquistou o sucesso. Um homem que merece tudo o que tem. Um homem que não deve ser definido pelo que teve que fazer para sobreviver.
— Um pensamento agradável, mas não consigo fazer o passado desaparecer.
— Também sei disso.
Ele se debruçou.
— Eu o mataria. Quero que saiba disso. Qualquer homem que a toque assim. Que a magoe ou fira. Eu o mataria.
— Acredito em você.
— É importante que saiba.
Demi teve vontade de chorar. Porque seus pais haviam perguntado por que estava machucada na manhã seguinte e tinham acreditado em suas mentiras, coisas idiotas sobre tropeçar e cair. E quando voltou á passar o tempo, sozinha no quarto, não lhe pediram mais que saísse. Joe a fez sentir que o que lhe havia acontecido tinha importância. E ela também
— Acho que você é um homem muito bom, Joe Jonas.
Ele passou a ponta do polegar no rosto dela, os olhos presos aos de Demi.
— Não sou, Demi. Não quero que minta para si mesma. É outro motivo pelo qual preciso daquelas regras. Preciso ter certeza de que você compreende o que é isso.
— Aceito seus termos, mas terá que aceitar os meus.
— E eles são?
— Não me deixe depois. Quero dormir com você. Preciso.
Ele lhe observou a expressão. Não queria desapontá-la, não agora.
— Ficarei na cama pelo menos até você dormir. Não sou capaz de dormir com outra pessoa.
Ela acenou, embora não gostasse.
— Não me trate com seu charme falso. Não sou uma de suas clientes. Podemos estar fazendo um acordo, mas não estamos vendendo nossos corpos, compreende? Quero você. Você real.
— Eu lhe darei o que puder, mas não sei se será suficiente para você.
— E por quê?
— Demi, eu tive que me esforçar para separar a mente do corpo, o que queria do que precisava fazer. Simplesmente não me ligo a pessoas, e não é por acaso. Aprendi uma coisa bem depressa. É fácil sobreviver se você perceber que tem sempre o controle da mente. A rua mais miserável, não parece tão ruim se pode se recolher em si mesmo, imaginar que tem uma cama, que está em segurança. Sexo com uma estranha toca seu corpo, mas pode fechar a mente durante o ato. Pode mergulhar tão profundamente dentro de si mesma, que nada a atinge mais. Meu problema tem sido encontrar o caminho de volta. Honestamente, nem mesmo quero a maior parte do tempo. Menos quando você me toca. Então quero sentir tudo.
O coração dela apertou.
— Vou tentar ajudar você.
— Pode me ajudar. Na minha cama. Sinto mais com você, quando estou dentro de você, do que já senti antes. — Estendeu a mão e ela a tomou, deixou-o puxá-la para ele. — Beije-me. — Ela se debruçou e pressionou os lábios nos dele. — Você virá para casa comigo esta noite.
Era uma ordem, mas ela sabia que a escolha era dela. E acenou, sem se importar que não fosse prático e que não tinha nada com ela. Sem se importar com coisa alguma, apenas com Joe e sua necessidade dele.
— O que você quiser.
— Como concordamos, cara.
Uau! Arrasou!
ResponderExcluirEu juro que passei todos esses dias pensando no que podia acontecer e pensei em muitas hipoteses e mesmo assim me surpreendeu!
AMEI!!!!!!!!
POSTA MAIS!!!!!!!
QUERO O 12!
Bjuuuuuuuuuuuus
Haaaaaa,eu entrava aqui todos os dias e nada.Eu estava muito curiosa,definitivamente imaginei mil hipiteses,mas vc me surpreendeu.
ResponderExcluirPosta logo,posta assim q poder por favor.
Capitulos perfeitos.
Jesus morri com esses dois capítulos. E eles ficaram mais que perfeito <3
ResponderExcluirSimplesmente andando essa mini fic :)
Já quero mais por favor .... O blog ficou lindo com esse novo layout <3
Continua
Fabíola Barboza :*
arrasouuu que tudoo , capitulo lindo !!!!!!!! ameiiii assim que voce puder posta mais pleaseeeeeeee
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