Capítulo 35 Maratona 4/5

Luca fez uma careta. — Nossos vestiários são apenas para homens. Nós geralmente não temos mulheres visitando. 
— Eu sei que você vai ter certeza que ninguém me veja nua. 
— Pode apostar que eu vou. 
Eu ri e alguns rostos se viraram para nós, e então todo mundo estava olhando. Eles rapidamente voltaram para o que eles estavam fazendo quando Joe me levou em direção a uma porta lateral, mas continuaram olhando na nossa direção disfarçadamente. Alguns dos homens mais velhos gritaram uma saudação a Joe. Ele abriu a porta, e então parou. — Deixe-me ver se tem alguém lá. — Eu balancei a cabeça e me encostei na parede quando Joe desapareceu dentro do vestiário. No momento em que ele se foi, eu podia sentir toda a força da atenção dos homens voltada para mim. Tentei não deixá-los ver como isso me colocava nervosa, e quase dei um suspiro de alívio quando Joe voltou para fora, seguido por alguns homens que fingiram não me notar. Fiquei imaginando o que Joe lhes tinha dito. 
— Vamos. — Ele segurou a porta aberta para mim e nós entramos em uma sala de teto baixo preenchida com umidade e cheiro de suor de muitos corpos do sexo masculino que tinham trabalhado duro. Eu franzi o nariz. Joe riu. — Nós não lidamos com sensíveis narizes femininos. 
Eu agarrei minha mala e caminhei em direção a um armário. Joe seguiu e pôs a sua própria mala no banco de madeira. 
— Você não vai me dar um pouco de privacidade? — perguntei com as mãos sobre a barra da minha camiseta. 
Joe levantou uma sobrancelha para mim antes de remover seu coldre e, em seguida, puxou sua própria camiseta sobre a cabeça, revelando seu torso musculoso e bronzeado. Ele deixou cair sua camiseta no banco e estendeu a mão para seu cinto, ainda com uma olhar desafiador em seus olhos. 
Rangendo os dentes, eu virei de costas para ele e tirei minha regata pela cabeça. Eu passei a mão para trás para abrir o fecho do sutiã, mas a mão de Joe chegou e fez isso por mim habilmente. Desgraçado. Claro, ele conseguia abrir um sutiã com um dedo. Peguei meu top de ginástica, tentando não pensar em Joe, que estava, sem dúvida, observando cada movimento. Tirei meus shorts e quis me chutar por ter escolhido um fio dental esta manhã. 
Puxei para baixo, e ouvi Joe sugando sua respiração quando me inclinei ligeiramente para frente. Minhas bochechas queimaram ao perceber que tipo de visão eu tinha acabado de dar a ele. Peguei uma das cuequinhas pretas lisas que eu sempre usava quando corria na esteira, e então coloquei meus shorts de corrida por cima delas e me virei para Joe. Ele havia colocado uma calça de moletom preto e uma camisa branca apertada que mostrava seu corpo espetacular. Havia uma protuberância em suas calças. Tudo por causa da minha bunda? 
— Isso é o que você vai vestir para ter aulas de autodefesa? 
Olhei para mim mesma. — Eu não tenho mais nada. Isto é o que eu visto quando vou correr. — Os shorts eram apertados e terminavam no alto de minhas coxas, mas eu não gostava de muito tecido. 
— Você percebe que eu vou ter que chutar a bunda de todo cara que olhar para o lado errado, certo? E parece que os meus homens vão ter um tempo difícil não olhando para o lado errado também. 
Eu dei de ombros. — Não é meu trabalho fazê-los se controlar. Só porque eu estou vestindo roupas justas não significa que seja um convite para olhar. Se eles não podem se comportar, isso é problema deles. 
Joe me levou para fora do vestiário e para as esteiras de treinamento. Os homens lá imediatamente recuaram e percebi que, claramente, não estavam olhando para mim. Segui Joe em direção a uma exibição de facas. Seus olhos as percorreram, então ele escolheu uma com uma longa lâmina lisa e entregou para mim. Ele não pegou uma para si. 
Ele se posicionou na minha frente, parecendo completamente relaxado. Ele deve ter visto que todos estavam nos observando, mas agiu como se não pudesse se importar menos. 
Isso não era privado. Ele tinha que dar um show para seus homens. — Ataque-me, mas tente não se cortar. 
— Você não vai pegar uma faca também? 
Joe balançou a cabeça. — Eu não preciso de uma. Eu vou pegar a sua em um minuto. 
Apertei os olhos para o seu tom autoconfiante. Ele provavelmente estava certo, mas eu não gostava dele dizendo isso. — Então, o que eu devo fazer? 
— Tente um golpe. Se você conseguir me cortar, você ganha. Eu quero ver como você se move. 
Eu respirei e tentei esquecer os homens me assistindo. Apertei o meu domínio sobre a faca, então corri pra a frente. Joe se moveu rápido. Ele se esquivou do meu jab, agarrou meu pulso e me deu a volta até que minhas costas colidiram com o seu peito. 
— Você ainda não tem a minha faca — eu disse ofegante. Seus dedos ao redor do meu pulso apertaram uma fração, desconfortável, mas não dolorosamente. Seus lábios roçaram meu ouvido. — Eu teria que machucá-la para pegar. Eu poderia quebrar seu pulso, por exemplo, ou apenas quebrar a faca. — Ele me soltou e eu tropecei pra a frente. 
— Mais uma vez — disse Joe. Eu tentei algumas vezes, mas nem sequer cheguei perto de cortá-lo. Na minha próxima tentativa, eu decidi parar de jogar justo. Eu avancei para frente, e então quando ele tentou me agarrar, dei um chute entre suas pernas. Os homens aplaudiram, mas a mão de Joe pegou meu pé antes que ele pudesse fazer o impacto e antes que eu percebesse o que estava acontecendo Eu caí de costas com um baque pesado. Minha respiração correu para fora de mim e a faca escorregou da minha mão. Apertei meus olhos fechados. Joe tocou minha barriga e meus músculos se contraíram sob a palma da mão quente. — Você está bem? — ele perguntou em voz baixa. 
Abri os olhos. — Sim. Apenas tentando recuperar o fôlego. — Então eu fiz a varredura na multidão. — Você não tem um soldado que seja apenas um metro e alguma coisa, com medo de sua própria sombra, que estaria disposto a lutar contra mim? 
— Meus homens não têm medo de nada, — Joe disse em voz alta. Ele estendeu a mão e me puxou para os meus pés. Ele se dirigiu a seus soldados. — Qualquer pessoa disposta a lutar contra a minha esposa? 
É claro que ninguém se adiantou. Eles provavelmente estavam preocupados que Joe os esfolaria vivos. Alguns deles balançaram a cabeça, rindo. 
A sombra de um sorriso cruzou o rosto de Joe. — Você vai ter que lutar contra mim. 
Mais algumas tentativas de ataque depois, e eu estava sem ar e irritada com a minha incapacidade de ferir Joe um pouquinho que fosse, mas, logo depois, uma chance apareceu. 
Ele me segurou contra seu corpo e seu braço estava perto do meu rosto, então eu me virei e mordi. Ele ficou tão surpreso que realmente me liberou e eu tentei espetá-lo com a faca, mas ele agarrou meu pulso. — Você acabou de me morder? — perguntou ele, enquanto olhava para as marcas dos meus dentes em seu bíceps. 
— Nem foi forte. Nem mesmo há sangue, — eu disse. 
Os ombros de Joe contraíram uma vez, e em seguida novamente. Ele estava lutando para não rir. Esse não era o efeito que eu pretendia quando eu o mordi, mas tinha que admitir que eu adorava o som da sua profunda risada. — Eu acho que você fez bastante estrago por um dia — disse ele. 
*** 
Nós pegamos algo para comer no caminho para casa, então me sentei no sofá de vime no terraço com um copo de vinho. 
— Estou surpresa — disse eu, eventualmente. Joe e eu nos sentamos juntos, quase se tocando e seu braço estava jogado sobre o encosto atrás de mim. — Eu não achei que você realmente iria tentar. 
— Eu disse que eu iria. Eu mantenho a minha palavra. 
— Eu aposto que isso é difícil para você. — Fiz um gesto para o espaço entre nós. 
— Você não tem ideia. Eu realmente quero muito te beijar. 
Eu hesitei. Beijar tinha me feito sentir bem. Joe colocou o copo para baixo e se mexeu um pouco mais perto, tocando minha cintura. — Diga-me que não quer que eu beije você. 
Eu separei meus lábios, mas nada saiu. Os olhos de Joe escureceram e ele se inclinou para mim, capturando a minha boca em um beijo e eu me perdi na sensação de sua língua e lábios. Joe não forçou, nunca moveu a mão da minha cintura, mas ele começou a esfregar a minha pele levemente enquanto sua outra mão massageava meu couro cabeludo. Como eu podia sentir aquilo descendo pelo caminho entre as minhas pernas? 
Finalmente eu acabei me deitando de costas no sofá, e Joe se apoiou em cima de mim. Eu podia me sentir ficando molhada, mas não tinha tempo nem o foco necessário para me sentir envergonhada. Os beijos de Joe me mantiveram ocupada. O formigamento no meu centro ficou mais difícil de ignorar e eu tentei aliviar a tensão, pressionando as pernas juntas. 
Joe recuou com uma expressão de quem sabia. Um calor subiu em minhas bochechas. 
— Eu poderia fazer você se sentir bem, Demi — ele murmurou, com a mão na minha cintura. — Você quer gozar, não é? 
Oh meu Deus, sim. Meu corpo estava gritando para ele. — Eu estou bem. Obrigada. 
Luca se engasgou com uma risada. — Você é tão teimosa. — Ele não disse isso de uma forma ruim. Seus lábios bateram sobre os meus novamente e eu poderia dizer que ele deu tudo de si, determinado a quebrar a minha resolução, e por pouco eu não cedi. Eu estava pulsando entre as minhas pernas, mas não ia desistir, não tão cedo. Eu tinha mais controle do que isso. 
Naquela noite eu dormi com os braços de Joe em volta de mim e sua ereção era uma presença insistente contra a minha coxa. Talvez nós conseguíssemos realmente fazer com que esse casamento fosse consumado.

Continua ...
Eitaaaa acho que o hot não vai demorar em. Demi está louquinho pela Joe e ele por ela 

2 comentários:

Espero que tenham gostado do capítulo :*