Capítulo 3

Amores eu já arrumei os capítulos anteriores, quem não entendeu muito a fic, é só voltar lá e ler ok? Beijos
A programação do blog voltou ao normal, todo dia capítulo sempre as 11:00 horas ;)

Ela estremeceu, engolindo a sensação nauseante que sentia dentro de si, odiando-se por pensar que isso era possível. Esfregou a mão suada na testa. Era tudo culpa de Ben. Ele havia colocado em sua cabeça a imagem de jovens e carismáticos espanhóis bonitões se envolvendo com mulheres ricas e solitárias, de férias, para ver o que conseguiam arrancar delas.  
— Está praticando para virar estátua? — Sophie passou o braço por baixo do dela. — Você devia ter visto aquela roupa! Era maravilhosa, mas Ben disse que preto não era a minha cor, e que eu teria que viver e dormir nela por cinqüenta anos para fazer valer o que eu pagaria por ela.  
— Chatice típica de contador! — Demi exclamou, ainda chateada com ele por fazê-la duvidar, ainda que por um instante, do seu querido e encantador Joe 
— Você sabe que está falando isso da boca para fora — Sophie a repreendeu levemente, enquanto devagarinho, de braços dados, elas se aproximaram da escadaria larga que levava ao saguão do hotel. — Sabe que ele não pode evitar de ser prático, tanto quanto você não pode evitar de ser sonhadora. E anime-se. Que cara amarrada! Estou louca para conhecer o seu Joe. Ele parece estar levando você a sério, se está querendo conhecer Ben e eu, os seus responsáveis, na sua última noite na Espanha! — Ela apertou reconfortantemente o braço de Demi. — Eu disse para o Ben não dizer nada que não devesse. Sabe como ele sempre quer proteger você. E eu disse que o Joe provavelmente quer pedir a permissão dele, na ausência do seu pai, para visitá-la na Inglaterra.  
“Ou para conseguir bebidas e uma refeição de graça, como uma última mordomia.” Demi odiava o pensamento desleal que surgiu em sua cabeça, tanto quanto odiava sua incapacidade de evitar o seu surgimento. E sentia desprezo por Ben por plantar a semente da dúvida em primeiro lugar. Ela desalojou o pensamento com firmeza. Joenão gostava de vinhos e comidas chiques. Nos dias em que passaram juntos, ele sempre estava preparado com um piquenique: pão com casca, azeitonas, frutas e água engarrafada. Simples, barato e saudável.  
— Estamos um pouco adiantados — Ben comentou, quando as alcançou na escadaria, olhando para a impressionante porta giratória de viàio fitmé 
— E daí? — Sophie deu de ombros. — A gente se senta no saguão, descansa e olhas as pessoas.  
Ela passou pela porta, e Demi a seguiu, desejando que os minutos passassem logo, desesperada para perguntar a Joeo que estava fazendo com aquela mulher devastadoramente linda, por que a deixara beijá-lo, por que desapareceram juntos dentro da joalheria. Desesperada para escutar uma explicação aceitável.  
E o tempo parecia passar ainda mais desesperadamente devagar no interior do local refrigerado, com pisos de mármore e colunas imponentes, candelabros e opulência dissimulada. Sentados em cadeiras estofadas de verde-jade claro, ao redor de uma mesa, Demi estava com as costas viradas para o salão principal, mas Sophie, ao contrário, observava avidamente as idas e vindas dos ricos clientes.  
— Nossa, que convite! — Sophie riu.— Ali na recepção. Vire-se e dê uma olhada. Esse é o dia de sorte dele!  
Demi obedeceu. Qualquer coisa para passar o tempo, para impedir que seus amigos ficassem imaginando o que estava errado com ela, por que ela estava usando o que eles jocosamente chamavam de o seu “Rosto Trágico”.  
Joee aquela mulher!  
Demi estremeceu de incredulidade e de dor, uma dor que envolveu seu coração com dedos gelados. O que ela estava presenciando apagou todos os belos momentos das últimas semanas. Seus olhos se encheram de lágrimas. Uma das mãos de Joerepousava na curva sexy do quadril envolto em seda preta da mulher, enquanto a outra fechava a tampa da pequena caixa de joalheiro e a enfiava no seu bolso. “Um anel de ouro para combinar com o relógio que Demi comprara para ele? Será que a fabulosa mulher de cabelos escuros já o tinha equipado com as roupas sofisticadas que ele estava usando?”  
Esticando-se nos saltos agulha, a proprietária do carro esporte vermelho sussurrou algo no ouvido dele. O que quer que tenha sido, fez com que ele sorrisse, aquele sorriso largo que dizia que estava feliz. Ela o conhecia tão bem!  
Um braço esbelto adornado de ouro foi erguido, dedos cheios de anéis balançando a chave de um quarto como um convite, logo antes dela se virar e caminhar rebolando sensualmente na direção dos elevadores, como se confiasse em sua sexualidade presente em cada movimento de suas belas pernas e de seu corpo escultural. Joea observou, ainda sorrindo, depois virou-se e caminhou lentamente para a recepção.  
— Ardente, não acham? — Sophie comentou, e Demi teve de juntar todas as suas forças para manter o rosto inexpressivo ao virar-se para encarar os outros.  
Ben olhava impaciente para o relógio, e Demi, tentando não dar na vista que seu mundo acabara de despedaçar-se, disse:  
— Vamos beber alguma coisa. Estou cansada de ficar aqui sentada.  
Ela levantou-se logo para evitar protestos de Sophie que, obviamente, estava gostando daquele posto privilegiado de observação. Ben as acompanhou, mas insistiu em encontrar a discoteca, embora Demi estivesse certa de que Joenão iria aparecer. Por que o faria, quando claramente tinha recebido uma proposta melhor? A traição fora tão grande que não conseguia pensar em nada, a não ser arrastar os outros para longe daquele lugar. Mas como, sem admitir publicamente que Ben estava certo a respeito de Joe 
Na discoteca, ao som de dance musicDemi exigiu champanhe. Ela teria pedido algo mais forte para aliviar a dor que perfurava o seu coração, talvez uísque, mas sabia que Ben não concordaria. Por ter sido educada num convento por freiras rígidas o suficiente para trazer lágrimas aos olhos, tratada como uma hóspede ligeiramente incômoda por um pai que nunca prestara muita atenção nela quando estava em casa, Ben ainda costumava considerá-la uma flor delicada necessitando de carinho e atenção perpétuos.  
— Isso, vamos relaxar — Sophie acrescentou quando notou os olhos de Ben focalizando a seção de bebidas não alcoólicas. — É a nossa última noite.  
Demi esvaziou o copo com dois goles longos e sedentos e depois conseguiu um outro copo quando a vigilância de Ben diminuíra ao consultar o relógio.  
Já passavam dez minutos da hora marcada. Joenão viria. Demi estava se preparando para contar-lhes o porquê, admitir que Ben estava com razão sobre o garçom espanhol, bebendo o seu segundo copo como água para entorpecer a dor, quando Ben, observando-a colocar o copo vazio na pequena mesa, sorriu para ela:  
— Quer dançar, Demi 
Queria dançar tanto quanto queria sentar num barril de piche quente, mas qualquer coisa era melhor do que ficar sentada ali, ficando tonta, querendo chorar e fazendo tudo o que podia para evitar que isso acontecesse, querendo pôr as mãos em Joee estrangulá-lo, depois de perguntar como ele pôde ser tão cruel.  
Ela pegou a mão de Ben e levantou-se. O chão inclinou-se e ergueu-se de tal forma que, ao invés de dançar afastada do parceiro como os outros casais, agarrou os seus ombros e ficou grata quando ele apertou as mãos ao redor de sua cintura para apoiá-la. Ele ergueu o tom da voz para ser escutado acima da música e começou o sermão:  
— Sente-se mal, Demi? É para você aprender a não beber um copo de champanha em cinco segundos cravados.  
Dois copos, mas ele não sabia disso! Uma risada histérica, quase que um soluço, ficou presa em sua garganta. Prestes a enterrar o rosto nos ombros largos de Ben, e confessar tudo, ela viu Joechegar. Ele disse algo para a sua nova namorada sofisticada, que lhe deu uma piscadela conspiratória antes de caminhar afetadamente para o bar.  
Que ousadia! Como ele podia fazer isso? Demi sabia que estava prestes a passar muito mal. Mas não podia deixar isso acontecer! Os dedos escavaram os ombros de Ben. A dor nas suas entranhas era insuportável. Tinha de pensar em alguma outra coisa.  
Vingança.  
“Mostre para ele! Mostre que não é uma menininha boba com o aroma de escola ainda no ar, que não é o tipo de pessoa que ficaria chorando por um mês porque fora enganada por um profissional.”  
Ele estava a apenas três metros dela, os belos olhos ligeiramente encobertos enquanto a observava. Quais eram as suas intenções? Como é que esse tipo de gente operava? Ele ia cutucar o seu ombro, desejarlhe um bom vôo no dia seguinte, e depois se juntar a sua nova presa no bar?  
Ou ia simplesmente ignorá-la?  
“Bom, ele não ia ignorar isso.” Sem parar para pensar que sua infelicidade era grande demais para permitir pensamentos coerentes — ela ergueu as mãos, puxou a cabeça de Ben para baixo e o beijou como se estivesse tentando conseguir um papel em um filme picante.  
E enquanto Ben, com o rosto vermelho como um pimentão, estava tentando se recuperar, ela olhou nos olhos negros repentinamente ferozes de Joe e exclamou:  
— Vá embora! Você está me atrapalhando!  
E viu quando ele virou-se abruptamente com a boca apertada e os ombros rígidos, e andou até a sua nova mulher. Demi enfiou as falanges dos dedos na boca e as mordeu. Ela queria correr atrás dele e apagar tudo, implorar para que tudo ficasse bem de novo.  
Mas sabia que não podia. O romance de conto de fadas estava acabado, os dias extasiantes em que dois corações batiam como um só tinham virado um pesadelo sórdido.  
Virou-se para Ben com a face pálida.  
— Leve-me para casa. Ele não virá. Eu posso explicar. Mas não agora. Leve-me para casa!  

4 comentários:

  1. Nossa a Demi foi bem precipitada eu já saquei td mas ela ficou cega de ciúmes

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  2. Tá ela tava com ciúmes. E o grude dele com a tal mulher tava estranho mas se eu fosse ela ia conversar num canto pra saber o que tá acontecendo.. Mas ne kkk

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  3. Ôh carai viu morrer com essa fic, eu acho que essa mulher é alguma parente dele, e que ele pediu ajuda para comprar alguma coisa para demi,mas a sonsa de vez ir e perguntar o que tava acontecendo, acabou indo para o lado negro da força e vez merda

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  4. As coisas realmente ficaram interessante agora definitivamente.

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Espero que tenham gostado do capítulo :*