Só mulheres casadas eram autorizadas a estarem presentes quando os lençóis fossem tirados - para não assustar as virgens puras, as meninas mais jovens. Eu podia ver minhas tias entre os espectadores, assim como minha mãe, Valentina e Bibiana, mas as mulheres da família de Joe estavam na frente, uma vez que era a sua tradição, não nossa. Agora é minha também, eu me lembrei com uma pontada. Joe encontrou meus olhos por um instante do outro lado da sala. Nós compartilhamos um segredo agora. Eu não podia vacilar, porque me sentia grata ao meu marido, mesmo que eu não quisesse ser grata por algo assim. Mas em nosso mundo você tinha que ser agradecido a cada menor bondade, especialmente partindo de um homem como Joe, especialmente quando ele não tem que ser bom.
A madrasta de Joe, Nina, e sua prima, Cosima, começaram a tirar os lençóis da cama. — Joe — Nina disse com indignação fingida. — Será que ninguém lhe disse para ser gentil com sua noiva virgem?
Isso, na verdade, provocou algumas risadinhas constrangidas e eu baixei os olhos, mesmo que quisesse fazer uma careta para ela. Joe fez um ótimo trabalho nesse sentido, lhe dando um sorriso de lobo que levantou os cabelos no meu pescoço. — Você está casada com meu pai. Será que ele parece com um homem que ensinou seus filhos a serem gentis com qualquer pessoa?
Seus lábios se apertaram, mas ela não parou de sorrir. Eu podia sentir os olhos de todos em mim e me contorci sob a atenção. Quando arrisquei uma olhada em direção à minha família, pude ver choque e piedade em muitos de seus rostos.
— Deixem-me passar! — Ouvi a voz em pânico de Gianna. Minha cabeça disparou. Ela estava lutando pra passar através das mulheres e mamãe tentou impedi-la. Gianna nem sequer deveria estar aqui. Mas quando Gianna fazia o que ela deveria fazer? Ela empurrou uma mulher muito magra para fora do seu caminho e cambaleou para o quarto. Seu rosto brilho com desgosto quando viu os lençóis que a madrasta de Joe estava segurando e espalhando sobre os braços estendidos de Cosima.
Seus olhos se encontraram com meu rosto, demorando em meus lábios inchados, cabelos desgrenhados e em meus braços, que ainda estavam em volta de mim. Eu gostaria que houvesse uma maneira de deixá-la saber que eu estava bem, que não era como parecia, mas não havia como com todas aquelas mulheres nos rodeando. Ela se virou para Joe, que, pelo menos, já não tinha mais uma ereção. O olhar em seus olhos teria feito a maioria das pessoas correr. Joe ergueu as sobrancelhas com um sorriso. Ela deu um passo em sua direção. — Gianna, — eu disse em voz baixa. — Você vai me ajudar a me vestir? — Deixei meus braços caírem aos meus lados e caminhei em direção ao banheiro, tentando estremecer, como se sentisse dor, e esperando que eu não estivesse exagerando. Eu nunca tinha visto uma noiva, ou qualquer outra pessoa, depois de terem supostamente perdido a virgindade. No momento em que a porta se fechou atrás de nós duas, ela jogou os braços em volta de mim. — Eu o odeio. Eu odeio todos eles. Eu quero matá-lo.
— Ele não fez nada — eu murmurei.
Gianna se esticou para trás e eu coloquei meu dedo em meus lábios. A confusão encheu seu rosto. — O que você quer dizer?
— Ele não me forçou.
— Só porque você não lutou com ele não significa que não foi estupro.
Eu cobri a sua boca com a mão. — Eu ainda sou virgem.
Gianna deu um passo para trás e minha mão caiu de seus lábios. — Mas o sangue... — ela sussurrou.
— Ele cortou a si mesmo.
Ela olhou para mim, incrédula. — Você tem síndrome de Estocolmo?
Revirei os olhos. — Shhh. Eu estou dizendo a verdade.
— Então por que o show?
— Porque ninguém pode saber. Ninguém. Nem mesmo mamãe ou Lily. Você não pode dizer a ninguém, Gianna.
Gianna franziu a testa. — Por que ele faria isso?
— Eu não sei. Talvez ele não quisesse me machucar.
— Aquele homem iria matar uma corça bebê se ele o visse de maneira errada.
— Você não o conhece.
— Nem você. — Ela balançou a cabeça. — Não me diga que você confia nele agora. Só porque ele não te fodeu na noite passada não significa que ele não vai fazer isso em breve. Talvez ele preferisse estar no seu apartamento de cobertura com vista para Nova York. Você é mulher e um homem com um pau gostaria de entrar em suas calças.
— Papai realmente gastou todos os seus genes femininos com você, — eu disse com um sorriso. — Gianna, eu sabia quando me casei com Joe que eu teria que dormir com ele, eventualmente, e eu aceito isso. Mas estou feliz que tenho a chance de pelo menos conhecê-lo um pouco melhor antes. — Ainda que eu não tivesse certeza de que partes eu gostaria de conhecer. Mas seus beijos não tinham sido desagradáveis. Minha pele ainda se aquecia quando eu pensava nisso. E Joe definitivamente era bom de ver. Não que a boa aparência pudesse anular as crueldades, mas até agora ele não tinha sido cruel comigo, e de alguma forma eu pensava que ele não seria, pelo menos não intencionalmente.
Gianna suspirou. — Sim, acho que você está certa. — Ela se sentou em cima da tampa do vaso sanitário. — Eu não dormi a noite toda, se você quer saber. Você não podia ter me enviado uma mensagem dizendo que Joe não comeu a cereja do bolo?
Comecei a tirar a roupa. — Claro. E então papai e Umberto verificariam o seu celular e me condenariam.
Os olhos de Gianna me varreram da cabeça aos pés enquanto eu entravas no chuveiro, provavelmente ainda à procura de algum sinal de que Joe tinha me maltratado.
— Você ainda tem que agir como se odiasse Joe quando o ver mais tarde, ou as pessoas vão ficar desconfiadas, — eu disse a ela.
— Não se preocupe. Isso não será um problema, porque eu ainda o odeio por levá-la para longe de mim, e por ser ele. Eu não acredito nem por um segundo que ele é capaz de ser bom.
— Joe não pode saber que eu contei isso a você também. — Eu girei a torneira do chuveiro e deixei a água quente lavar os últimos traços de cansaço. Precisava estar totalmente alerta para o show na sala de estar mais tarde. Meus músculos tensos começaram a relaxar quando o fluxo de água massageou minhas costas.
— Você não pode entrar — disse Gianna com raiva, me assustando. — Eu não me importo que você seja o seu marido. — Eu abri meus olhos para ver Joe abrindo caminho para o banheiro. Gianna deu um passo em seu caminho. Eu rapidamente virei de costas para eles.
— Eu preciso me arrumar — Joe rosnou. — E não há nada aqui que eu já não tenha visto.
Mentiroso. — Agora saia, ou você vai ver o primeiro pau da sua vida, menina, porque eu vou me despir agora.
— Você imbecil arrogante, eu...
— Saia! — Eu gritei.
Gianna saiu, mas não sem antes chamar Joe por algumas palavras bem escolhidas. A porta bateu e ficamos sozinhos. Eu não tinha certeza do que Joe estava fazendo e eu não ia me virar pra verificar. Eu não podia ouvi-lo com o barulho da água. Eu sabia que não podia ficar no chuveiro para sempre, então desliguei a água e o enfrentei.
Joeestava espalhando creme de barbear no seu queixo com um pincel, mas seus olhos estavam me olhando pelo espelho. Eu resisti à vontade de me cobrir, mesmo que sentisse um rubor se espalhando pelo meu corpo. Ele colocou o pincel para baixo e pegou uma das toalhas de banho que estava sobre o aquecedor de toalhas, e depois se aproximou de mim, ainda de cueca. Abri a porta do box e peguei a toalha dele com um rápido agradecimento. Ele não se moveu, seus olhos insondáveis percorriam meu corpo. Enrolei a toalha em volta de mim e saí.
Sem salto o topo da minha cabeça atingia o peito de Joe.
— Eu aposto que você já está lamentando a sua decisão, — disse eu em voz baixa. Eu não precisava explicar ele sabia o que eu quis dizer.
Sem dizer uma palavra, ele voltou para a pia, pegou o pincel e retomou o que estava fazendo antes. Eu estava a caminho do quarto quando sua voz me assustou, — Não. — Eu olhei para trás e encontrei seus olhos. — Quando eu reclamar o seu corpo, quero você se contorcendo de prazer embaixo de mim, não de medo.
Continua ...
Opaaaaa prevejo Hot a caminho . hahaha
Espero que tenham gostado meus amores. Beijos e até amanhã
Chocada quero mais☺
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ResponderExcluirCaraleoooooo To amando esse casamento já,o Joe ele é bonzinho, e já tá afim da demi
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