Capitulo 6. MARATONA


Chorar Sozinha ou Aprender a Lutar.

Reino de Murdor – Bordel La Luna

Demetria estava sentada olhando pela janela de seu novo quarto no Bordel La Luna. Por ordens do Rei e do comandante, aquela seria sua nova casa enquanto fosse prisioneira, odiava aquele lugar, mas achava que devia estar satisfeita por não ser trancafiada em uma cela escura e suja. Não dormira bem nas duas noites que se seguiram, tendo pesadelos em que o Rei lhe fazia coisas terríveis. Também não comera muita coisa, sem o menor apetite, talvez por medo que a envenenassem embora achasse que a ideia ali não era matá-la, mas sim fazê-la sofrer. E o cavaleiro das sombras estava sempre por perto a vigiando, a maioria das vezes ela não o via, mas sentia sua presença e de alguma forma sabia que ele estava lá. 
__Não pode ficar ai olhando pela janela para sempre__ Paola disse, ela vinha tentando puxar assunto com Demetria nos últimos dois dias, sem muito sucesso, já que a princesa se recusava a falar__ se isolar não vai ajudar em nada, o Rei a chamará aos seus aposentos novamente e acontecerá tudo de novo.

__Não ficarei aqui por muito tempo__ Demetria resmungou sem conseguir se conter__ meu pai virá me salvar.
__Virá__ Paola concordou__, mas não você não sabe quando, e o que fará até que ele apareça? 
Demetria nada respondeu, fitou atentamente as ruas lá fora. Na frente do Bordel havia um pequeno bar e também uma arena que os soldados utilizavam para treinamento. Todos os dias eles se juntavam ali e lutavam uns com os outros para melhorar suas habilidades, ou algumas vezes para resolver rixas pessoais, isso acontecia mais quando estavam bêbados. 
Nos dois dias que observara de sua janela a rotina dos soldados, sempre de olho nos homens que ajudaram a sequestrá-la, Demetria notara que o comandante não participava das lutas, ele apenas ficava escorado em um canto, escondido sob a sombra observando seus homens. Ele gostava de se esconder sob o capuz e se isolar, ela notara. Mas aquela tarde estava diferente, havia novos recrutas na guarda Real e ele como comandante tinha o dever de treiná-los. Algumas vezes ele escolhera soldados mais experientes para combater os novatos, em outros casos__ na verdade apenas uma única vez__ ele mesmo combatera.

Um dos novatos, um homem robusto que devia ter por volta dos quarenta e poucos anos e mais cicatrizes do que era possível contar o desafiara, irritado com as ordens e com a maneira grosseira como Joseph os tratava, claramente o homem não sabia com quem estava falando, e ninguém pensou em lhe avisar. Quando lhe contaram que Joseph era o tal cavaleiro das sombras, já era tarde demais, não havia como recuar, o resultado foi que o homem saiu do combate desmaiado e sangrando. Os golpes de Joseph eram tão rápidos e precisos que era difícil enxergar enquanto se movia, parecia uma sombra. 
__Eu posso te ajudar sabe?__ Paola disse, despertando Demetria de seus devaneios__ posso ensiná-la como agradar ao Rei Klaus, assim ele não a machucará mais. 
__Não me entregarei aquele homem de boa vontade nunca__ sussurrou amargamente__ não quero agradá-lo, quero que morra.
__Muitos querem a mesma coisa Princesa, mas isso não vai acontecer. Ele vai tomá-la de qualquer jeito, você pode tornar as coisas mais fáceis para você, ou dificultá-las, eu posso ajudar, mas a escolha é totalmente sua. Você passará um bom tempo em Murdor princesa, quer desperdiçar o tempo chorando sozinha ou aprendendo a lutar?

__Porque quer me ajudar?__ Demetria não conseguia entender.
__Porque já estive em seu lugar__ Paola respondeu__ ou acha que virei prostituta porque considerava a profissão lucrativa? Eu fui tirada de minha família e de minha cidade muitos anos atrás, eu odiava a vida que me deram, mas eu tinha de fazer uma escolha, e eu escolhi viver. 
Demetria realmente não sabia quanto tempo ficaria em Murdor. Seu pai estava vivo e era certo que viria atrás dela, mas Severac tinha sido destruída e muitos dos seus homens mortos, ele demoraria a se reerguer e nesse meio tempo Demetria teria que dar um jeito de sobreviver naquele lugar. 
__Pode mesmo me ensinar?__ ela perguntou receosa__ como fazer para... Não desagradar o Rei? Para que ele não me machuque?
__Agradar aos homens é o meu trabalho e o de minhas meninas, eu sei bem do que você precisa__ Paola garantiu.
Demetria suspirou, a ideia de se deitar com aquele homem terrível de boa vontade era enlouquecedora. 
__Sei o que está pensando princesa__ Paola disse__, mas acredite, se você souber o que está fazendo quando for de encontro ao Rei, será bem mais fácil e se prestar bastante atenção ao que lhe digo e for confiante em breve não precisará se entregar a ele.

A Arte da Sedução

Demetria não precisou pensar muito antes de aceitar a ajuda de Paola, ela não queria ter que passar por aquele tormento com o Rei novamente, e o único jeito era aprender como se portar, aprender como enganá-lo. Paola tinha trabalho a fazer, mas enviou uma de suas meninas para ensinar Demetria o que ela precisava saber, Vitória era seu nome, a mesma que a preparara para o Rei no outro dia. Uma morena, de aparência bem jovem e muito simpática, Demetria tinha de admitir. 
__Diga-me princesa__ Vitória pediu__ já esteve com algum outro homem antes do Rei Klaus?
__Não__ Demetria negou com um suspiro__ eu tenho um noivo... Alex. Mas ele sempre foi carinhoso e muito respeitoso comigo, trocamos apenas alguns beijos e nem foram muitos. Eu ficava imaginando como seria quando casássemos, como seria nossa primeira vez, infelizmente as coisas nem sempre acontecem como desejamos.
__Infelizmente não__ Vitória concordou__ mas é sempre bom sonhar.
A princesa se virou para fitar mais atentamente a jovem.
__Desde quando você é...
__Uma prostitua?__ ela sorriu de lado__ minha mãe me vendeu quando eu tinha nove anos.

__Meu Deus, que coisa horrível__ Demetria exclamou horrorizada.
__Mas eu tive que aprender o oficio, aprender como agradar um homem, só comecei mesmo a trabalhar quando tinha treze anos de idade, foi quando vim parar Murdor e Paola me acolheu entre as suas meninas__ Vitória explicou__ eu sei, é uma triste história, mas não precisa ficar com pena, eu já me acostumei, foi há um longo tempo. 
Demetria se imaginou no lugar dela, tinha sido abusada somente uma vez, e tinha sido a pior coisa que já lhe aconteceu, não conseguia pensar como seria servir de objeto para um homem desde os nove anos de idade.
__Venha princesa, vamos começar com a lição. 
Vitória fez com que Demetria se deitasse na cama e sem enrolações sentou-se por cima dela, a fitando com atenção.
__Escute princesa, sei que não lhe agrada a ideia de dormir com o Rei, mas tenha em mente que você não é obrigada a gostar do que ele fará com você, mas tem que fingir que a agrada, é a única forma de ele não se irritar e machucá-la. Não resista quando ele a tocar e não demonstre que sente repulsa, apenas sorria e suspire e gema como se ele fosse o homem mais incrível da terra.
__Não é uma tarefa fácil.
__Com o tempo vai ficando mais simples, é tudo questão de prática__ Vitória garantiu com um sorriso__ lembre-se também que você está aqui como prisioneira, mas no fundo é uma princesa. Então não faça amor como uma escrava, mostre a ele quem manda, e não falo apenas do Rei, isso serve para qualquer homem com quem se deitar. Lembre-os sempre, são eles que querem e precisam de você e não o contrário. 
__Tudo bem__ Demetria concordou.
__Uma coisa importante é o olhar__ Vitória continuou falando__ os olhos são a janela da alma, é através deles que seu parceiro poderá ver o que está sentindo, se está lhe agradando. Olhe sempre nos olhos dele, deixe que ele veja quanto prazer está lhe dando, isso os excita de uma forma incrível. 
Vitória se inclinou um pouco mais sobre Demetria, entrelaçando seus dedos nos dela.
__Saiba como movimentar o seu corpo__ sussurrou rebolando lentamente sobre ela, como faria durante o ato__ seja suave, sensual, assuma o controle, os homens gostam de mulheres que sabem o que querem. Pode parecer o contrário, mas eles gostam de ser controlados, dominados. Durante o sexo é você quem comanda, ele precisa de você, e fará o que você quiser. Vamos... Mostre-me.

Demetria agarrou Vitória pela cintura e num rápido movimento trocou de posição com ela, sentando-se por cima. Então começou a imitá-la, rebolando lentamente, a olhando nos olhos como havia sido instruída a fazer.
__Muito bem princesa__ Vitória aprovou. 
__Gostaria que tivesse uma maneira de eu não precisar fazer nada disso__ Demetria suspirou. 
__Existem muitas maneiras de finalizar um homem__ Vitória disse.
__Finalizar?__ a encarou confusa.
Vitória apenas lhe lançou um olhar sugestivo até que Demetria finalmente entendesse o que ela quis dizer.
__Oh sim__ ela corou envergonhada. 
__Se souber o jeito certo de tocá-lo e não tiver nojo ou vergonha, às vezes nem precisa chegar a tanto__ Vitória murmurou__ não tenha medo de explorar o corpo do seu parceiro. Com as mãos, com a boca, com o próprio corpo. 
Assim, na hora que se passou, a princesa aprendeu tudo que podia sobre o sexo com a sua mais nova amiga Vitória. Tinha que admitir que havia gostado dela, que era simpática e educada, apesar de ser uma prostituta, afinal ela não tinha escolhido aquela vida, a maioria das meninas não tivera escolha. E mesmo sem querer acabara fazendo uma nova amiga.

__Fale sobre o seu príncipe__ Vitória pediu quando estavam sentadas juntas olhando pela janela.
__Seu nome é Alex__ Demetria respondeu com um meio sorriso__ ele é lindo. Tem cabelos dourados como o sol, assim como os olhos, é forte e corajoso. Tentou me resgatar quando me seqüestraram, mas estava sozinho e os homens de Murdor eram muitos, então não teve alternativa a não ser me deixar, mas prometeu que voltaria por mim. 
__Que romântico__ ela suspirou__ tem o seu próprio príncipe encantado. Eu gostaria de me apaixonar e fugir daqui com o homem dos meus sonhos... Infelizmente não vai acontecer.
__Nunca se apaixonou?__ Demetria perguntou curiosa.
__Bem, todas as moças daqui tem uma paixão secreta pelo cavaleiro das sombras__ Vitória disse com um sorriso malicioso__ mas acho que não é a mesma coisa. É que ele é extremamente lindo, forte, não tem medo de absolutamente nada, e aqueles olhos azuis tão intensos, aquele corpo... Fora que é um ótimo amante. 
__Você já... Dormiu com ele?
__Umas duas vezes__ disse com orgulho__ ele vem muito aqui no La Luna, mas não para se divertir com as meninas. Isso acontece mais quando ele está estressado com alguma coisa, sabe... Os homens gostam de extravasar com o sexo.

__Se ele não vem pelo sexo, então porque vem?
__Ele não precisa pagar prostitutas pra dormir com ele__ ela deu uma risadinha__ as mulheres fazem isso de graça. Ele vem para ver a Paola, eles são muito amigos, acho que é porque vieram do mesmo lugar. Eles passam horas conversando, e ele é sempre gentil com ela, de um jeito que não é com as outras pessoas.
__Eles vieram do mesmo lugar? Como assim? Paola disse que foi seqüestrada e...
__Escute princesa__ Vitória a interrompeu__ não conheço a história toda, só o Rei e Paola sabem toda a história da vida do comandante, mas já ouvi coisas por ai. A questão é que não cabe a mim contá-la, o comandante não gosta que fiquem por ai falando de sua vida e não quero perder minha língua, se quiser saber vai ter que perguntar a ele. 
__Eu quero distancia dele__ murmurou olhando pela janela__ é cruel e horrível assim como o Rei. 
Demetria se perguntava como podia um homem tão lindo ser assim tão cruel. 
__Ele é cruel com quem merece e com aqueles que o desafiam.
__Eu nada fiz a ele__ lembrou. 
__As coisas funcionam de modo diferente aqui em Murdor princesa, com o tempo você vai entender. 
Demetria nada disse, apenas ficou olhando da janela, imaginando até quando teria de esperar para ir embora dali.

Silencioso Como Uma Sombra

Depois de terminada as aulas de como Demetria deveria se portar na cama com um homem, Vitória resolveu levá-la para conhecer a cidade. Embora não quisesse admitir, a princesa ficaria ali por um tempo e seria bom se conhecesse o lugar, assim, as duas caminharam juntas pelas ruas de Murdor. Vitória lhe mostrou todos os lugares, as forjas onde eram feitas as espadas e armaduras dos soldados, um lugar extramente quente que fedia a suor e enxofre e homens fortes e sem camisa trabalhavam durante todo o dia.
Mostrou-lhe a alfaiataria, onde os nobres faziam suas vestes. O bar onde os homens bebiam e onde faziam suas festas e também lhe indicou um outro bordel, muito menos popular que o de Paola, ela explicou com claro orgulho. Vitória também lhe apresentou alguns conhecidos e estavam caminhando agora em direção ao portão da cidade, guardado por dois soldados. Por um momento Demetria apenas encarou a saída e se imaginou correndo para fora daquele lugar antes que o Rei resolve-se usá-la novamente, mas seus pensamentos foram interrompidos quando uma figura surgiu na frente das duas jovens, barrando seu caminho.
__Meu Deus__ a princesa pôs a mão no coração, que disparou com o susto.

__Aonde pensam que estão indo?__ e lá estava ele, surgido do nada como um fantasma, silencioso como uma sombra, o rosto escondido pelo capuz, à voz sombria, somente os olhos azuis brilhando com vida no meio daquela imensidão negra.
__Comandante__ Vitória suspirou nervosa__ eu estava mostrando a cidade para a princesa. 
__Não quero ela passeando perto dos portões__ ele murmurou__ aliás, não a quero passeando pela cidade, não é uma visitante e sim uma prisioneira e não tenho tempo pra persegui-la por todos os lados.
__Tem medo que eu fuja comandante?__ Demetria o desafiou zangada, aquele homem lhe tirava completamente a paciência, sabia que o mais sábio era se calar na presença dele como todos faziam, pois ele era perigoso, mas simplesmente não conseguia conter seus impulsos. 
__Você poderia tentar__ ela não conseguia ver o rosto dele, mas Demetria imaginou que ele estaria sorrindo, um sorriso maldoso.
__Eu sinto muito comandante... __ Vitória começou a dizer, mas Demetria a interrompeu.
__Você é um idiota, assim como o Rei Klaus__ ela acusou__ são dois bárbaros cruéis e sem coração.
__Sabe que seus insultos não me ofendem não é mesmo?

__Então não vai se importar se eu repetir__ ela o desafiou__ idiota... Meu pai e o príncipe Alex virão me resgatar e matarão todos vocês, vão queimar no inferno, é isso que merecem. 
Então deu meia volta e saiu correndo pela cidade de volta ao Bordel. 
__Meu Deus comandante, eu sinto muito por isso__ Vitória disse de olhos arregalados.
__Escute Vic, eu não a quero passeando pela cidade sem a minha supervisão entendeu?__ disse seriamente__ se ela fugir vamos ter sérios problemas e eu não quero isso.
__Como quiser, não vai se repetir__ ela concordou__ eu prometo.
__Ótimo, agora vá atrás dela e não tire os olhos dela nem por um instante até que eu volte, tenho um encontro com o Rei e se quando eu voltar ela não estiver segura no Bordel você não vai gostar nada do que farei.
Vitória assentiu nervosa, então saiu correndo atrás da princesa, completamente assustada.

Impaciência

O Rei Klaus estava sentado em seu Trono quando Joseph entrou no salão. Ele não parecia muito contente aquela tarde, com uma expressão vazia no rosto e fúria nos olhos verdes. Não havia mais ninguém na sala do Trono em sua companhia e o silencio reinava, a única coisa que se ouvia era o som dos passos de Joseph, até que ele finalmente parou em frente a seu Rei.
__Mandou me chamar Alteza?__ Joseph disse respeitosamente. 
__Sim Joseph__ ele assentiu se remexendo no Trono__ como está a princesa?
__Está segura no La Luna, não vai a lugar nenhum, eu mesmo estou vigiando como Vossa Alteza ordenou. 
__Ótimo, eu quero ela nos meus aposentos esta noite__ Klaus disse__ preciso ter uma conversinha com ela. 
__Como quiser Alteza.
Por um momento nenhum dos dois disse uma palavra, deixando que o silêncio reinasse. Joseph queria sair dali, sem paciência alguma para ouvir as reclamações do Rei que ele sabia que viriam a seguir.

__Está demorando demais Joseph__ esbravejou__ estou com a preciosa filha dele há alguns dias e o desgraçado nem ao menos se pronunciou, nem ao menos uma ameaça. Talvez ele não se importe com ela tanto quanto eu pensava.
__Ele vai aparecer Alteza, tenho certeza. Mas acabamos com a maior parte de sua tropa no ataque a Severac, ele precisa se reerguer, arrumar homens e planejar um ataque. O Rei Robert é inteligente, vai se preparar antes de atacar, nunca arriscaria perder e deixar a filha em nossas mãos assim. 
__Odeio quando você tem razão, mas o problema é que não sou uma pessoa muito paciente__ Klaus se levantou e começou a caminhar de um lado para o outro com as mãos nas costas__ eu sei que ele tem um esconderijo, onde está refugiado com seus homens, preciso descobrir onde é.
__Meus homens buscaram por toda a cidade de Severac senhor, não encontraram nada. 
__Mas a nossa princesinha deve saber onde fica o esconderijo do pai, aposto minha alma que ela sabe.

__Ela não vai nos contar.
__Então a obrigue a falar__ gritou irritado, se a intenção era intimidar não tinha feito efeito__ quero que a interrogue e arranque a verdade dela, mas não hoje, amanhã. Hoje eu a quero bem para poder me servir. 
__Como desejar senhor__ Joseph concordou.
__Você pode ir agora, deixe-me sozinho.
Joseph então fez uma reverencia e se retirou da sala no Trono, deixando o Rei a sós. Enquanto saia do Palácio, por alguns momentos ele se arrependeu. Poderia ter feito, não havia mais ninguém no salão e o Rei nunca poderia vencê-lo em combate, não existia ninguém no mundo que poderia, ele sabia disso. Poderia tê-lo matado ali e saciado a sua sede de vingança, que o consumia a cada dia, mas precisava se lembrar do que porque não podia fazer ainda, se o Rei morresse, ele nunca descobriria onde elas estavam. 

Fim do Capítulo

Um comentário:

  1. ahhhh elas quem?!ahhh preciso de saber!!!
    posta logo mulher!!!hahah
    ta perfeitaooooo
    bijuu grandaoo pa vccc

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Espero que tenham gostado do capítulo :*