Capítulo 58


Eu me virei de um lado para o outro, incapaz de adormecer. Não estava acostumada a ficar sozinha na cama. Depois de tudo, Joe e eu mal tínhamos conversado desde a nossa briga, há três dias, e não tínhamos feito sexo, mas sempre acabávamos nos braços um do outro durante a noite. É claro que a gente se separava no momento em que acordava. Eu perdi a proximidade com Joe. Eu perdi o contato com ele, perdi seus beijos, seu toque, sua língua quente entre as minhas pernas. Suspirei quando fiquei molhada. Eu não iria ceder. Por quanto tempo mais Joe poderia ficar sem sexo, de qualquer maneira? 
E se ele não ficou? E se ele transou com Grace de novo? Ela estava, supostamente, na Inglaterra, mas quem sabia se isso era verdade? Ou talvez ele tenha encontrado uma nova mulher para foder. Meus olhos encontraram o relógio. Eram quase duas da manhã. Um peso queimava em meu peito. Será que Joe teria desistido do nosso casamento tão facilmente? 
Por que não? Ele já tinha conseguido o que queria. Ele teve o meu corpo. Eu não era a única pessoa que poderia dar o que ele queria. Um estrondo soou no andar de baixo, seguido por vozes profundas. Romero era um deles, o outro era Joe. Saí da cama e rapidamente corri para fora do quarto, apenas de camisola. Congelei na escadaria. As luzes estavam apagadas, mas a lua e os arranha-céus ao redor forneciam luz suficiente para eu ver o que estava acontecendo. Joe estava estrangulando Romero. Dei mais um passo para baixo e os olhos de Joe dispararam na minha direção, furiosos e selvagens. O monstro estava de volta. Seus braços estavam cobertos de sangue. Romero parou de lutar quando percebeu que Joe era forte demais. 
— Eu nunca trairia a Família, — Romero engasgou, então tossiu. — Eu sou leal. Eu morreria por você. Se eu fosse um traidor, Demi não estaria aqui, segura e incólume. Ela estaria nas mãos da Bratva. 
Joe afrouxou e Romero caiu de joelhos, tentando recuperar o fôlego. Desci os degraus restantes, ignorando Romero balançando a cabeça para mim. O que estava acontecendo? Joe nunca tinha estado tão desequilibrado. 
— Saia agora, — ele rosnou para Romero. Quando Romero não se mexeu, Joe o agarrou pelo colarinho e o arrastou para dentro do elevador. Antes que as portas se fechassem, o olhar preocupado de Romero voou para mim. Joe digitou um código no painel ao lado do elevador impedindo que as pessoas entrassem em nosso apartamento, e depois se virou para mim. Não só seus braços, mas sua camisa também estava coberta de sangue. Eu não via nenhum buraco de bala em suas roupas. 
— Você está bem? — eu disse, mas até mesmo o meu sussurro pareceu muito alto no silêncio. 
Eu me aproximei de Joe lentamente, enquanto seus olhos seguiram meu movimento, como um tigre assistindo o antílope. Um lampejo de estranha emoção me encheu. Apesar do que tinha acabado de testemunhar, eu sabia que Joe não iria me machucar. Quando eu tinha quase o alcançado, Joe caminhou em minha direção e bateu seus lábios contra os meus. 
Engoli em seco e ele enfiou a língua na minha boca. Suas mãos arrancaram minha camisola, tirando-a de meu corpo. Quando ela caiu no chão, ele rasgou minha calcinha de renda fina. Seu olhar faminto viajou em cima de mim, então ele me puxou e mordeu meu pescoço, depois meu mamilo. Eu engasguei pela dor e pela excitação. Eu deveria ter corrido, da forma como Joe tinha me dito há muito tempo, mas esse lado dele, na verdade, me prendia e minha excitação falou mais alto do que o medo, mesmo quando ele me empurrou para o sofá e me inclinou sobre o encosto. Sua mão segurou meu pescoço enquanto a outra deslizou entre as minhas pregas. Ele empurrou dois dedos dentro de mim e me encontrou molhada e dolorida. Eu soltei uma respiração dura quando minhas entranhas se apertaram em torno de seus dedos. Ele os tirou. Ouvi Joe abrir o cinto e a calça, e tremi de medo e excitação. Joe mordeu a bochecha da minha bunda e depois minhas costas e ombro, antes de empurrar toda a sua extensão em mim sem aviso. 
Eu gritei, mas Joe não hesitou, ele apertou o peito contra as minhas costas, enquanto me segurava com um braço em volta do meu peito, e então começou a bater em mim forte e rápido. Eu mordi meu lábio. Doeu, mas também era bom. Toda vez que ele empurrava dentro de mim, atingia um ponto que enviava faíscas de prazer pelo meu corpo. Joe se abaixou, seu hálito quente contra o meu pescoço, e esfregou os dedos sobre o meu clitóris. Eu chorei e engasguei e choraminguei. Eu podia sentir a tensão crescendo. O som da respiração e os rosnados de Joe me deixavam ainda mais excitada. Seus dedos torceram meu mamilo quase dolorosamente, ele mordeu a dobra do meu pescoço e as estrelas nublaram minha visão quando eu explodi. Eu gritei o seu nome uma e outra vez enquanto eu tremia com meu orgasmo, mas ele não desacelerou. Ele bateu mais duro e rápido, os dedos no meu clitóris implacáveis quando sua respiração ficou ofegante, e então eu gozei novamente, quebrando em mil pedaços de prazer. Minhas pernas se desintegraram, mas Joe me prendeu contra o encosto com o seu corpo. Com um grunhido, ele agarrou meus quadris e me fodeu ainda mais forte. Eu estaria machucada e dolorida amanhã, mas não me importava. Quando ele estremeceu contra mim e mordeu o outro lado da minha garganta, eu desmontei mole sobre o sofá. Extremamente saciada e exausta por tudo o que ele fez comigo. 
Eu pensei que tinha acabado, mas Joe me levantou do encosto e me deitou no chão. Ele empurrou minhas pernas tão afastadas quanto elas poderiam ficar. Eu estava supersensível e não podia gozar outra vez, mas seus olhos me prenderam pela sua intensidade. Ele agarrou meus pulsos e levantou meus braços acima da minha cabeça, então esfregou dois dedos ao longo das minhas dobras, de cima para baixo, antes de circular a minha abertura, deslizando centímetro por centímetro. Meus olhos rolaram para trás da cabeça quando ele me tocou de uma forma tortuosamente lenta. Minhas paredes apertaram em torno de seus dedos e eu ouvi sons que não reconheci vindos do fundo da minha garganta. Ele não tocou em meu clitóris, apenas me fodeu com os dedos com um olhar intenso no rosto. 
— Era a porra de uma mentira? — perguntou ele enfiando os dedos em mim e me fazendo ofegar de prazer. — Me diga, Demi. Me diga que você aprecia isso tanto quanto eu. — O desespero em sua voz me assustou. 
Ele enfiou os dedos novamente e eu choraminguei. — Sim, Joe. Eu aprecio isso. 
Ele brincou com meu clitóris com o polegar e eu arqueei do chão, mas ele puxou o polegar apesar do meu protesto e continuou a empurrar seus dedos dentro de mim. 
— Então você mentiu? Por quê? 
Ele estava me deixando louca de desejo. Eu queria que ele tocasse meu clitóris, queria que seu dedo fosse mais rápido, queria que ele me fodesse. — Sim, eu menti! — Eu me contorci, querendo liberar minhas mãos para alcançar seu pênis. Ele já estava ficando duro e eu queria convencê-lo a parar a tortura, mas ele era muito forte e muito implacável. 
— Por quê? — ele rosnou. Ele fez uma pausa em seus dedos e eu quis gritar de frustração. 
— Eu menti porque eu odeio te amar, porque eu odeio que você possa me machucar, porque eu me odeio por amar você mesmo que você nunca me ame de volta. — Joe soltou meus pulsos e seus olhos escuros ficaram interrogativos. 

5 comentários:

  1. Essa resposta foi profunda, será que o Joe vai reagir como?

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  2. Aí minha nossa....como você para nessa parte !! Que tortura kkk...Jesus !
    Está tudo maravilhoso !! Ansiosa para a resposta do Joe...e também curiosa para saber como que começou essa briga do Joe e do Romero. Aí Jesus, será que o Joe achou que a Demi morreu ?? Aí foi brigar com o Romero, achando ele um traidor...enfim...posta mais um....por favor !!! Eu sei que já está chegando a maratona...mais so 1...
    Beijos

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  3. Cara agora to com medo de ler o próximo capítulo.. se o Joe larga ela bem ali? mano :(

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  4. Maanoo estou apaixonada por essa fic
    quero maaiis..... so acho que deveria ter dois capitulos bônus esse final de semana
    posta maaaiss!!!

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Espero que tenham gostado do capítulo :*