Capítulo Nove

Votem na enquete ao lado. É muito importante

Um gritinho de entusiasmo e antecipação escapou dos lábios de Demi.
Joe ficou imóvel. Sua mão estava tão próxima dela que Demi podia sentir o calor.
— Está ficando com mais frio — disse ele, reclinando-se para trás e deixando a mão cair sobre a coxa musculosa. — Vamos entrar... Já a fiz penar demais. — O sotaque agradável a fazia sonhar. — Inventei uma coisa para compensá-la pela sua paciência. É surpresa.
— Oh, não devia ter se preocupado — gaguejou Demi, porém secretamente feliz com a consideração dele.
Abanando a mão para fazê-la parar com as palavras polidas, Joe pegou mais outras duas toalhas grandes muito bem dobradas da pilha sobre a cadeira ao lado da piscina. Passou uma pelas costas e, a outra, enrolou em volta dos cabelos molhados de Demi .
Ela adorou a sensação sob o sol. Era um luxo ao qual não estava acostumada. A seguir, sentiu que ele enxugava seus ombros e os cabelos. Deixou-se ficar sentindo o toque, aproveitando a intimidade mais do que poderia imaginar.
— Isso é mais do que consideração da sua parte. É o paraíso! — murmurou.
— Dio... A surpresa não é essa. — Joe riu baixinho. — Lá dentro há bolinhos e chocolate quente para o seu café da manhã. Aposto que não comeu ainda, acertei?
Demi balançou a cabeça em negativa. Esperava que seu estado de nervos não a fizesse perder o apetite! Ser servida por um hóspede era algo fora do comum.
Joe  já rumava para o interior da Villa. Ela o seguiu a uma distância respeitosa, mas sem parar de divagar. A Villa Jolie Fleur era seu local de trabalho, mas nessa manhã parecia que iria entrar na casa como uma convidada. Seus passos, em geral apressados, se tornaram mais vagarosos, e ela parou na soleira da porta. Era uma linda casa, dez vezes maior que o apartamento que deixara na Inglaterra. Cores claras e espelhos surgiam por todos os cantos. Ela tentou se concentrar nos arranjos de flores. Essa era uma grande oportunidade para admirar o lugar com olhos de visita, e ficou contente ao ver que tudo parecia muito bem conservado e limpo.
Joe a parabenizara pelo seu serviço como governanta, e Demi se sentira muito feliz. Agora ele preparara seu café da manhã.
Jamais um patrão preparara refeições para ela. E era pouco provável que isso voltasse a acontecer, e sem dúvida jamais com alguém maravilhoso como Joe Jonas! Demi se dispôs a aproveitar o máximo possível.
— O que está esperando? — ele perguntou por cima do ombro, com um sorriso enviesado que a encantou. Demi desejou ter sempre toda a sua atenção, mas isso era impossível.
— Imagine eu tomando o café da manhã servida pelo solteiro mais famoso e cobiçado do mundo! — murmurou, enquanto ele a conduzia até a enorme cozinha.
— Isso é apenas um título que os tabloides me deram. Ainda não nasceu a mulher que possa me fisgar. — Sorriu como um lobo, enquanto a conduzia até o terraço iluminado pelo sol. — E isso é apenas um agradecimento por você ter tido a paciência de me servir de modelo.
A vista marítima deslumbrante do terraço era enquadrada por trepadeiras floridas.
Um cenário perfeito para o café da manhã.
Demi tomou uma caneca cheia de chocolate fumegante, e depois os dois se regalaram com bolinhos amanteigados, brioches e geleia de abricó. Ela estava tão nervosa que fingia comer mais do que de fato estava comendo. Assim podia admirar Joe.
Ele era bom de garfo, e não tinha paciência com suas desculpas sobre não ter apetite.
Por fim, encorajada, Demi comeu quase tanto quanto ele. Mais tarde, tomando um cappuccino cremoso, recostou-se na cadeira e tentou decidir se o azul mais bonito vinha do céu ou do mar.
— Poderia passar o dia inteiro aqui — murmurou, sem querer.
— Perché no? Por que não passa?
— Porque tenho que trabalhar, é claro.
Joe passeou o olhar pelo terraço imaculadamente limpo e além, para a cozinha reluzente. Por fim, pousou os olhos em Demi.
— Esta casa me parece já muito bem arrumada.
Estendeu o braço e retirou uma migalha de brioche do roupão dela. Era um gesto tão íntimo que Demi ficou tensa, imaginando o que viria a seguir.
Mas ele apenas a fitou, longa e intensamente. Era a mesma expressão que Demi vira em seu rosto quando a desenhara.
— Logo irei me instalar no ateliê. Então poderei planejar minha próxima pintura. Espero que me deixe segui-la dia e noite até conseguir as expressões que desejo?
Se soubesse como já me segue dia e noite em pensamento, pensou Demi. É a causa de minha insônia. Uma sensação deliciosa a possuía cada vez que se perdia nos olhos escuros dele.
Joe consultou o relógio de pulso, e o momento mágico se desvaneceu.
— A que horas chega o proprietário do bufê?
Sem precisar ouvir mais nada, Demi soube que ele voltara a ser o homem prático; estava mandando-a embora. A hora encantada do café da manhã terminara e, por mais que desejasse ficar ali, precisava se levantar. Se o dono do bufê chegasse e a visse ali, os comentários seriam inevitáveis. Suspirando, percebeu com realismo que não poderia passar o dia no terraço. Essas férias eram de Joe, não dela. Levou o maior tempo possível tirando a mesa e arrumando a máquina de lavar pratos, apenas para ficar perto dele, porém o momento de se afastar chegaria de qualquer jeito.
— Obrigada pelo café da manhã, Joe, agora preciso ir.
— Então, até logo, Demi.
Ela deixou a casa se sentindo abatida e desapontada. Joe mudara de atitude em uma fração de segundo como se percebesse que ela podia estar começando a ter ideias a seu respeito. Fora tão espontâneo e encantador na piscina que, de fato, á fizera fantasiar.
Mas agora parecia querer erguer uma barreira de indiferença. Demi imaginou por quê... E continuou a sonhar acordada.
Joe se sentiu inquieto pelo resto do dia. Não conseguia se concentrar em nada. O jornal da manhã não lhe disse nada que já não soubesse por meio de seus associados comerciais. Quando abriu o livro que Demi lhe emprestara, sentiu seu perfume e não conseguiu entender nenhuma palavra. Em vez de pensar na arte Renascentista, só via diante dos olhos a beleza moderna de Demi.
Enquanto isso, Demi se movimentava pela Villa quase em silêncio, fazendo arranjos de flores, substituindo bebidas nas garrafas, afofando almofadas. Nunca dava o primeiro passo, mas, sempre que ele lhe dirigia a palavra, parava de trabalhar e respondia com timidez... Fosse sobre o pintor Rafael, o cardápio do dia ou algo tolo como o tempo.
Nesse dia, ele almoçou no jardim, mas isso não o ajudou. Demi também estava do lado de fora da casa, colhendo flores. Não podia vê-la da sua cadeira, mas o som das tesouras cortando as hastes e a fragrância das flores lhe diziam exatamente O que ela estava fazendo. Lembrou-se da noite em que haviam conversado com tanta naturalidade e intimidade. Podia visualizá-la tão bem que começou a desenhá-la de memória.
As mulheres de seu círculo raramente possuíam a beleza natural ou a sinceridade espontânea de Demi. Ela era única. A mãe de Joe fora uma balconista de loja, até que o velho Paul Jonas  tentara elevá-la na escala social, e ela se tornara arrogante e insaciável.
Ela adorara o estilo de vida, mas odiara todo o resto. Todos os homens da família Jonas haviam lamentado se relacionar com ela.
Joe franziu a testa ao recordar. Agora seu mundo era repleto de mulheres que tagarelavam sobre roupas e maquiagem como se isso fosse de vital importância; era um completo mistério para ele.
No início de sua vida adulta, descobrira que, quanto mais dinheiro se dava para uma mulher, mais exigências ela fazia. Houvera uma delas que tomara tudo que ele oferecera, e mais ainda. Então, quando ele menos esperara, o atacara de um modo inimaginável.
Usara-o como ferramenta para provocar ciúme no marido. A experiência era uma mestra muito severa. No momento, Joe tratava de prosseguir, mas sempre no controle das situações. Era a única maneira de aproveitar a vida.
Passou o resto do dia trabalhando nos esboços que fizera de Demi. Isso piorou sua insatisfação. Ela dizia que não se incomodava de ser chamada para que ele analisasse a curva exata de seus ombros ou o formato de seus olhos. E todas, ás vezes Joe dizia que seria a última, admirando o bom humor de Demi.
Quando começou a anoitecer, fechou-se no ateliê, determinado a continuar o trabalho. Afinal, o lugar era perfeito. A luz era excelente; não havia distrações; podia espalhar todo o seu material pelos cantos.
Só faltava um modelo vivo. Imaginou se deveria procurá-la pela quinta vez, porém sabia que não deveria incomodá-la. Havia limites na vida... Até para ele.
Caminhou até as portas-janelas que estavam abertas, viu as sombras da noite se aproximando do jardim. Um passeio por esse oásis de paz poderia acalmá-lo. Deixando de lado o bloco de esboços pela última vez, saiu do ateliê.
Viu Demi um minuto depois e parou antes que ela o visse. Ela estava de pé na grama, muito perto do ateliê, fitando os canteiros de flores. Uma brisa leve fazia dançar a saia de algodão do uniforme. A curva suave dos seios contrastava com a finura da cintura.
Joe  notou tudo isso com o olhar de artista, porém a testosterona o fazia imaginar muitos outros detalhes.
Por baixo do vestido, sua espinha dorsal se curvava com graciosidade alcançando as nádegas... Que deviam ser macias o refletiu.
Quanto às pernas longas e bem torneadas de Demi, já as vira na piscina.
A excitação sexual o dominou. Quando ela se voltou e o viu, entreabriu os lábios como se fosse dizer alguma coisa.
Não havia necessidade de palavras. As mãos dele procuraram por Demi enquanto se aproximava, e apertou-a nos braços.
Choque e desejo a possuíram. Tentou falar, mas sentia-se perdida com a pressão do corpo másculo de encontro ao seu. Tremia da cabeça aos pés e o sentia tremer também.
Então Joe a beijou ao sol poente com uma paixão tão intensa que todas as inibições de Demi desapareceram. Ela retribuiu o beijo, o coração batendo desordenadamente enquanto se extasiava com a experiência. Estava sendo beijada pelo homem que enchia seus sonhos dia e de noite.
Agarrou-se a Joe como se nunca mais quisesse largá-lo. Pertencia a ele.
Sabia que estava desencadeando emoções que não podia controlar. Seu corpo fremia
de desejo e ansiedade por algo que desconhecia.
Nunca se sentira assim antes. Reagia por puro instinto, alerta para todas as sensações que Alessandro lhe provocava. Ele soltou seus lábios e ela atirou a cabeça para trás com um gemido, enquanto Joe deslizava a boca em seu pescoço. O tempo perdeu seu significado à medida que a ansiedade de Demi aumentava. Apertou o corpo com mais força contra o dele. Sentia suas partes mais íntimas se abrirem para Joe.
Ele estava pronto para a experiência também.
Sua ereção se comprimia contras as coxas dela. Sempre seguindo os instintos, Demi mergulhou a mão dentro do cós da calça de Joe e sentiu a rigidez de seu membro, desesperada para entender seu mistério.
— Oh, Joe...
Se ele não desejava seu coração, então estava pronta a lhe ofertar a única coisa que sem dúvida ele aceitaria. Enquanto as mãos fortes acariciavam seus seios, Demi lutou para baixar o zíper da calça, por fim enfiando a mão completamente dentro do jeans.
Descobriu que ele não usava mais nada por baixo do brim, e o acariciou sem pudor.
— Não... — exclamou ele. — Ainda não.
Ela reagiu com surpresa ante o tom de comando em sua voz. Joe se afastou um pouco... O suficiente para desabotoar o uniforme dela. Com um movimento rápido, o retirou, fazendo-a prender a respiração, mas ainda não terminara. Baixou as alças do sutiã, e ele encostou os lábios nos mamilos rijos, os dentes mordiscando e provocando, enquanto as mãos continuavam a acariciá-la.
Demi quase desmaiou de prazer. Sua respiração se tornou entrecortada enquanto murmurava o nome dele na escuridão silenciosa. Seus corpos pareciam um só.
Com sensações que desejava satisfazer indo até o fim, Joe a faz deitar sobre o gramado.
O aroma forte e gostoso da erva refletia sua paixão. Com um vislumbre de raciocínio, Joe pensou se sua fome por Demi não era apenas resultado de sua vida vazia.
Se o fato de cruzar a linha entre seu mundo e o dela não traria um pouco de aventura na rotina diária. Milhões de pensamentos se formaram e desapareceram em sua mente enquanto Demi se contorcia sob seu corpo. Ela era uma experiência que Joe desejava ter. Rolando na grama, ele a possuiu, sua consciência se concentrou em preencher o vazio interior. Arremessou-se dentro dela, ouvindo seu gritinho, à medida que seus músculos se contraíam depois relaxavam. Demi arqueou as costas em um gesto muito feminino de desejo e prazer. Ele a penetrou com mais força, como fantasiara fazer tantas vezes desde que chegara a Jolie Fleur e a conhecera. Seu prazer foi tão intenso que imaginou como conseguira resistir a Demi por tantos dias.
Ela se abraçou aos ombros largos, desejando que o ato nunca terminasse. Queria se entregar de corpo e alma a Joe. Essa era sua vida, e a oferecia para Joe Jonas. Nada jamais se compararia a esse momento, ali com ele, sob o céu escuro do Mediterrâneo.
— Oh, Joe — murmurou pela centésima vez, assim que conseguiu respirar direito. — Jamais imaginei que fazer amor pudesse ser tão maravilhoso, queria que minha primeira vez fosse a melhor...
Fechou os olhos, emocionada, e suas palavras tão sinceras fizeram o sangue enregelar nas veias de Joe
Que diabos eu fui fazer? Pensou, sabendo muito bem que fora a pior coisa do mundo. Gentilmente, porém o mais depressa possível para não machucá-la, ele rolou para o lado. Demi suspirou, deixando-o ainda mais constrangido.
— Dio, Demi, lamento...
— Não. Foi fantástico. — Ela segurou seu rosto entre as mãos pequenas. Seu olhar brilhava de sinceridade.
Joe não sabia o que fazer. Como pudera ser tão estúpido? Que desastre provocara.
— Foi um erro — disse com firmeza, endurecendo o corpo e desviando o rosto no caso de Demi fazer cara de choro. — Nunca deveria ter acontecido.
— Eu sei, eu sei — replicou ela depressa em um sussurro que parecia vir de uma grande distância. Joe a sentiu se mover ao seu lado. Incapaz de fitá-la nos olhos tornou a se aproximar, colocando a cabeça de Demi em seu ombro e abraçando-a com força. Tudo mudara entre os dois. Ele esperara lágrimas e recriminações. Entretanto, só o silêncio o recebeu. E isso era ainda pior. Sabia que a machucara, não apenas fisicamente.
Essa realidade o atingiu como uma espada. Era a primeira vez que o sofrimento de alguém o afetava tanto, e foi um choque. Fatos e cifras eram muito mais fáceis de controlar do que sentimentos... Em especial quando esses sentimentos pertenciam á outra pessoa.
Isso o fez pensar. Passaria mais uma noite em claro, mas com um propósito determinado, prometeu para si mesmo. Não deixaria Demi desamparada.
Tinha trabalho a fazer.

Continua ...
Votem na enquete ao lado. É muito importante
Amores volteei. Me desculpem se deixei passar alguma coisa de errado no capítulo, editei ele bem rápido hoje. Espero que gostem 

5 comentários:

  1. Posta logo uma maratona amanha por favor!!! essa fanfic é uma das melhores!!! e esse capitulo então!! se alguns leitores aqui pedissem você postaria uma segunda temporada de 10 dias de noite??

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não sei se eu postado a. Porque 10 dias de noite eu repostei aqui no blog. A história é da cacau. Mas posso pensar

      Excluir
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    3. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
  2. Mds...eita capítulo cheio de emoções...adoreeeeei ❤️
    Demi se entregou ao Joe ❤️
    Estou apaixonada nesses dois ❤️❤️❤️
    Super ansiosa para mais...
    Posta logoooo
    Beijos

    ResponderExcluir

Espero que tenham gostado do capítulo :*