Capítulo 47

Eu não precisava olhar para trás. Continuei dançando. Eu sabia quem estava atrás de mim, sabia a partir da aparência de respeito dos homens ao meu redor, dos olhares de admiração das mulheres. Eu rodei meus quadris, empurrei minha bunda para trás, levantei meus braços. Mãos firmes desceram em meus quadris. Por um segundo eu me preocupei que elas pertencessem a algum idiota suicida, mas eram as mãos grandes e fortes que eu conhecia. 
Eu arqueei, pressionando minha bunda contra sua virilha. Eu sorri. Fui puxada com violência contra um corpo musculoso e a respiração quente de Joe escovou meu ouvido. — Pra quem você está dançando? 
Inclinei a cabeça para olhar em seus ardentes olhos cinzentos. — Você. Só você. 
A expressão de Joe estava com fome, mas ainda havia uma ponta de raiva também. — O que você está fazendo aqui? 
— Dançando. 
Ele estreitou os olhos. — Eu disse NÃO a Romero. 
— Eu não sou sua propriedade Joe. Não me trate como uma. 
Seus dedos se apertaram na minha cintura. — Você é minha Demi, e eu protejo o que é meu. 
— Eu não me importo de ser protegida, mas eu me importo de ficar presa. — Me virei nos braços de Joe, e tive um vislumbre de Gianna em uma discussão acalorada com Nick.
— Dança comigo, — eu gritei. 
Joe dançou. Eu sabia pelas fotos na internet que muitas vezes ele tinha estado em clubes no passado, e era óbvio que ele sabia mexer seu corpo. Um homem tão alto e musculoso como ele não devia ser capaz de mover-se de forma tão elegante. Seus olhos nunca deixaram os meus, suas mãos eram possessivas na minha cintura. Joe inclinou a cabeça na minha direção para sussurrar no meu ouvido. — Você está gostosa, Demi. Todo homem no clube quer você e eu quero matar todos eles. 
— Eu sou apenas sua, — eu disse ferozmente, e que Deus me ajudasse, porque era a verdade, e não apenas por causa do anel no meu dedo que me marcava como sua. Os lábios de Joe caíram sobre os meus, ferozes, exigentes e possessivos, e eu me abri para ele, deixando isso claro na frente de todos. 
— Eu estou tão duro, — Joe rosnou contra a minha boca e eu podia sentir sua ereção contra o meu estômago. — Porra. Eu tenho uma ligação agendada com um de nossos distribuidores em cinco minutos. — Eu não perguntei o que eles estavam distribuindo. Eu não queria saber. 
— Tudo bem, — eu disse. — Volte quando tiver tempo. Vou pegar uma bebida. 
— Vá para a área VIP. 
Eu balancei minha cabeça. — Eu quero fingir que sou uma garota comum hoje à noite. 
— Ninguém que olha para você pensará que você é comum. — Seus olhos viajaram o comprimento do meu corpo e eu tremi. Em seguida ele deu um passo para trás, arrependimento evidente em seu rosto. — Cesare e Romero vão ficar de olho em você. — Eu estava prestes a acenar com a cabeça quando notei um rosto familiar na área VIP, me observando. Grace. 
Minha respiração ficou presa. Ela sentou no colo de outro homem, ela não estava aqui com Joe, mas o olhar em seus olhos disse tudo. Ela não tinha desistido dele. Joe seguiu meu olhar e amaldiçoou. — Ela não está aqui por minha causa. 
— Sim, ela está. 
— Eu não posso jogá-la pra fora. Ela vem aqui sempre pra se divertir. Eu não a vejo desde aquela noite. Eu costumo ficar na parte de trás. 
Eu balancei a cabeça, um caroço se formando na minha garganta. Joe pegou meu queixo entre o polegar e o indicador, me obrigando a encontrar seus olhos. — É só você, Demi. — Ele olhou para o relógio, e depois baixou o pulso. — Eu realmente preciso ir agora. Vou estar de volta logo que eu puder. — Ele se virou e caminhou por entre a multidão, que se abriu para ele. Nick seguiu atrás dele e Gianna deu um passo para o meu lado. — Que idiota. 
— Quem? — eu disse distraidamente. Grace tinha desaparecido da área VIP. 
— Nick. O cara tem a coragem de me dizer para não dançar com outros homens. Quem ele é? O meu dono. Ele que vá se foder. — Ela fez uma pausa. — Você está bem? 
— Sim, — eu sussurrei. — Vamos para o bar. — Romero e Cesare entraram em passo logo atrás de nós, mas eu me virei para eles, muito brava. — Vocês podem nos seguir de longe? Vocês estão me deixando louca. — Sem uma palavra, eles se separaram e tomaram posições em cantos do clube. Eu soltei um suspiro e sentei em uma banqueta. 
Eu pedi mais duas tônicas e tomei um gole profundo do líquido fresco, tentando relaxar. 
Gianna balançava sua perna. — Você pode ir dançar, — eu disse a ela, mas ela negou a cabeça e acenou para a pista de dança. — Eu já vou. Você está pálida. 
— Eu estou bem, — eu disse, meus olhos procurando um sinal de Grace pelo clube, mas ela parecia ter desaparecido no ar. Havia muitas pessoas na pista de dança para encontrá-la, de qualquer forma. 
— Eu realmente preciso ir ao banheiro, — disse Gianna depois de um tempo. Sua gin tônica estava quase no fim. 
— Eu preciso ficar sentada por mais alguns minutos. 
Gianna me deu um olhar preocupado, mas depois saiu correndo, e Cesare a seguiu a uma distância segura. 
Eu coloquei minha cabeça na palma da mão, respirando fundo. Um braço bateu contra o meu, me assustando. Recuei quando um homem com longos cabelos loiros se apoiou no balcão ao meu lado. Ele chegou a me passar um canudo. Sua jaqueta escovou meu peito e eu me inclinei ainda mais para trás e desviei o olhar, desconfortável com o olhar que ele estava me dando. 
— Qual é seu nome? — ele gritou. 
Tentei ignorá-lo. Algo sobre ele estava seriamente me dando arrepios. Eu tomei um gole da minha bebida e tentei fingir que estava ocupada procurando por alguém. O homem continuou olhando de soslaio para mim com um sorriso feio no rosto com a barba por fazer. — Você está esperando alguém? 
Me afastei, realmente tentando ignorá-lo e não fazer disso um grande negócio. Se eu começasse a surtar, Romero iria vir e fazer uma cena. Talvez ele já estivesse a caminho. Minha visão começou a borrar e meu estômago deu uma guinada. Eu tomei mais um gole da minha bebida, mas não ajudou. Levantei do banco, mas as minhas pernas tremeram e eu me senti tonta. Agarrei o balcão atrás de mim. De repente, a boca do homem estava no meu ouvido, sua respiração fedendo a cigarro no meu rosto. — Eu vou foder esse seu rabo apertado. Eu vou fazer você gritar, cadela. — Seu aperto estava esmagando meu braço quando ele tentou me arrastar para longe do bar. Meus olhos encontraram Romero, que já estava vindo em nossa direção, a mão dele sob o paletó, onde sua arma e faca ficavam. Impaciente por nosso progresso lento, meu atacante passou um braço em volta de mim, como um namorado amoroso pronto para ajudar sua namorada bêbada a sair do clube. — Eu vou te foder como um animal. Eu vou te foder até sangrar, — ele murmurou em meu ouvido. Eu olhei para ele, meus membros estavam pesados, a minha boca parecia preenchida com algodão. Eu tinha ouvido essas exatas palavras a não muito tempo atrás. 
Forcei um sorriso nos meus lábios. — Você é um homem morto.

3 comentários:

  1. Coitado desse fulano aí, vai ter só o último suspiro,que pena, tem cheiro podre nisso que foi tudo armado, e a putiane da grace tá envolvida

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  2. Eita....babado esse capítulo kkkk...gente...estou viciadaaaa socorro....quero mais...por favor !!
    Maravilhoso !
    Beijos

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Espero que tenham gostado do capítulo :*